Ocupação Itaú Cultural

Maria Bethânia sempre demonstrou ter uma ligação forte com a família. A relação da artista com os pais, Dona Canô e Seu Zezinho, é contada neste vídeo por meio do olhar de seus irmãos, Rodrigo e Mabel Velloso, de seu sobrinho, J. Velloso e de sua amiga de infância, Nau Lima, que falam da profunda afetividade presente nessas relações, principalmente entre mãe e filha.

Bia Lessa
Diretora, encenadora e curadora da Ocupação Maria Bethânia

Se você pudesse definir Maria Bethânia em um verbo, qual seria?

Ser livre. Liberdade no sentido que ela tem. Liberdade de ser o que ela é. Isso é uma coisa fundamental e dificílima, porque a gente vai cedendo a todas as coisas. Ela não. Bethânia estabeleceu com si própria a liberdade de ser quem ela é, fiel a si mesma.

 Exceto música, que assunto você gosta de conversar com Bethânia?

Música é sobre o que menos conversamos. Gosto de falar com ela sobre a vida, tudo da atualidade, o que está acontecendo, as coisas que vi, as coisas que ela viu, o poema que acabamos de ler. E sempre com uma noção de projeto. A ideia do que ainda não foi feito talvez seja a mais presente na nossa relação. Qualquer coisa que a gente faça tem como intuito o projeto, qualquer projeto – uma festa, um encontro para discutir um livro, o próximo trabalho. 

 Qual música você escolheria para mostrar que você e Bethânia são intensas?

“Reconvexo”, porque ali, para mim, é meio quando tudo se dá: o carinho, a mãe, o que é, como é.

Mabel e Rodrigo Velloso, irmãos mais velhos de Maria Bethânia, o sobrinho J. Velloso e a amiga de infância Nau Lima falam sobre os primeiros anos de vida e também da juventude da cantora.