Confira espetáculos de artes cênicas no Festival Arte como Respiro

De 7 de outubro a 2 de novembro, a terceira edição do Festival Arte como Respiro chega mais plural do que nunca. Artes cênicas, música, artes visuais, literatura e poesia surda exibem parte dos trabalhos contemplados nos múltiplos editais de emergência.

Os espetáculos de artes cênicas ficam disponíveis por apenas 24 horas, a partir do momento da sua disponibilização, aqui no site do Itaú Cultural. Confira abaixo a programação do dia.

[os links serão disponibilizados nos respectivos horários]

Estudos para um Vídeo Circo (SP)
Mano a Mana

quarta 21 de outubro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 12 minutos]
disponível até as 20h de 22 de outubro

[livre para todos os públicos]

Mano a Mana são artistas de circo que sempre flertaram com a linguagem do audiovisual. Desde o início da quarentena, começaram a mergulhar nesse universo para buscar apoio ao seu fazer nesta nova condição: dentro dos limites espaciais da moradia. Desse encontro do circo com a saudade de estar em contato com o público em cena e das descobertas no audiovisual, nasceu o primeiro videocirco.

Às vez|o|s (SP)
Projeto Hito

quarta 21 de outubro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 5 minutos]
disponível até as 20h de 22 de outubro

[livre para todos os públicos]

Às vez|o|s é um vídeo que conta da rotina de um casal que já se habituou a viver em conjunto, mas esqueceu o quanto a presença do outro é importante para um bom convívio. Vezo, segundo o dicionário, significa: 1. costume censurável; mau hábito; 2. modo repetido de agir ou comportar-se; costume; 3. propensão; 4. reincidência. Isto é, temos o mau costume de nos acostumar com a vida cotidiana, principalmente dentro de casa. Acabamos por esquecer que a presença do outro, muitas vezes, é necessária para nosso próprio equilíbrio. Ao fazer um trocadilho com a expressão "às vezes", o coletivo propõe a ideia de que, às vezes, é bom perceber os "outros" que estão ao nosso redor.

Poesia de Quarentena (SP)
Giovanni Venturini

quarta 21 de outubro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 11 minutos]
disponível até as 20h de 22 de outubro

[livre para todos os públicos]

Poesia de Quarentena surgiu despretensiosamente nas redes sociais de Giovanni Venturini. A cada dia, um registro em vídeo da nova rotina adquirida em casa, acompanhado da leitura de uma poesia que tem relação com o momento que estamos vivendo. Falando de isolamento, solidão, entendimento do tempo e até mesmo sobre desejos. Em um momento de isolamento social, a poesia tem sido válvula de escape e um escudo de esperança.

Áudio da Minha Avó
Amanda Souza

quarta 21 de outubro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 1 minuto]
disponível até as 20h de 22 de outubro

[livre para todos os públicos]

“Meus avós moram na Espanha. No auge da pandemia, minha avó me manda um áudio dizendo: ‘Meu coração está em paz’. Em meio ao caos, com a dança, eu procuro a paz da qual ela fala.”

A Casa Esquecida (SP)
Maria Amélia Farah e Soraia Costa

quarta 21 de outubro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 26 minutos]
disponível até as 20h de 22 de outubro

[livre para todos os públicos]

A filha, com 42 anos, e a mãe, com 84, retornam à casa há anos fechada no interior de São Paulo para escapar do epicentro da pandemia na capital. Refugiadas nessa casa esquecida, onde habitam os vestígios da infância da filha, as duas mulheres mergulham neste museu autobiográfico numa tentativa de restaurar partes rasuradas da memória – abrigadas nas frestas das paredes, no embrulho empoeirado atrás da cama e na roseira, que floresce apesar do esquecimento das duas. Nessa situação atípica de isolamento social, mãe e filha passam os dias em suspensão, como em um sonho, em que os tempos se misturam. Experimentam uma reaproximação não planejada, que revela intimidades dessa relação e a poética da passagem inexorável do tempo.

Jogo de Damas (RJ)
Amok Teatro

quarta 21 de outubro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 65 minutos]
disponível até as 20h de 22 de outubro

[classificação indicativa: 12 anos]

Jogo de Damas é uma criação do Amok Teatro a partir da obra Fim de Partida, de Samuel Beckett, e do universo musical do compositor estoniano Arvo Pärt. O espetáculo coloca em cena Emma e Clara, duas velhas reclusas que sofrem com a escassez de alimentos, remédios, sonhos e ideais em um mundo apocalíptico. Um ensaio sobre a solidão face à finitude do corpo, do mundo e da vida. Sobre o medo da morte e a morte dos sonhos.

Veja a programação completa da terceira edição do Festival Arte como Respiro.