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Brechas Urbanas – A Cidade de Quem Parte

Um diálogo sobre a experiência dos refugiados nas cidades a que chegam, com a presença de convidados da Síria e do Congo que moram no Brasil

Publicado em 11/05/2017

Atualizado às 10:50 de 03/08/2018

Libras

O Brechas Urbanas investiga, no dia 25 de maio, às 20h, experiências que se encontram entre a urgência de partir e a dúvida do acolhimento: as dos refugiados. Deslocados do seu local de origem por conflitos políticos, sociais e/ou econômicos, têm na cidade a que chegam tanto possibilidades de diálogo e crescimento quanto choques de convivência. O debate ocorre no Itaú Cultural, em São Paulo, com transmissão ao vivo aqui pelo site.

>> Confira a transmissão:

Mediados pelo jornalista Bruno Torturra, os refugiados Alphonse Nyembo, do Congo, e Razan Sulaiman, da Síria – acompanhados do geógrafo Helion Póvoa Neto, especialista no tema dos deslocados e migrantes – conversam com o público sobre as suas vivências, além de tratar de multiculturalismo e do papel da arte na recepção desses estrangeiros.

Assista aos debates anteriores do Brechas Urbanas no nosso canal do YouTube.

Participantes

Alphonse Nyembo tem 30 anos e é formado em mecatrônica. Fala francês, inglês, suaíli e lingala (os dois últimos, idiomas do grupo etnolinguístico banto, típicos no Congo). É professor na escola Abraço Cultural, em que os refugiados são docentes. Veio ao Brasil por receio dos conflitos bélicos e da perseguição ideológica no seu país.

A guerra civil congolesa é considerada “o conflito mais letal desde a Segunda Guerra Mundial”; entre 1998 e 2002, de acordo com o Rescue.org, foram 5,4 milhões de mortes e 1,6 milhão de pessoas deslocadas. As animosidades permanecem até hoje. Segundo o Instituto de Reintegração do Refugiado, é o país com mais refugiados no Brasil: 784 até o ano de 2014.

Razan Sulaiman tem 27 anos. Na sua cidade natal, Aleppo, formou-se em computação e dava aulas de inglês. Está no Brasil desde 2014. Foi forçada a sair da Síria pela repressão do governo e pela guerra civil. Em um texto para a Folha de S.Paulo em 2016, ela narra como era a sua vida e como foi a sua trajetória depois da fuga.

Os conflitos na Síria começaram em 2011, quando protestos populares se opuseram ao regime de Bashar-al-Assad, que comanda o país desde 2000, tendo herdado o governo de seu pai, Hafez-al-Assad, dirigente da Síria por 30 anos. Reprimidas, as manifestações se intensificaram e dissidentes passaram à luta armada contra o regime. São estimados milhões de deslocados dentro dessa nação e de refugiados para outros países.

Helion Póvoa Neto é geógrafo, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Migratórios (Niem), da mesma instituição. Ensina e pesquisa há mais de 30 anos sobre deslocados, migrantes e refugiados, além de atuar como voluntário na promoção de direitos.

Mais conteúdo

Em março de 2017, o Itaú Cultural realizou o Seminário Memória, Resistência e Políticas Culturais na América Latina, que, entre outros temas, tratou de movimentos e migrações na América Latina. Veja, na aba Vídeos, o registro da mesa.

Brechas Urbanas – A Cidade de Quem Parte
quinta 25 de maio de 2017
às 20h
[duração aproximada: 90 minutos]
Sala Multiúso (piso 2) – 100 lugares

Entrada gratuita
distribuição de ingressos
público preferencial: duas horas antes do debate | com direito a um acompanhante
público não preferencial: uma hora antes do debate | um ingresso por pessoa

[livre para todos os públicos]

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