Acessibilidade
Agenda

Fonte

A+A-
Alto ContrasteInverter CoresRedefinir
Agenda

Confira a programação do “Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo”

Após três anos de hiato, festival retorna com programação internacional e atividades formativas

Publicado em 29/09/2025

Atualizado às 10:54 de 29/09/2025

No mês de outubro, o Itaú Cultural (IC) recebe parte da programação do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo. Idealizado pela atriz e produtora Ellen de Paula e pelo diretor e dramaturgo Gabriel Cândido, e homenageando permanentemente a atriz Ruth de Souza, o festival promove encontros, reflexões e diálogos entre o público e artistas, grupos, coletivos, companhias e agentes culturais cujas produções artísticas se afirmam, por meio de diversos modos de fazer, como artes negras-diaspóricas, celebrando os Teatros Negros enquanto experiências artísticas históricas e contemporâneas.

Após três anos de hiato, o festival está de volta em sua 4ª edição com uma programação repleta de espetáculos nacionais e internacionais, atividades formativas do Quilombo Artístico-Pedagógico, em formato de oficinas e residências artísticas, e Giras de Conversa com debates conduzidos por críticos convidados e artistas presentes na programação.

A nova edição do festival acontece de 17 a 26 de outubro, mas o pontapé inicial é dado no dia 9 de outubro pela Gira de Conversa: O Pensamento Curatorial como guia da programação, um bate-papo com Ellen de Paula, Gabriel Cândido e Soraya Martins sobre os processos criativos que conduziram o pensamento curatorial desta edição e que apresenta a programação completa do evento.

Cartaz com fundo amarelo. À esquerda, a ilustração do rosto de uma mulher negra que usa um turbante com estampas geométricas. À direita, o texto
Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo (imagem: divulgação)

Além do bate papo, o Itaú Cultural também recebe três dos espetáculos da programação: no dia 17 de outubro, a Cia. Burlantis, de Minas Gerais, apresenta a peça Herança, obra que celebra os 50 anos de carreira de Maurício Tizumba, em uma trama de enredos pessoais, documentais e oníricos, escavando histórias íntimas e mirando a África como um espelho. Nos dias 18 e 19, o Núcleo da Tribo Itacaré, da Bahia, apresenta Vamos pra Costa?, espetáculo de dança sobre a pesca artesanal no Rio de Contas, em Itacaré (BA), com um elenco formado por pescadores. Por fim, nos dias 21 e 22, a Casa Tumac, da Colômbia, apresenta Atarugao Rostros Invisibles, espetáculo de dança que aborda a história de nove homens negros que chegam de suas regiões a uma cidade em busca de progresso. Cada um com seus sonhos, suas histórias e sua cultura encarnada em suas formas de andar, falar, sua música e sua dança, eles enfrentam a discriminação e a segregação e são obrigados a desenvolver formas de resistência à opressão.

Saiba mais sobre o festival no site do projeto e no perfil oficial no Instagram

Confira mais detalhes da programação no Itaú Cultural:

/bate-papo
Gira de Conversa: o Pensamento Curatorial como guia da programação
com Ellen de Paula, Gabriel Cândido e Soraya Martins 

Ellen de Paula, Gabriel Cândido e Soraya Martins apresentam os processos criativos que conduziram o pensamento curatorial desta edição do festival e compartilham a programação completa do evento.

quinta 9 de outubro de 2025
às 15h
[duração aproximada: 90 minutos]
Sala Vermelha – 70 lugares

[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição]

Retire seu ingresso [a partir de 7 de outubro, às 12h]

Ellen de Paula é gestora em direitos humanos, produtora cultural, educadora e atriz. Mestra em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), é pós-graduanda em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e em Educação em Direitos Humanos pela Universidade Federal da Paraíba (UFPA). É idealizadora e diretora do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo e diretora executiva da Viração Educomunicação.

Gabriel Cândido é diretor, dramaturgo, performer e produtor. Formado pela SP Escola de Teatro no curso de Atuação, é integrante e co-fundador do Núcleo Negro de Pesquisa e Criação (NNPC), e idealizador, diretor e curador do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo. É autor das dramaturgias Fala das Profundezas (2019), Socorro! Tem uma cidade entalada na minha garganta (2019) e Nossa Conquista (2023).

Soraya Martins é artista-pesquisadora, crítica, curadora independente. Pós-doutora em Literatura, Outras Artes e Mídia (UFMG) e professora de Teatro da Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), é autora do livro Teatralidades-Aquilombamento: várias formas de pensar-ser-estar em cena e no mundo (2023). É curadora da 4ª edição do Dona Ruth: Festival de Teatro Negro de São Paulo.

 

/teatro
Herança
Cia. Burlantis (MG)

Em um palco, três artistas negros se apresentam. À esquerda, um homem mais velho de terno estampado toca um tambor. Ao centro, um homem sentado toca um instrumento de percussão. À direita, uma mulher de saia listrada e colorida dança segurando um objeto que se assemelha a uma serpente.
Cena do espetáculo Herança (imagem: Pablo Bernardo)

Espetáculo que celebra os 50 anos de carreira de Maurício Tizumba, através de histórias, sons, movimentos e objetos de família, em uma trama de enredos pessoais, documentais e oníricos, escavando histórias íntimas e mirando a África como um espelho. 

sexta 17 de outubro de 2025
às 20h
[duração aproximada: 72 minutos]
Sala Itaú Cultural – 224 lugares 

[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição] 

Retire seu ingresso [a partir de 14 de outubro, às 12h]

FICHA TÉCNICA 
Realização: Cia Burlantins e Napele Produções Artísticas
Idealização: Pedro Kalil
Elenco: Júlia Tizumba, Maurício Tizumba e Sérgio Pererê
Participação especial: Rosa Moreira
Direção: Grace Passô 
Dramaturgia: Aline Vila Real, Grace Passô e Tomás Sarquis [elaborada a partir de narrativas produzidas por Júlia Tizumba, Maurício Tizumba, Rosa Moreira e Sérgio Pererê]
Direção musical: Sérgio Pererê
Músicas: Maurício Tizumba e Sérgio Pererê
Assistência de movimento: Sérgio Penna
Vídeoarte: Renato Pascoal
Intervenções visuais: Desali
Projeções: Vjs Bah e Kraken
Cenário e figurino: Alexandre Tavera
Iluminação: Edmar Pinto
Sonorização: André Cabelo, Cahuê Teixeira e Marquinhos
Gestão e produção executiva: Elias Gibran e Karú Torres (Napele Produções Artísticas)
Assistente de produção: Eurides Máximo (Juninho)
Design: Mariana Misk (OESTE)
Fotos: Pablo Bernardo 
Comunicação: Jessica Soares
Assessoria de imprensa: Jozane Faleiro 
Administrativo: Ângelo Batista
Alimentação: Cantina da Tia Rosa
Transporte: Luigi Anderson (Hermanos Transportes)

 

/dança
Vamos pra Costa?
Núcleo da Tribo Itacaré (BA) 

Em um ambiente com luz quente e amarelada, três homens negros estão em um palco. Um deles, em primeiro plano, veste calça clara e blusa escura e está agachado em uma pose de ação. Ao fundo, outro homem de camisa vermelha está sentado no chão, puxando com força uma corda branca e grossa. O terceiro homem, mais distante que o de vermelho, está parcialmente bloqueado pelo primeiro homem.
Cena do espetáculo Vamos pra costa? (imagem: Brujo Morais)

O espetáculo investiga como a dança gera visibilidades abordando a pesca artesanal no Rio de Contas, em Itacaré (BA). Com um elenco formado por dançarinos que também são pescadores, a obra parte de relatos de experiência e registros fotográficos para construir uma narrativa profundamente poética sobre os modos de organização e participação da população envolvida com a atividade da pesca.

18 e 19 de outubro de 2025
sábado | às 20h
domingo | às 19h
[duração aproximada: 40 minutos]
Sala Itaú Cultural – 224 lugares

[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição]

Retire seu ingresso [a partir de 14 de outubro, às 12h]

FICHA TÉCNICA
Direção artística e criação: Verusya Correia
Criação e Performance: Arionilson Xixito, Guilherme Pitche e Valmilson Pericles Nascimento
Designer e operação de luz: Márcio Nonato
Cenário e figurino: Núcleo da Tribo
Produção: Casa Ver Arte

 

/dança
Atarugao Rostros Invisibles
Casa Tumac (Colômbia) 

Seis homens negros estão alinhados em um palco, com os braços esquerdos erguidos e os punhos cerrados. Eles vestem camisetas regatas e calças, e alguns seguram baquetas. Ao fundo, veem-se instrumentos de percussão e uma estrutura de andaime. A expressão deles é de força e seriedade.
Cena do espetáculo Atarugao Rostros Invisibles (imagem: Daniel Romero)

Nove homens negros chegam a uma cidade em busca de "progresso", cada um com seus sonhos, histórias e suas culturas encarnadas em suas formas de andar, falar, em sua música e sua dança. O ambiente hostil da cidade, marcado por poucas oportunidades, a discriminação e a segregação, os obriga a desenvolver formas de resistência à opressão. 

terça 21 e quarta 22 de outubro de 2025
às 20h
[duração aproximada: 40 minutos]
Sala Itaú Cultural – 224 lugares 

[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição]

Retire seu ingresso [a partir de 21 de outubro, às 12h]

FICHA TÉCNICA
Bailarinos e músicos: Francisco Tenorio Quiñones, Jair Parmenio Ângulo, Jesús Alberto Salazar, Kevin Leandro Cortes, Mario Andrés Cortes e Oscar Andrés Ângulo 
Iluminação: Isabel Montoya
Direção: Francisco Tenorio Quiñones
Assistente de produção: Paola Vargas

Compartilhe