Esta exposição aborda as obras do arquiteto, urbanista e professor Paulo Mendes da Rocha por um eixo temático que articula desenvolvimento, democracia, qualidade de vida nas cidades: a questão das águas.
Nascido em 1928 na cidade de Vitória (ES), filho de um engenheiro de portos e navegações – o que o marcou com o imaginário dos rios e dos mares –, Mendes da Rocha começou a carreira em 1957. Após ser selecionado para projetar o ginásio do Club Athletico Paulistano, foi convidado pelo arquiteto e professor João Vilanova Artigas (1915-1985) – homenageado pelo programa Ocupação em 2015 – para ser seu assistente. Com outros arquitetos, fizeram a “escola paulista”, marcada pela ênfase na técnica, no concreto armado e na estrutura.
Desses princípios até hoje, Mendes da Rocha tem projetado construções públicas e particulares, de praças a estádios, de equipamentos culturais a edifícios de serviço governamental. Para além da obra edificada, seu trabalho é marcado por aprofundadas reflexões sobre o papel da arquitetura.
Ao ressaltar o aspecto das águas, esta exposição – que traz projetos realizados e não realizados – retoma as origens do arquiteto, assim como projetos antigos de um Brasil e de uma América Latina interligados pelos rios, em oposição ao enfoque no sistema rodoviário; e mostra como a sua obra se articula com um debate sobre democracia e vida em conjunto.
Esta 41ª Ocupação também conta com uma publicação impressa, que traz um ensaio sobre a trajetória do homenageado e apresenta dois dos seus projetos – o Poupatempo de Itaquera e o Sesc 24 de Maio – do ponto de vista de quem os vive: desde aqueles de passagem até usuários constantes.
Aqui no site, parte do material da mostra e da publicação impressa é disponibilizada junto com um conteúdo exclusivo, apresentando Paulo Mendes da Rocha por meio de seus próprios trabalhos e de depoimentos de pessoas que foram e ainda são marcadas, de alguma forma, por sua obra e sua vida.