Oito artistas, quatro noites: assim se faz o evento Travessias – como permanecemos vivas?, cuja questão central investiga a arte como possível elemento de cura do indivíduo e da sociedade (cura entendida de forma abrangente: força de transformação, autoconhecimento, ressignificação, empatia, expressão, exercício imaginativo). Denilson Baniwa, Edu O., Filipe Catto, João Silvério Trevisan, Lu Favoreto, Marta Aurélia, Onisajé e Zahy Guajajara, a partir de diferentes linguagens, constroem performances que correspondem a depoimentos sobre as jornadas empreendidas por eles no decorrer da pandemia de covid-19. Onde estiveram? Com quem? O que fizeram? Como se relacionaram com o trabalho criativo?
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Em cada uma das noites, dois artistas se apresentarão (cada performance terá duração de meia hora). Após as duas apresentações, haverá uma conversa entre os criadores e a plateia. Tudo transmitido de modo on-line, com Libras e audiodescrição (localizada como um canal extra de áudio junto à tradução). A mediação é de Aury Porto, ator, produtor e diretor, e Cláudia Barral, dramaturga e psicanalista.
Confira a programação de cada noite:
sábado 22 de janeiro de 2022 | 20h
Denilson Baniwa + Lu Favoreto
Denilson Baniwa nasceu em Mariuá, Rio Negro, Amazonas. É artista visual e comunicador. A partir do Movimento Indígena Amazônico e do trânsito pelo universo não indígena, realiza seus processos artísticos.
Lu Favoreto é artista da dança, atuando como intérprete, coreógrafa, preparadora corporal para as artes cênicas e professora. Tem como elemento primordial de investigação a relação entre estrutura corporal, movimento vivenciado e a comunicação na cena. Fundamenta seu trabalho didático e artístico em princípios da educação somática. Foi uma das sócias fundadoras do estúdio Nova Dança, em São Paulo, no ano de 1995. Desde 2000, dirige a Cia. Oito Nova Dança, na qual trabalha também como coreógrafa e intérprete-criadora.
domingo 23 de janeiro de 2022 | 19h
Filipe Catto + Onisajé
Filipe Catto é multiartista brasileira, atuando como cantora, compositora, artista visual, performer, produtora musical e designer. Conta com quatro discos de estúdio e dez anos de carreira.
Onisajé (Fernanda Júlia) é graduada em direção teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestra em artes cênicas e doutoranda na mesma instituição. Diretora fundadora do Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas (Nata), dramaturga, preparadora de atuantes, educadora e pesquisadora da cultura africana no Brasil com ênfase nas religiões de matriz africana. No candomblé, é Yakekerê (mãe pequena, segunda sacerdotisa do terreiro) no Ilê Axé Oyá L’adê Inan da cidade de Alagoinhas. Escreveu e dirigiu espetáculos como Exu – a boca do universo, Traga-me a cabeça de Lima Barreto e Pele negra, máscaras brancas, entre outros. Ministra o Laboratório de Preparação de Atuantes – Ojuinan e o Em Direção a Elas: Elas na Direção – Laboratório de Formação para Diretoras Teatrais Negras.
sábado 29 de janeiro de 2022 | 20h
Edu O. + João Silvério Trevisan
Edu O. é artista da dança, da performance e do teatro, escritor e professor da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Diretor do Grupo X de Improvisação em Dança e cofundador do Coletivo Carrinho de Mão. Entre seus trabalhos artísticos, destacam-se: Judite quer chorar, mas não consegue!, Odete, traga meus mortos, Ah se eu fosse Marilyn, O corpo perturbador e Kilezuuummmm.
O romancista, contista, ensaísta, roteirista, diretor de cinema e dramaturgo João Silvério Trevisan nasceu em 1944. Tem 14 livros publicados (ensaios, romances e contos). Entre outros romances, é autor de Pai, pai e A idade de ouro do Brasil, além do já clássico estudo multidisciplinar Devassos no paraíso. Recebeu três vezes os prêmios Jabuti e da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA). Em 2018, foi finalista dos prêmios Jabuti e Oceanos.
domingo 30 de janeiro de 2022 | 19h
Marta Aurélia + Zahy Guajajara
Marta Aurélia é atriz, cantora, performer, experimentadora da voz e do corpo na perspectiva da arte, da saúde e do autoconhecimento. Atua em teatro, cinema, performance, rádio, poesia, arte híbrida, canção popular, música experimental, música feita na hora, lives etc. Atualmente, investe no projeto Casa d’Aurélia, que consiste em morar temporariamente com outras artistas observando a relação – estreita – entre vida e arte.
Zahy Guajajara é uma mulher indígena, multiartista, nascida na aldeia Colônia, na Reserva indígena Cana Brava (MA). Suas linguagens são muitas: o que lhe interessa é a comunicação. Acredita que a arte tem o poder de comunicar e transformar, por isso se expressa através dela.
Travessias – como permanecemos vivas? [com interpretação em Libras e audiodescrição]
sábados 22 e 29 de janeiro de 2022 | 20h
domingos 23 e 30 de janeiro de 2022 | 19h
[duração aproximada: 120 minutos]
on-line – plataforma Zoom
Palco virtual – 270 ingressos
[classificação indicativa: 14 anos]
Atividade gratuita
Reserve seu ingresso para o dia 22 [a partir do dia 12 de janeiro, às 12h, até o início de cada apresentação (ou até esgotar)]
Reserve seu ingresso para o dia 23 [a partir do dia 12 de janeiro, às 12h, até o início de cada apresentação (ou até esgotar)]
Reserve seu ingresso para o dia 29 [a partir do dia 12 de janeiro, às 12h, até o início de cada apresentação (ou até esgotar)]
Reserve seu ingresso para o dia 30 [a partir do dia 12 de janeiro, às 12h, até o início de cada apresentação (ou até esgotar)]
Saiba como acessar a transmissão via Sympla.
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Ficha técnica
Artistas convidados: Denilson Baniwa, Edu O., Filipe Catto, João Silvério Trevisan, Lu Favoreto, Marta Aurélia, Onisajé e Zahy Guajajara
Roteiros: Denilson Baniwa, Edu O., Filipe Catto, João Silvério Trevisan, Lu Favoreto, Marta Aurélia, Onisajé e Zahy Guajplateia
Colaboração nos roteiros: Cláudia Barral e Aury Porto
Imagens de abertura das performances: Juliana Munhoz
Curadoria e programação: Aury Porto e Cláudia Barral
Idealização do projeto: Aury Porto