Onze novas produções entram hoje (16) na plataforma, entre animações, curtas e longas
Publicado em 16/07/2021
Atualizado às 14:55 de 05/01/2023
A plataforma de streaming Itaú Cultural Play recebe hoje (16) uma nova leva de curtas e longas-metragens e de animações. Confira as novidades!
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Ao todo são 11 filmes, parte de duas mostras: uma dedicada ao realizador mineiro Cao Guimarães e a outra inspirada no conceito de bestiário – Álbum animado de bestiários.
Mostra dedicada a Cao Guimarães
De Cao Guimarães são quatro produções, Andarilho (2007), Da janela do meu quarto (2004), Otto (2012) e Ex-isto (2010).
O artista plástico e cineasta belo-horizontino já participou de eventos e foi homenageado no Itaú Cultural. No nosso canal do YouTube, você pode acessar vários conteúdos com a participação do artista: sua entrevista para o Jogo de ideias, os vídeos da mostra Filmes e vídeos de artistas e a oficina Ver é uma fábula, ministrada por ele durante a exposição homônima dedicada ao seu trabalho.
Por que ver?
Andarilho
Cao Guimarães | 2007 | Minas Gerais
Uma experiência audiovisual híbrida, que escapa dos formatos convencionais do documentário. A vivência de três caminhantes é narrada por meio de recursos sensoriais, sobretudo por uma trilha sonora não emotiva, por dilatações do tempo e por efeitos fotográficos que renovam a nossa percepção.
Da janela do meu quarto
Cao Guimarães | 2004 | Minas Gerais
As belíssimas imagens granuladas captadas em película, a trilha minimalista e o encanto produzido por um balé totalmente espontâneo conquistam nossos olhos de imediato. O curta é uma experiência atípica, que perturba nossa percepção corriqueira do mundo. Prêmio de Melhor Curta-Metragem no festival É tudo verdade.
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Otto
Cao Guimarães | 2012 | Minas Gerais
Premiado no Festival de Brasília, o filme é como um diário visual surgido da intimidade e do encontro amoroso. Imagens e sons ricos de sentido, metáforas criadas a partir do silêncio, de gestos cotidianos e do movimento das águas nos rios e no mar compõem uma experiência poética surpreendente.
Ex-isto
Cao Guimarães | 2010 | Minas Gerais
Muito mais do que uma adaptação, o longa é o resultado do encontro entre dois artistas-inventores – Paulo Leminski e Cao Guimarães. O contato fictício do filósofo francês René Descartes com a natureza e a cultura brasileiras é o convite para uma experiência essencial de cinema, baseada apenas em som e imagem.
Nova exibição da mostra Álbum animado de bestiários
Inspirada no conceito de bestiário, a mostra reúne filmes que apresentam diferentes criaturas – de animais reais a fantásticos – em um breve percurso pela animação brasileira. A mostra aconteceu no site do Itaú Cultural em 2020, e agora chega à Itaú Cultural Play com uma seleção dos filmes exibidos no ano passado.
São sete filmes: Almofada de penas (2018), Boi Aruá (1984), Castillo y el armado (2014), Giz (2015), Meow (1981), Poética de barro (2019) e Tyger (2006).
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Os animais sempre estiveram presentes – como protagonistas ou coadjuvantes – em filmes para todos os públicos, trazendo o realismo como fonte de inspiração e o universo fantástico como metáfora para a experiência humana. Nestaseleção, filmes considerados marcos para a construção da história da animação brasileira se mesclam a outros mais recentes, que beberam dessas referências.
Por que ver?
Almofada de Penas
Joseph Specker Nys | 2018 | Santa Catarina
Baseado num conto do escritor uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), esta animação foi exibida em diversos festivais, entre eles o Annecy international animation film festival, a mais importante vitrine do cinema de animação do mundo. Trata-se de uma pequena pérola para os amantes do gênero.
Boi Aruá
Chico Liberato | 1984 | Bahia
Primeiro longa-metragem de animação feito no Nordeste, o filme de Chico Liberato, pioneiro do cinema de animação brasileiro, foi criado a partir de 25 mil desenhos feitos à mão. Baseada no folclore sertanejo, sua história mágica é contada por meio de cores fortes e referências à literatura de cordel.
Castillo y el armado
Pedro Harres | 2014 | Rio Grande do Sul
Premiado no Anima mundi – o mais importante festival de animação do Brasil –, o filme impressiona pela originalidade dos desenhos em preto e branco, que criam paisagens soturnas e desconcertantes. Ao som de cordas e tambores, este digno conto de pescador, cheio de tensão, ganha contornos de uma pintura expressionista feita de luzes e sombras.
Giz
Cesar Cabral | 2015 | São Paulo
O curta é uma animação surrealista feita em stop motion. Sensorial, conduzida apenas por imagens, ruídos eletrônicos e pelas notas graves de um piano, lembra as histórias pavorosas de Franz Kafka. Realidade, desvario, razão e loucura são os ingredientes de uma narrativa onírica e altamente sugestiva.
Meow
Marcos Magalhães | 1981 | Rio de Janeiro
Marcos Magalhães é um dos pioneiros do cinema de animação no Brasil. Por este filme, recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, um dos mais importantes eventos de cinema do mundo. Embalado por uma trilha de rock, o curta é uma divertida crítica sobre a sociedade de consumo dos nossos dias.
Poética de barro
Giuliana Danza | 2019 | Minas Gerais
Uma animação surrealista, capaz de suscitar as mais diferentes interpretações. Feita a partir da técnica de stop motion com argila, não tem diálogos nem roteiro convencional, apenas uma trilha sonora instrumental e percussiva. Um salto livre de imaginação e criatividade dentro das possibilidades metafóricas do barro.
Tyger
Guilherme Marcondes | 2006 | São Paulo
O curta, premiado no Anima mundi, trabalha com diferentes técnicas, como a manipulação de bonecos e grafismos em cenários reais. Inspirada num poema de William Blake, a história tira dos versos do escritor inglês a força lírica necessária para inundar de beleza o cinzento da cidade.