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“Cine curtinhas” traz seis animações para o público infantil na IC Play

A mostra conta com obras que abordam temas diversos como racismo, buillyng e mitologias afro-brasileiras e indígenas

Publicado em 14/07/2023

Atualizado às 12:03 de 14/07/2023

O mês de férias na Itaú Cultural Play promete ser ainda mais animado para a criançada! É que nesta sexta-feira, 14 de julho, chega à plataforma o Cine curtinhas, com seis produções audiovisuais voltadas para o público infantil. As obras abordam temas como racismo, buillyng, mitologias afro-brasileiras, saberes tradicionais, histórias dos povos indígenas e muito mais.

Confira:

Ewé de Òsányìn: O segredo das folhas
Direção: Pâmela Peregrino I 23 min I 2023

Na animação há um menino de pele negra, com folhagens na cabeça e nas vestes. Ele está na mata e  segura um objeto bege e com varetas nas mãos.
Ewé de Òsányìn: O segredo das folhas (imagem: Divulgação)

A obra conta a história de um menino dotado de um misterioso poder de cura. Por conta disso, ele é discriminado por colegas de escola e foge para a mata. Perdido na caatinga, o pequeno se encontra com diferentes divindades, dentre elas Esú, senhor dos caminhos, e Òsányín, pai das folhas, das ciências e das ervas, que vão lhe guiar por uma jornada de conhecimento.

Ewé de Òsányìn: O segredo das folhas mistura mitologias afro-brasileiras, preservação ambiental e saberes tradicionais para falar delicadamente de bullying e empoderamento. Premiado em mais de 15 festivais ao redor do país, o curta também se vale de diversas referências musicais, como o forró e as toadas do cordel.

Mitos Indígenas em travessia
Direção: Julia Vellutini e Wesley Rodrigues  I 22 min I 2019

Na ilustração aparecem os pés de um indígena dentro de um rio de águas transparentes e um peixe, que nada bem pertinho.
Mitos indígenas em travessia (imagem: Divulgação)

Mitos Indígenas em travessia é uma antologia de seis histórias fantásticas de diferentes desses povos do Brasil: A ema e A menina e a cobra, de origem Kadiwéu, O menino peixe e A via láctea, de origem Kuikuro, As mulheres sem rosto e O urubu-rei, de origem Javaé.

Premiado e exibido em diversos festivais brasileiros, o curta se inspira em mitos ancestrais de distintos povos, retratando a diversidade de sua visão de mundo. A produção é resultado de um trabalho colaborativo que uniu cineastas e indígenas e se destaca pela combinação entre cenários realistas e animações.

A inacreditável história do milho grande
Direção: Aldenos Pimentel I 5 min I 2021

Na imagem há um desenho de um animal parecido com um tamanduá. Ele é marrom com detalhes em preto e bege, tem as unhas brancas e pontudas e o focinho longo. O fundo da imagem é azul.
A inacreditável história do milho grande (imagem: Divulgação)

No meio do mato, uma formiga encontra um milho gigante, amarelinho e suculento. Um tamanduá surge do nada e se oferece para cuidar dele, recomendando que a formiga busque ajuda de seus colegas para levar o milho depois até o seu formigueiro. Será que a formiga confiará no seu maior predador?

De traços nítidos, cores sóbrias e desenhos que lembram os quadrinhos da Turma da Mônica, o curta tem um divertido tom de fábula regionalista. Produzido com recursos da Lei Aldir Blanc, se destaca pela trilha sonora que mistura diferentes sonoridades, como flautas indígenas e a música de cordel.

Meu nome é Maalum
Direção: Luísa Copetti I 8 min i 2021

Desenho de uma menina de pele negra e cabelos curtos e cacheados. Ela usa vestido branco e está na água, que parece girar ao seu redor com  muitos peixinhos. Ela está chorando.
Meu nome é Maalum (imagem: Divulgação)

A pequena Maalum desde cedo sofre com o racismo e o preconceito dos colegas da escola, que riem do seu nome de origem africana. Com a ajuda de sua amorosa família, ela conhece mais sobre a sua ancestralidade, descobre a origem do seu nome e transforma a tristeza em imenso orgulho. 

Aqui, o samba é a porta de entrada para a história, que também se aproveita de outros gêneros musicais em sua trilha sonora. Com uma narrativa essencialmente cinematográfica, que abusa da plasticidade das cores e dos traços, o filme trata de temas urgentes da infância, como o bullying e o racismo.

As aventuras de Nina e Xilo
Direção: Julio Castro I  7 min I 2021

No desenho está uma menina de cabelos marrons e cacheados e um cachorrinho de pelos brancos com pintas pretas olhando para uma imagem com os dizeres
As aventuras de Nina e Xilo (imagem: Divulgação)

Nina vai passar o dia na casa da avó, enquanto sua mãe vai trabalhar. Por lá, ela encontra Xilo, um cachorrinho que é seu parceiro de aventuras. Durante uma brincadeira, eles descobrem um livro de cordel e aprendem com Tio Leleo, o dono do exemplar, que a imaginação é uma poderosa ferramenta.

O curta faz parte da primeira websérie infantil realizada no Rio Grande do Norte. Educativa e acessível para as crianças, a produção contou com a presença de vários artistas potiguares em sua equipe. O poder da arte, da criação artística e a capacidade de inventar outros mundos são as grandes inspirações da obra.

A festa dos encantados
Direção: Masanori Ohashy I 13 min I 2016

Desenho de um indígena segurando arco e flecha na mata. Ele usa um cocar de penas azuis e tem o corpo pintado com desenhos nas cores vermelho e preto.
A festa dos encantados (imagem: Divulgação)

Inspirado numa antiga lenda do povo indígena Guajajara, o filme narra a história de um pajé que sai em busca do irmão que desapareceu na floresta depois de flechar um misterioso cachorro alado. Na jornada, ele encontra um mundo subterrâneo habitado por seres encantados que lhe ensinam rituais e cânticos.

A saga que serviu de base ao roteiro da animação foi contada por Tamuy Vicente, ancião do povo Guajajara. O curta se destaca pela originalidade dos desenhos, que deixam de lado o realismo para entrar livremente no mundo da fábula e por traduzir com inteligência o espírito imemorial da narrativa Guajajara.

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