De 2 a 28 de setembro, a segunda edição do Festival Arte como Respiro apresenta artistas selecionados pelos editais de emergência de artes cênicas, música e artes visuais. A programação da terceira semana do festival, que acontece on-line no site do Itaú Cultural, exibe espetáculos de peças e cenas teatrais, trabalhos infantis, de dança e do circo.
No dia 16 de setembro serão exibidos quatro espetáculos, todos a partir das 20h. Veja nos links abaixo.
*Por causa de problema técnico, a exibição de Querida Mamãe, de Dora por Sara, antes programada para o dia 16, acontecerá no dia 18 de setembro, a partir das 20h. A obra fica disponível por 24 horas. Veja aqui.
[os links serão disponibilizados nos respectivos horários]
Desabituar (CE)
Grupo Fuzuê
quarta 16 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 12 minutos]
disponível até as 20h de 17 de setembro
[livre para todos os públicos]
Esta videoperformance é um desdobramento do espetáculo Palafita, desenvolvido pelos artistas circenses Edmar Cândido e Eric Vinicius, do coletivo Fuzuê, e que estreou em 2013 na cidade de Fortaleza (CE). No momento atual, propomos rediscutir essa palafita e a relação entre dois artistas circenses com suas práticas e seus processos criativos no contexto da quarentena. O que nos mobiliza diante de tantas incertezas? Evocamos uma conversa de reconexão com a casa: reabitar, ressignificar a morada. O vídeo é produzido pelos artistas circenses no interior da casa, vivenciando suas habilidades acrobáticas, investigando com seus corpos, inventando lugares, com móveis, portas, cadeiras, plantas, bancos, corredores. Desabituar é uma reconexão entre a casa e o mundo.
Confira o Instagram e o Facebook do Grupo Fuzuê.
Por Aqui (PA)
Coletive Umdenós
quarta 16 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 8 minutos]
disponível até as 20h de 17 de setembro
[livre para todos os públicos]
Por Aqui é uma cena de dança contemporânea criada pelo Coletive Umdenós em meio à pandemia de covid-19. Com as mudanças repentinas da vida cotidiana, o coletivo, a fim de relatar a realidade em Belém do Pará, propõe a criação de uma dança que trata da contraposição vivenciada pelos três artistas, uma realidade que se localiza entre a normalização da vida como fuga do perigo iminente e o isolamento social, suas angústias, os medos e, acima de tudo, a preocupação conosco, com os nossos e com a cidade em si. Esta obra tem o desejo de traçar uma reflexão acerca da nossa relação com a noção de tempo, que não é mais regido pela cronologia conhecida – passamos a criar cronologias pessoais, cronologia confinada. O tempo passa a ser marcado pelos noticiários, pelo número de pessoas contagiadas, pelo número de mortos. É uma dança de três tempos, da distância e da vida. O tempo corre acelerado e às vezes devagar, porém não para; a distância cria um espaço entre as pessoas, mas não as separa, e a vida segue seu fluxo delicado até que nos falte o ar. Uma poética do cotidiano de artistas isolados, um olhar atento para o corpo que se tornou chão, parede, alicerce, firmamento, teto, sombra, luz, cor, cheiro, odor, som, música, ruído, movimento, vida, dança.
Confira o Instagram do coletivo.
Michel III (SP)
Fabio Brandi Torres
quarta 16 de setembro de 2020
às 20h
[duração aproximada: 66 minutos]
disponível até as 20h de 17 de setembro
[classificação indicativa: 12 anos]
Incomodado com o papel que lhe cabe no governo, Michel começa a se aproximar do centro do poder, buscando subir cada vez mais. No momento em que estranhos seres profetizam que ele será rei, passa a fazer alianças que o ajudem a realizar essa profecia. As atitudes da atual majestade parecem facilitar os seus planos, já que ela rompe antigas parcerias e parece viver em um mundo à parte. Muitas forças começam a se voltar contra ela e passam a ver em Michel uma alternativa mais segura para os seus interesses. Mas nem tudo vai bem, já que um juiz começa a fazer investigações que podem comprometer os aliados de Michel. Fica claro que é preciso firmar um pacto e estancar a sangria o quanto antes. Enquanto isso, ele tem de se contentar em ocupar um lugar de pouca relevância, sendo até desprezado pela atual majestade. Mesmo observando alguns de seus aliados ser atingidos, Michel consegue reverter todos os problemas e vê a coroa cair em seu colo, tornando-se o rei Michel III. Seu reinado começa junto com várias acusações, mas ele consegue manter o poder, ainda que viva sempre a insegurança de saber que pode ser destronado a qualquer momento.
Confira as redes sociais de Fabio Brandi Torres e Marcelo Várzea.
Acesse a programação completa do Festival Arte como Respiro.