Dexter

O rapper e compositor Dexter sobe ao palco do Auditório Ibirapuera, ao lado da banda Oitavo Anjo, para mostrar as composições de Flor de Lótus, o segundo trabalho solo da carreira. O show conta ainda com a participação especial de amigos e parceiros musicais do artista, como Péricles, Edi Rock, Lakers e Pá, Terra Preta, Gregory, Gilson, Cleber e Dona Kelly (Ao Cubo), Kamau, Katinguelê e Nego Jam.

O espetáculo, assim como o disco Flor de Lótus, busca retratar por meio das canções o período de exílio (como Dexter costuma dizer) vivido pelo rapper, que passou 13 anos privado de sua liberdade. É costurado ainda por revelações e lembranças da vida do artista, entre os anos 2007 e 2015. “Nós estamos preparando uma surpresa para o público. Algo num formato que eu nunca fiz”, conta Dexter. “Além do som, quero que as pessoas visualizem o que aconteceu na minha vida antes e depois do exílio.”

No repertório da apresentação, composta de 14 músicas, novas e antigas composições – como “Maio de 2007”, “Abençoado por Deus”, “Abril de 2011”, “Tô de Volta”, “Malandro Demais” e “Respeito É Fundamento” –, que têm o rap como base, flertam com o samba e falam de temas como amor de mãe, família, respeito, contestação ao sistema, escolhas e superação.

“Minha inspiração para compor são as coisas verdadeiras que acontecem ao meu redor”, diz Dexter. “Além disso, as músicas falam de superação, de ter a força de vontade suficiente para dar a volta por cima, sobretudo para aqueles que se encontram encarcerados, privados de liberdade. Mas também são lições de vida para qualquer um. Eu sempre escrevo com o objetivo de levar acalanto para as pessoas, de levar minha experiência de vida e torcer para que essa experiência transforme positivamente a vida de alguém.”

Segundo o rapper, o título do disco foi inspirado na flor que é considerada especial em muitos países do Oriente por todo o simbolismo que carrega. “No Oriente a flor de lótus, que nasce no lodo, é considerada a mais bela”, explica Dexter. “É isso que eu vejo nas pessoas, metaforicamente falando, principalmente, naquelas que nasceram e cresceram na periferia; que viveram com todas as mazelas que este sistema que rege nosso país deposita lá, e que hoje são pessoas importantes no seu bairro, na sua casa, na sua família e que têm uma essência linda, assim como a flor de lótus.”

Com 26 anos de trajetória artística, Dexter explica que, infelizmente, ainda hoje muitas pessoas apresentam preconceito com relação ao rap. “Mas é importante ressaltar que ela faz parte de uma cultura chamada hip-hop que salva vidas no mundo todo. Inclusive, salvou a minha”, acrescenta. “Além de cantar o amor, o respeito, o carinho, é uma música que faz denúncias de tudo o que nós vivemos de errado no nosso país e das condições precárias da periferia. Ela merece o respeito das pessoas, já que fala em prol das pessoas. E o Auditório Ibirapuera também é lugar de rap. Nós devemos lotá-lo no dia do show para mostrar para todo mundo que o espaço é um lugar de rap também.”

Dexter
domingo 13 de novembro de 2016
às 19h
[duração aproximada: 90 minutos]

ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada)

[classificação indicativa: 12 anos]

Os ingressos podem ser adquiridos pelo site Ingresso Rápido, pelo telefone 11 4003 12 12 ou na bilheteria do Auditório:
Horários de funcionamento
sexta e sábado das 13h às 22h
domingo das 13h às 20h