a MÃE sustentou a casa e cuidou dos filhos.
a ESTILISTA ousou e desafiou os padrões fazendo nascer uma moda genuinamente brasileira.
a EMPRESÁRIA estampou sua marca em vestidos, bolsas, toalhas e porta-copos. Projetou-se internacionalmente.
a MILITANTE lutou contra o regime político autoritário da ditadura militar, que em 1971 prendeu e matou seu filho de 26 anos.
Depois de 38 anos de sua morte, homenageamos a multiplicidade e legitimidade de Zuzu Angel.
Zuleika
Zuleika de Souza Netto nasce em Curvelo, em 1921. Foi criada em Belo Horizonte, onde conhece o norte-americano Norman Angel Jones, com quem se casa. Depois de viver um tempo na Bahia, local de nascimento de Stuart, a família se estabelece no Rio de Janeiro, onde nasceram Ana Cristina e Hildegard. Na cidade Zuzu abre um ateliê em sua própria casa – quando transforma seu quarto em oficina de costura. Nasce a “Zuzu Saias”. Mesclando referências locais e cosmopolitas, seu espírito de vanguarda se fortalece com a criação de estampas próprias que valorizam a identidade brasileira. Pássaros, borboletas, flores e frutos. A brasilidade também aparece nos materiais: rendas, bordados, pedrarias, contas de madeira, bambus e conchas.
No auge do sucesso de Zuzu e de sua projeção internacional, seu filho é preso. Em 1971, a estilista realiza, em Nova York, um desfile de protesto e a partir de então o luto passa a ser seu hábito. Roupa preta, véu, crucifixos, o cinto, o anjo. “Esse desfile foi uma ação entre muitas outras. Ela não fez esse desfile e parou. Até a sua morte ela nunca parou. Atuou o tempo todo. Militou o tempo todo”, conta Hildegard Angel, que criou e dirige o Instituto Zuzu Angel, o IZA. Por onde fosse, sempre em busca de informações sobre Stuart, também distribuía o santinho que mandou imprimir com a foto do filho, inquiria políticos, militares, artistas, jornalistas, quem pudesse ajudá-la.
Retrato
O berço
De Curvelo para o mundo
Desde a infância em Curvelo, Minas Gerais, Zuzu Angel costurava por dote e costume.
No Rio de Janeiro, participou do grupo de costura que ofereceria uniformes a crianças da obra beneficente Pioneiras Sociais, fundado pela primeira-dama Sarah Kubitschek.
Em 1957, começou a produção artesanal de saias em seu apartamento, em Ipanema, para reforçar o orçamento doméstico. Conquistou clientes, ampliou a criação com blusas, acessórios e ajudantes e virou Zuzu Saias. Em 1961, depois do divórcio, mudou-se com o ateliê para uma casa maior, no mesmo bairro. A clientela cresceu, o trabalho conquistou prestígio. Em 1966, Zuzu Angel era uma etiqueta conhecida na alta sociedade carioca e a estilista promovia desfiles, aparecia na imprensa. Nos anos seguintes, continuou progredindo, chegou aos Estados Unidos e à mídia de moda internacional.
Seção de vídeo
Pioneiras Sociais e Zuzu Saias
Hildegard Angel é filha de Zuzu Angel e jornalista social e de moda. Iniciou sua carreira no jornal O Globo, e colaborou com revistas como Vogue e Manchete. Fundou em 1993 o Instituto Zuzu Angel e em 1995 a Academia Brasileira de Moda.
Batismo
Álbum de família
Seção de vídeo
A primeira moda que a Zuzu lançou foi a de colchão
Hildegard Angel é filha de Zuzu Angel e jornalista social e de moda. Iniciou sua carreira no jornal O Globo, e colaborou com revistas como Vogue e Manchete. Fundou em 1993 o Instituto Zuzu Angel e em 1995 a Academia Brasileira de Moda.
O primogênito
As crias
Mãe
Seção de vídeo
Butique da Zuzu
Hildegard Angel é filha de Zuzu Angel e jornalista social e de moda. Iniciou sua carreira no jornal O Globo, e colaborou com revistas como Vogue e Manchete. Fundou em 1993 o Instituto Zuzu Angel e em 1995 a Academia Brasileira de Moda.