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Ancestralidades Arte e acesso Mekukradjá Rumos

A plataforma Ancestralidades reúne conteúdos sobre os saberes, as histórias e as culturas da população negra e dos povos originários. Esse espaço plural, desenvolvido em parceria entre a Fundação Tide Setubal e o Itaú Cultural, é também um local de formação e fomento para iniciativas dispostas em três eixos estratégicos: Democracia e Direitos Humanos; Arte e Cultura; e Ciência e Tecnologia.

O Arte e acesso – portfólio coletivo de artistas com deficiência mapeia trabalhos de pessoas com deficiência que atuam em diferentes áreas de expressão artística. Com este projeto, o Itaú Cultural visa incentivar programadores, curadores e produtores – independentes ou ligados a espaços culturais – a expandir a presença de artistas com deficiência em suas programações.

Desde 2016, o Itaú Cultural promove o Mekukradjá, ciclos de trocas de saberes dos povos originários, com diálogos nos campos das artes, dos direitos, do território e das questões sociais e econômicas. Além da programação, um mapeamento lista os participantes e suas etnias, feito em parceria com o portal Povos Indígenas do Brasil, do Instituto Socioambiental (ISA).

Criado em 1997, o programa Rumos Itaú Cultural já viabilizou milhões de ações artísticas e culturais em todas as regiões do Brasil, selecionando artistas, pesquisadores e produtores, e reinventando-se a cada edição. O ano de 2013 marcou uma mudança estrutural no conceito do Rumos, que se tornou mais adaptável e aberto a todas as áreas de expressão simultaneamente.

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A Mostra Curtas Premiados traz imagens raras da expedição do modernista Flávio de Carvalho à Amazônia

Em mais uma noite dedicada a curtas nacionais, o Itaú Cultural convida o público a assistir filmes que fizeram sucesso no ano passado nos...

Publicado em 20/02/2015

Atualizado às 21:05 de 02/08/2018

No dia 25 de fevereiro, às 20h, o Itaú Cultural realiza o penúltimo dia da Mostra Curtas Premiados, com a exibição de cinco filmes para maiores de 12 anos. Na Sala Itaú Cultural, o público pode se deliciar com um pouco mais de uma hora e meia de sessão, com os filmes Linear, O Clube, O Bom Comportamento, Nossa Pintura e A Deusa Branca, este composto por imagens resgatadas do primeiro longa-metragem, não terminado, de Flávio de Carvalho, e contemplado na última edição do programa Rumos Cinema e Vídeo.

O último filme de Amir Admoni, Linear foi exibido em mais de 170 festivais e ganhou mais de 70 prêmios nacionais e internacionais, entre eles o de Melhor Filme Brasileiro do Anima Mundi. É também vencedor do Prêmio especial do Júri do Festival Olhar de Cinema e da 9ª edição do Amazonas Film Festival, como Aquisição Canal Brasil, e Melhor Curta-Metragem Nacional. A primeira animação a ser exibida na noite, defende a ideia de que a linha é um ponto que saiu caminhando.

Em seguida, O Clube, de Allan Ribeiro, celebra os 53 anos do clube OK, uma casa de shows de transformistas do Rio de Janeiro. Nele, o diretor mostra o dia a dia do local, como os artistas se preparam para os shows, como é feita a escolha do figurino e música, entre outras coisas. Foi sucesso da crítica, do júri popular e oficial do 6º Festival de Paulínia, levando o troféu de melhor filme, assim como no 21º Vitória Cine Vídeo. Ribeiro assina 11 curtas e um longa-metragem, que foi premiado em 10 cidades brasileiras.

Férias de verão na colônia. Isolados pela natureza e com os celulares apreendidos, adolescentes se divertem em atividades ao ar livre. Desconhecida pelos demais, Laura tenta se adaptar. É assim que se desenvolve O Bom Comportamento, filme ficcional de Eva Randolph exibido na mostra competitiva do Festival de Locarno do ano passado. Quarto curta de Randolph, ganhou como Melhor curta-metragem do Festival do Rio – Mostra Novos Rumos e do Kinoforum – Prêmio Canal Curta! e Porta Curtas Festival do Rio – Mostra Novos Rumos.

Na quarta obra, os espectadores encontram os índios Mebêngôre-Kayapó, do sul do Pará, e descobrem como são fabricadas as pinturas que a tribo utiliza para enfeitar o corpo. O costume vem desde tempos imemoriais e é transmitido de geração em geração, trazendo a essência desta cultura. Intitulado Nossa Pintura, Fábio Nascimento e Thiago Oliveira foram recompensados com o prêmio de Melhor Filme no Curta Cinema – Júri Jovem. Nascimento, desenvolve pesquisa na Amazônia com povos indígenas desde 2011. Suas pesquisas antropológicas versam sobre aspectos diversos da cultura material e do conhecimento indígena a ela associado.

Alfeu França, documentarista e pesquisador conhecido por fazer filmes baseados em materiais de arquivo, resgatou um precioso material filmado durante uma expedição realizada pelo artista brasileiro Flávio de Carvalho para a Amazônia, em 1958. Um dos grandes nomes da geração modernista do país e notório por suas polêmicas experiências artísticas, Carvalho seguiu viagem para o norte do Brasil com o intuito de fazer o seu primeiro longa-metragem, que não foi concluído. A Deusa Branca traz ao público a experiência deste episódio único na vida do artista. O filme encerra as exibições do dia e é vencedor da categoria de Melhor Direção do Curta Cinema, o Melhor Roteiro do Festival Internacional de Cinema de Arquivo! e do
Festival do Rio 2014 - Prêmio Especial do Júri - Mostra Novos Rumos, além de ter sido contemplado na última edição do programa Rumos Cinema e Vídeo do Itaú Cultural.

SERVIÇO

Mostra dos Curtas Premiados

Dia 25 de fevereiro, às 20h

Sala Vermelha

70 lugares

Curtas-metragens:

Linear, de Amir Admoni (6')

O Clube, de Allan Ribeiro , (17')

O Bom Comportamento, de Eva Randolph (20')

Nossa Pintura, de Fábio Nascimento e Thiago Oliveira (24')

A Deusa Branca, de Alfeu França (30')

Duração da sessão: 1h37