Projetos e Experimentos

Projetos e Experimentos

No catálogo da exposição Sombra Luminosa, ocorrida no Museo de Arte del Banco de la República, em Bogotá, na Colômbia, lê-se esta declaração de Regina Silveira:

“Neste ir e vir técnico, fui da pintura ao computador, das cerâmicas à tapeçaria, do laser à fibra ótica. As próprias ideias já pediam meios específicos, ou os meios provocavam ideias para novos trabalhos – não se sabe o que vem antes. Sempre me dediquei a encontrar a melhor solução técnica para dar corpo às ideias, dentro dos parâmetros poéticos que caracterizaram o meu trabalho em diferentes períodos.”

A curiosidade, a capacidade de estar aberta a novas possibilidades, materiais e linguagens é uma marca de Regina. Nesta seção, você conhece obras de um gênero em que Regina foi uma das pioneiras no Brasil: a videoarte. Além disso, lê trechos de entrevista em que a artista fala sobre projetos pensados, mas nunca concluídos – no modo como ela trata o tema, vê-se como desprendimento e criatividade se unem no seu jeito de produzir arte.

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Seção de vídeo

Experimentação

Regina e a experimentação: a importância do conceito acima da técnica

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Projetos passados

Tem outras maquetes que não foram produzidas, que não se transformaram em obras?

Tem muitas, tem diversas, claro.

São projetos futuros ainda?

Não, acho que… projetos passados… [ri bastante]

Que não vão virar nada?

Acho que não, bom, não sei. Nunca se sabe, né.”

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Projetos encantados

 “Tem projetos encantados, como o do Pacaembu. Isso aí tem quase dez anos já. Os próprios diretores do estádio às vezes me telefonam: ‘ainda tem aquele projeto?’, eu digo: ‘tenho…’ então volta à baila, já foi pra televisão, já voltou. Já vi como está, como vai ficar, tem uma concreção; se não acontecer, não aconteceu.

Teve outro, no Memorial da América Latina, que também não foi feito. Era levar aquela silhueta do Duque do Caxias, de O Paradoxo do Santo, para cima da biblioteca do Memorial. Foram dois anos de conversações. De repente pode, aí não tem dinheiro, sabe? Fiz a maquete, ela já está até na coleção de um colecionador…

A maquete também se torna uma obra em si, não é?

É, vira uma… possibilidade.”

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Pacaembu

Prancha com o projeto “encantado” do Pacaembu | imagem: André Seiti

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Videoarte

Leia sobre o desenvolvimento da videoarte brasileira na Enciclopédia de Arte e Tecnologia

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Seção de vídeo

A arte de desenhar

A Arte de Desenhar, Regina Silveira
1980, 2’32”

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Seção de vídeo

Artifício

Artifício, Regina Silveira
1977, 1’13”

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Seção de vídeo

Campo

Campo, Regina Silveira
1977, 2’25”

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Entrevista

Regina Silveira, em entrevista à Fundação Iberê Camargo [leia completo]

“Na década de setenta, meu interesse por novos modos de produção de imagens e o uso de um grande leque de meios ligados a formas rápidas, baratas e massivas do universo comercial da produção de imagens me caracterizava como artista multimídia. Naqueles anos, isto me parecia muito mais atualizado do que ser classificada como gravadora, um risco de especialização do qual sempre quis escapar, ainda que quase toda minha produção fosse gráfica. (…) Também procurava a difusão da arte por canais que não eram tradicionais e estavam absolutamente fora dos circuitos tradicionais da arte.

(…) As primeiras realizações em vídeo foram difíceis, pela falta de equipamento e de instrumentação… De início, as táticas para conseguir usar o equipamento, nos poucos lugares onde estava disponível, eram as mais variadas – junto a isto, paradoxalmente, até houve o caso de recusar oferta de uso de equipamento, pela procedência “escura”… Lembro quando o grupo pequeno de artistas interessados no meio novo, ao qual eu havia aderido, reunidos no saguão da FAAP (ainda nos anos fortes da ditadura) recusou usar o portapack [primeiro tipo de gravador portátil] oferecido nas dependências da Polícia Militar. Nos anos setenta, foi o MAC/USP que ofereceu o suporte para a produção em São Paulo e a difusão, mesmo internacional, daqueles trabalhos em vídeo, todos muito breves e conceituais, que hoje são considerados como os precursores.”

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Seção de vídeo

Morfas

Morfas, Regina Silveira
1981, 6’53”

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Seção de vídeo

Objetoculto

Objetoculto, Regina Silveira
1977, 2’10”

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