Nos dias 30 de novembro e 1o de dezembro, às 17h, encerrando a programação de 2019 do Auditório Ibirapuera, algumas formações da Escola do Auditório [Obinha, Orquestra Brasileira do Auditório (OBA), Coro da Escola do Auditório e Orquestra Furiosa do Auditório (Furiosa)] sobem ao palco para apresentar o espetáculo Especial Escola do Auditório. Sob a regência de Daniel Reginato, Debora Gurgel, Fi Maróstica e Nailor Proveta, além dos assistentes de regente Beatriz Pacheco, Rogério Clementino e Vagner Ordônio, o concerto conta com a participação de Fabiana Cozza, Rubi e Vanessa Moreno.
Com um repertório temático que traz à tona a era dos festivais – que aconteceram a partir de meados da década de 1960, atingindo seu auge em 1967, eram transmitidos ao vivo por algumas emissoras de TV (como Excelsior, Record e Globo) e revelaram à época grandes nomes da música popular brasileira, como Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Edu Lobo –, o espetáculo é formado por obras como “Domingo no Parque”, “Alegria, Alegria”, “Upa Neguinho”, “Arrastão” e “Pra Não Dizer que Não Falei das Flores”.
“De uns anos para cá, percebemos que o espetáculo temático é interessante, já que dá margem à pesquisa e permite ao aluno ir além da música, conhecendo inclusive um pouco mais sobre a história recente do nosso país”, fala Debora Gurgel, regente da OBA. “A época dos festivais é uma das mais ricas que temos na parte musical. Então, aliamos sua ótima música, com um poder de escolha de repertório enorme, à pesquisa desse período”, diz. “O processo foi muito interessante para os jovens instrumentistas, que fizeram uma verdadeira imersão nesse tema”, acrescenta Nailor Proveta, diretor artístico-pedagógico da Escola do Auditório. “Uma coisa é a pessoa tocar um instrumento. Outra é ser inserida numa história. E é isso que nós fazemos aqui. Quando o jovem adquire conhecimento do que se passou, toma consciência da função da música não só como entretenimento, mas também como [algo que permite] uma formação de qualidade e que traz ainda a possibilidade de colocar pessoas em harmonia, e isso faz toda a diferença na vida dele.”
Sobre a escolha do repertório para formar o concerto, Debora conta que a seleção das músicas foi feita de forma conjunta entre professores e a coordenação da escola, levando em consideração a dificuldade em torno da execução das obras por parte dos alunos e a excelência e a beleza das composições – que continuam atuais, apesar de décadas de existência. Debora diz ainda que os novos arranjos, feitos por ela e pelos demais regentes do espetáculo, foram desafiadores, mas uma das partes mais divertidas para seus autores, que aliaram criatividade própria ao sentimento que cada solista busca trazer durante a apresentação.
“Fazer arranjo é um desafio, porque sempre escrevemos pensando não só na música, mas na pessoa. No caso dos alunos, os arranjos são didáticos e contemplam o nível de cada um, mas trazem ainda certo grau de dificuldade para aquele jovem instrumentista. E eles adoram ser desafiados”, explica a regente. “Quando você escreve para um convidado, é preciso entender o que cada um gosta de cantar, em que tom de voz, em qual andamento, entre outras questões. É uma delícia falar com eles e saber o que esperam”, complementa. “Tanto eu quanto o Proveta adoramos escrever arranjos e adicionar elementos, transformando, por exemplo, um samba em ijexá ou um baião em maracatu. E isso vai acontecer em todas as músicas do espetáculo. O público vai se deparar com essas e outras surpresas. Vai ser emocionante.”
Especial Escola do Auditório [com interpretação em Libras]
sábado 30 de novembro e domingo 1 de dezembro de 2019
às 17h
[duração aproximada: 90 minutos]
Gratuito. Distribuição de ingressos na bilheteria do Auditório, uma hora e meia antes da apresentação. Limite de dois ingressos por pessoa. Sujeito à lotação da casa].
[livre para todos os públicos]
abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo