Selecionado pelo Rumos Itaú Cultural, projeto aborda a relação do corpo cego e o que enxerga
Publicado em 01/11/2018
Atualizado às 18:14 de 16/10/2020
Em novembro e dezembro, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais recebem o espetáculo E a Cor a Gente Imagina, de Victor Alves, bailarino e diretor da Laia Cia. de Danças Urbanas, e Oscar Capucho, ator, bailarino independente, cego desde os 9 anos e ex-integrante do grupo de teatro Nós Cegos. O projeto, que conta também com oficinas, foi contemplado pelo Rumos Itaú Cultural 2017-2018.
E a Cor a Gente Imagina aborda as diferenças e as relações entre o corpo cego e o que enxerga em um mundo predominantemente visual. Na performance, que conta com audiodescrição e interpretação em Libras, Victor Alves e Oscar Capucho trazem reflexões que reforçam a importância de tornar a acessibilidade algo mais presente no cotidiano
O projeto conta ainda com uma parte prática. A oficina Sensibilização Corporal com Oscar Capucho tem o objetivo de aguçar os sentidos além da visão e trabalhar a espacialidade por meio de elementos da dança e do teatro. Assim, as pessoas videntes que participarem utilizarão vendas nos olhos, pois é uma atividade pensada para pessoas cegas ou com baixa visão.
A segunda oficina, House Dance com Victor Alves, aborda o ritmo e a expressão corporais através de elementos das danças urbanas, com foco no estilo house dance. Podem participar jovens com idade a partir de 12 anos e experiência mínima de um ano em qualquer tipo de dança.
A primeira cidade a receber o projeto é Ouro Preto (MG), nos dias 7 e 8 de novembro. Dois dias depois ele chega a São Paulo, em 9 e 10 de novembro, e segue para o Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22. Depois volta a Minas Gerais para percorrer o interior, representado pelas cidades de Tiradentes, nos dias 23 e 24; Viçosa, 28; e Diamantina, no dia 30. Em dezembro, o projeto chega a Araxá, dias 7 e 8, e se encerra em Vitória (ES), nos dias 12 e 13.
Confira na aba Programação os horários e locais dos encontros.