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A Missão Austríaca

Há exatos 200 anos, cientistas europeus desembarcaram no Brasil para coletar espécies de animais e plantas locais

Publicado em 07/11/2017

Atualizado às 10:20 de 20/12/2019

Há 200 anos, em novembro de 1817, a jovem Leopoldina de Habsburgo desembarcava no Brasil para se casar com o príncipe D. Pedro I. Filha do imperador da Áustria, ela cruzara o Atlântico na companhia de um grupo de cientistas que percorreriam diferentes itinerários para estudar e coletar espécies de animais e plantas típicas do país.

O botânico Carl Friedrich Philipp von Martius e o zoólogo Johann Baptiste von Spix, ambos alemães, estavam entre os membros da expedição – que ficou conhecida como a Missão Austríaca. Do Rio de Janeiro – então capital da colônia portuguesa – eles seguiram viagem por Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pernambuco, Piauí, Maranhão e Pará, percorrendo mais de 10 mil quilômetros. Em 1821, voltaram para a Europa com 6.500 espécies de plantas e quase 3.500 de animais, entre mamíferos, aves, anfíbios, peixes, insetos, aracnídeos e crustáceos.

Além de conhecimentos científicos, Martius e Spix tinham talento para o desenho e reproduziram vários dos materiais reunidos. Boa parte da Coleção Brasiliana Itaú – como a que compõe o hall do Espaço Olavo Setubal (abaixo) – é formada por esses trabalhos.

Desenhos do botânico Carl Friedrich Philipp von Martius e do zoólogo Johann Baptiste von Spix expostos no Espaço Olavo Setubal

O Espaço Olavo Setubal fica na sede do Itaú Cultural e pode ser visitado de terça a sexta, das 9h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h.

Saiba mais sobre a Missão Austríaca no site Brasiliana Iconográfica, uma base de dados on-line desenvolvida pelo Itaú Cultural em parceria com a Biblioteca Nacional, o Instituto Moreira Salles e a Pinacoteca de São Paulo.

Confira alguns dos trabalhos de Spix e Martius presentes no Espaço Olavo Setubal:

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