Os instrumentistas e compositores Nailor Proveta (clarinete e sax) e Alessandro Penezzi (violão de sete cordas) se apresentam no foyer do Auditório Ibirapuera com o espetáculo Proveta e Penezzi, no qual mostram músicas de Velha Amizade (2015) – álbum autoral formado por gêneros como choro, valsa, frevo e polca –, além de clássicos de grandes nomes, como Pixinguinha e Jacob do Bandolim.
“Nós vamos tocar algumas composições do repertório desse disco, que apresenta obras de minha autoria e do Proveta e outras feitas por nós dois, em duo”, fala Penezzi. “Nesse álbum, buscamos mesclar virtuosidade com lirismo. E essa será a linha condutora do espetáculo. Também vamos mostrar o nosso lado chorão, tocando músicas de mestres do choro.”
Penezzi conta que sua história com Proveta – de quem já ouvia falar muito antes de chegar a São Paulo, vindo de Piracicaba, no interior paulista – começou em 2005. A parceria musical e a amizade entre os artistas, que já dura mais de 13 anos e resultou em diversas apresentações nacionais e internacionais, além do disco Velha Amizade, promete ainda muitos outros trabalhos.
“Sou amigo do Marco Abreu de Moraes, saxofonista e clarinetista, que falava do Nailor Proveta desde o tempo em que eu tocava choro em Piracicaba. Quando vim morar em São Paulo, passei a tocar com os músicos do Ó do Borogodó, que de vez em quando também se apresentavam no Villaggio Café. Num desses shows, conheci o Proveta”, explica Penezzi. “Na época, eu fazia uma temporada solo e o convidei para participar comigo. Ele topou na mesma hora. E deu tão certo que acabamos assumindo uma espécie de duo. Até que, numa dessas noites, alguém filmou o espetáculo e colocou no YouTube. Meses depois, em razão desse vídeo, fomos chamados para tocar nos Estados Unidos, na Carolina do Sul, no Spoleto Festival (2010)”, conta. “O tempo passou e, anos mais tarde, nos reencontramos. Começamos a conversar, terminamos algumas composições e arranjos e gravamos Velha Amizade. Espero que o próximo álbum não leve mais dez anos para ser feito”, comenta, rindo.
O violonista acrescenta que a grande diversão ao tocar ao lado de Proveta se dá pelo grande entrosamento entre ambos e pela liberdade que eles têm na hora de expressar a melodia de mestres do choro de forma própria. Penezzi compara os encontros a partidas de futebol. “Nós fazemos um tipo de choro livre, à moda dos antigos compositores. Isso significa ter liberdade de, na hora de apresentar os temas, improvisar. E esta sempre foi a ‘brincadeira’ favorita dos músicos, ter essa liberdade de expressar a melodia dos mestres de forma própria”, diz. “Isso tem muito a ver com uma partida de futebol, na qual caminhamos juntos, corremos juntos atrás da bola, tocamos a bola um para o outro, e muitas vezes acontecem gols de placa – e bolas na trave também. E é bacana. A graça é essa.”
Música no Foyer | Nailor Proveta e Alessandro Penezzi
domingo 17 de março de 2019
às 19h
[duração aproximada: 75 minutos]
Entrada gratuita [a apresentação será no foyer do Auditório Ibirapuera]
[livre para todos os públicos]
abertura da casa: 90 minutos antes do espetáculo