Mestre Santino
Aos 81 anos, mais de 60 deles dedicados à ciranda, Santino é o mais antigo cirandeiro em atividade em Pernambuco. Deu início a sua vida profissional nos engenhos de Nazaré da Mata e das adjacências, como trabalhador rural. Foi assim que mergulhou no universo da cultura local, tornando-se um artista popular e um dos mais conhecidos cirandeiros da Mata Norte. Em 2021, lançou seu quarto CD.
Mestre Antônio Baracho
Natural de Abreu e Lima, também em Pernambuco, Mestre Baracho foi cirandeiro e mestre de maracatu. Era conhecido como o Rei sem Coroa e morreu em 1988, vítima de um câncer. Suas filhas Dulce e Severina fizeram uma parceria com Lia de Itamaracá e regravaram um dos grandes sucessos do pai, a ciranda “Quem me deu foi Lia”.
Dona Duda
Nascida em Jaboatão dos Guararapes, segunda maior cidade de Pernambuco, Dona Duda já não canta desde 1976, quando, vítima de um câncer, precisou retirar a tireoide. Nas décadas de 1960 e 1970, porém, o movimento promovido pela criadora da ciranda na Praia do Janga era disputado. Inicialmente criada para divertir os filhos dos pescadores, a ciranda logo envolveu os moradores. Depois, os turistas.
Vó Mera
Cantora, compositora e mestre cirandeira natural de Alagoinhas, na Bahia, mas foi criada em João Pessoa, na Paraíba. Ao longo de décadas, a artista popular tem levado sua musicalidade e dança a diversos estados do Brasil, nos quais se apresenta com composições próprias, tanto no coco de roda quanto na ciranda.
Penha Cirandeira
Penha começou a brincar coco e ciranda com seu pai, José Francisco, e logo encantou a todos ao cantar e tocar magistralmente zabumba nas brincadeiras em que estava presente. A Mestre Penha teve uma vida muito dura, chegando a morar em um lixão e sobrevivendo como catadora de latinhas, cortadora de cana e vendedora de milho. Apesar disso, nunca deixou de amar o coco de roda e a ciranda, talvez seu único refúgio de uma realidade tão difícil.