O filme, definido como “inovador e radical”, retorna ao catálogo da IC Play
Publicado em 09/01/2024
Atualizado às 17:56 de 08/01/2024
Hoje se completam 20 anos da morte de Rogério Sganzerla. Em memória do cineasta, a Itaú Cultural Play integra mais um filme ao seu catálogo: O Bandido da Luz Vermelha, que volta a compor a coleção Histórias do cinema brasileiro. Primeiro longa-metragem feito por Rogério, foi seu único sucesso de público, além de ter tido boa recepção crítica.
O Bandido da Luz Vermelha conta a história de João Acácio Pereira da Costa (1942-1998), criminoso condenado por 4 assassinatos, 7 tentativas de homicídio e 77 roubos, que ganharam fama à época. Ele praticava os crimes à noite e utilizava uma lanterna recoberta com papel transparente vermelho – daí o nome (leia mais sobre a sua história na Folha). Na obra de Rogério – lançada em 1966, um ano após a condenação de João Acácio – nós assistimos à perseguição policial ao vilão e o ouvimos narrar a sua trajetória.
A Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira registra que o filme foi recebido “como inovador e radical em seu jogo de metalinguagem, a partir de referências de conotação popular, televisiva e musical”. Já em relação ao diretor, descreve o seu estilo como “direto e naturalista”, associado ao cinema verdade francês e precursor do cinema marginal. Ainda mais, destaca sua “personalidade inquieta, inconformada com o estado de coisas que tolhe a liberdade criativa de um cinema em busca de identidade”.
Em 2010, Rogério Sganzerla foi homenageado pelo programa Ocupação. Veja no site da exposição parte do material da mostra e conteúdos aprofundados sobre o diretor.
O Bandido da Luz Vermelha (1968)
Rogério Sganzerla | 92 min
[classificação indicativa: 16 anos, segundo autodefinição]