“Encontros de cinema” debate a gestão do audiovisual em nova edição

A pandemia acelerou mudanças nos modos de produção e no perfil de distribuição dos conteúdos em todo o mundo, trazendo novos desafios para o setor audiovisual. Quais são as tendências apontadas para todos os elos da cadeia do audiovisual (produção, distribuição, exibição e consumo) nos próximos anos? E como o setor pode se reorganizar – compartilhando e dimensionando recursos e habilidades – para atender novas demandas e oportunidades dos fluxos de trabalho, modelos de negócios e narrativas?

Mesa de debate formada por Johanna Koljonen, finlandesa analista de mídia e autora do “Nostradamus Report 2021”, relatório que prevê tendências da indústria audiovisual. Mediação de Alessandra Meleiro, professora do bacharelado em imagem e som da Universidade Federal de São Carlos.

A pandemia da Covid-19 catalisou novas práticas no modo de produção a partir das imposições dos protocolos de segurança em filmagem. No entanto, tendências adotadas em processos de produção audiovisual nos últimos anos mostraram-se, neste novo contexto, as únicas alternativas viáveis para a continuidade das filmagens. Com maior ou menor impacto nos orçamentos das obras, os convidados desta mesa de debate abordam os métodos, as ferramentas e os pipelines de produção virtual que têm enfatizado a pré-produção e reforçado a colaboração artística entre departamentos através de tecnologia criativa.

Mesa de debate formada por Geórgia Costa, CEO da produtora Coração da Selva, e Hugo Gurgel, cofundador da Quanta Post. Mediação de Debora Ivanov, advogada e produtora audiovisual.

O número de usuários dos serviços de streaming no Brasil ultrapassou a marca de 17 milhões, contra cerca de 15 milhões da TV por assinatura em 2020, que segue em trajetória descendente. O que estas opções representam para o produtor nacional em termos de oportunidades reais de exibição de suas obras? E para o espectador, em termos de diversificação de conteúdos? Quais os novos desafios para a curadoria e a programação em salas de cinema e streaming? E quais as perspectivas para as exibições em salas em curto e médio prazo?

Mesa de debate formada por Bia Ambrogi, CEO da InnSaei.tv, e Claudiney Ferreira, gerente do núcleo de Audiovisual e Literatura do Itaú Cultural. Mediação de Adhemar Oliveira, diretor do Espaço Itaú de Cinema.

A coprodução internacional e a circulação das obras brasileiras em diversos territórios cresceram nos últimos anos e, hoje, se consolidam como uma importante estratégia para conquistar novos financiamentos, incorporar novos profissionais na produção, ampliar público e trocar experiências nos modos de realização. Com a crise do setor no Brasil, torna-se ainda mais relevante a busca por novas conexões internacionais. A mesa traz a perspectiva da gestora do Show me the funding, que mapeia fundos internacionais a serem acessados por produtores brasileiros.

Mesa de debate formada por Sara Silveira, produtora-executiva da Dezenove Som e Imagens, e Josephine Bourgois, diretora-executiva do Instituto Olga Rabinovich. Mediação de Juliana Funaro, diretora-executiva da Barry Company.

Representando 25% do mercado audiovisual, o valor total da receita da indústria de animação global foi de US$ 100 bilhões em 2006, US$ 222 bilhões em 2013 e US$ 259 bilhões em 2018, chegando a US$ 270 bilhões em 2020. A animação é um dos setores da indústria criativa global com maior potencial de crescimento. Além disso, em 2013, a indústria de animação digital administrou cerca de US$ 500 bilhões em licenciamento de marcas e personagens, mais que o dobro de 2006 (US$ 200 bilhões). Este debate explora os desafios de projetos e negócios em animação em países em desenvolvimento, como o Brasil. Quais seriam os principais fatores limitantes dessa indústria?

Mesa de debate formada por Leonardo Minozzo, diretor-executivo do Cafundó Estúdio Criativo, e Luciana Eguti, produtora-executiva da Birdo. Mediação de Alessandra Meleiro, professora do bacharelado em imagem e som da Universidade Federal de São Carlos.