O que é uma imagem? Épocas e culturas distintas construíram compreensões diferentes disso, a partir de variadas formas de percepção do mundo. Para discutir esses pontos de vista, ocorre em 11 de fevereiro, às 16 horas, o encontro Conversa sobre outras imaginações, no Itaú Cultural (IC), em São Paulo, evento ligado à instalação Perder a imagem.
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A Conversa sobre outras imaginações é guiada pelo músico e poeta Tiganá Santana, que, em Perder a imagem, oferece um espaço de imersão que não é fundado na visualidade, sendo mais orientado por outros sentidos, como audição e tato. Participam do encontro o artista visual Ayrson Heráclito e as pesquisadoras Cíntia Guedes e Nathalia Grilo.
Como escreve Tiganá, o evento traz “uma conversa em torno do lugar, da ausência, do excesso, dos múltiplos significados do que, sobretudo, o euro-Ocidente vem construindo como imagem”, construção essa sempre estabelecida na visualidade e que não leva em conta “outros sentidos, dimensões, silêncios”. Diante disso, pondera: “Se se consideram cosmologias advindas do continente africano, bem como aquelas de povos originários das Américas, há que se tomar outro caminho de percepção de mundo”.
Tiganá Santana é também pesquisador. Como músico, lançou quatro álbuns: Maçalê (2010), The invention of colour (2013), Tempo & magma (2015) e Vida-código (2019/2020) – disponíveis para audição em seu site. Sua obra musical se destaca pela busca de referências de matriz africana, dos sons às letras – é o primeiro artista no Brasil a compor em línguas desse continente. Saiba mais na Enciclopédia Itaú Cultural.
Ayrson Heráclito é ogã – no candomblé, sacerdote –, professor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e curador. Com doutorado em comunicação e semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), é também mestre em artes visuais pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Seu trabalho em artes visuais abrange instalações, performances, fotografias e vídeos que abordam a cultura afro-brasileira e as conexões entre a África e a sua diáspora na América. Leia um texto sobre a sua obra.
Cíntia Guedes é professora do bacharelado interdisciplinar em artes da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Doutora em comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realiza ações multidisciplinares no campo da arte contemporânea. Suas abordagens mais recorrentes tratam de memória, corpo e produção de subjetividades sob perspectivas anticoloniais e antirracistas.
Nathalia Grilo pesquisa sensibilidades africanas e diaspóricas. É curadora na HOA Galeria e curadora de narrativas no estúdio do artista Maxwell Alexandre. Idealizou a revista diCheiro, periódico digital sobre estéticas africanas. Elabora o programa Negrume na Rádio Veneno e escreve para a coluna Missa negra no blog da Sobinfluência Edições. É idealizadora e produtora do Festival instrumental mulambo jazzagrário.
Conversa sobre outras imaginações [com interpretação em Libras]
com Tiganá Santana, Ayrson Heráclito, Cíntia Guedes e Nathalia Grilo
sábado 11 de fevereiro de 2023
às 16h
Reserve seu ingresso pela Inti.
[livre para todos os públicos]