No segundo episódio da temporada, aprenda a criar um diário de bordo para a sua viagem. Saiba mais neste material complementar
Publicado em 14/08/2020
Atualizado às 10:46 de 13/08/2020
Neste segundo episódio, propomos que você faça seu próprio diário de bordo para eventuais registros durante a sua jornada. O nome diário de bordo se associa à ideia de viagem e navegação. Ele era usado para anotar todo tipo de acontecimento ao longo do percurso. Sugerimos pensar no diário como um livro que ainda não foi escrito. No entanto, ao final da aventura, ele conterá seus registros e memórias.
Podemos pensar esse material de formas variadas. Ele pode ser, por exemplo, um caderno de esboços, ou seja, um lugar no qual colocamos nossos sonhos e nossos desejos em estado de ideia. No qual damos os primeiros rabiscos, erramos e vamos percebendo como esses erros vão sendo pistas de caminhos a seguir na busca para alcançar a realização de um pensamento.
Já se considerarmos o diário em um sentido mais tradicional, encontramos nele vocação para poder ser também a nossa companhia: um lugar confiável em que guardamos aquilo que é valioso para nós – não necessariamente segredo, mas seguro. Quando reencontramos um diário de tempos atrás, não só vemos uma versão diferente de nós, mas também encontramos um presente que o eu do passado deixou para o nosso eu do presente rever.
Vemos que é um objeto que pode ser carregado de significados. Pode ser um indicador de como pensamos, de como agimos, do que sentimos em certo momento. É um registro muito particular da passagem dos dias e daquilo que nos atravessa.
Quando a gente decide mostrar um diário ou um caderno a alguém, ele pode se transformar em álbum ou livro. E aí uma gama ainda maior de possibilidades se abre. Esse objeto se torna então um suporte que nos permite cruzar nossas histórias com as dos outros e com o mundo, deixando nele uma marca toda especial.
Levando em conta esse potencial de compartilhamento, de leituras, identificamos ainda que esse diário pode ser uma forma de pensar, tanto considerando que ele pode ser o melhor formato para abrigar uma mensagem quanto explorando os múltiplos sentidos, significados e formas. E são grandes os exemplos disso em livros de artista, objetos que nos desafiam visualmente ou de maneira tátil.
Podem nos propor outros roteiros e tempos de leitura, além de práticas menos ortodoxas quando normalmente pensamos no objeto livro. Mas o que não fazem é nos deixar esquecer que para a imaginação não há limites.
Aqui listamos mais algumas referências para inspiração:
Um álbum de Araújo Porto Alegre;
História natural brasileira;
Caderno de Esboços – Angeli;
Narrativas em Processo: Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural;
O Universo Poético da Obra de Sandra Cinto e a Biblioteca do Amor – Caderno do Professor, produzido pela Enciclopédia Itaú Cultural;
Espaço do Professor da Enciclopédia Itaú Cultural.