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Conheça os dez filmes mais vistos na IC Play em 2023

A lista conta com “Òrun Àiyé – a criação do mundo” e “Deus e o diabo na terra do sol”, que aparecem pelo terceiro ano consecutivo no top 10

Publicado em 29/12/2023

Atualizado às 17:05 de 29/12/2023

Com a proximidade do fim de ano, preparamos uma lista com os dez filmes mais vistos na Itaú Cultural Play – a plataforma de streaming do Itaú Cultural (IC). Todos ainda estão disponíveis. 

Entre os destaques estão Òrun Àiyé – a criação do mundo, de Jamile Coelho e Cintia Maria, e Deus e o diabo na terra do sol, de Glauber Rocha, que ocuparam o posto dos títulos mais acessados também em 2021 e 2022. A lista ainda inclui o filme Kanau’kyba, que faz parte da mostra Memórias ancestrais, e dois longas-metragens do documentarista Eduardo Coutinho, homenageado na 47ª Ocupação Itaú Cultural e, neste ano, pela IC Play.

O ano de 2023 foi agitado para a plataforma. A IC Play contou com cinco estreias originais – as séries Projeções, IC para crianças, Trajetórias, Autoras em cena e Ancestralidades – e apresentou mais de 30 curadorias, além do conteúdo de 14 mostras e festivais parceiros. 

 Confira a lista dos mais acessados: 

1   .  O menino e o mundo (2013), de Alê Abreu        

80 min | livre, segundo autodefinição

Um menino mora com a família no campo e, certo dia, seu pai abandona a casa onde vivem e vai para a cidade ganhar a vida. O garoto parte em sua busca, atirando-se numa aventura cheia de descobertas. Sua travessia o leva para uma grande metrópole, onde conhecerá pessoas, estranhos seres e assustadoras máquinas-bichos.

Um dos filmes mais premiados do cinema brasileiro, foi indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2016.

Desenho animado, em um mar azul
O menino e o mundo (imagem: Divulgação

       2. Café com canela (2017), de Ary Rosa e Glenda Nicácio

100 min | 14 anos, segundo autodefinição

Depois de perder o filho, a professora Margarida se distancia do mundo e entra em um luto duradouro. Ela também se separa do marido e perde contato com amigos e parentes. Certo dia, no entanto, Margarida será sacudida com a chegada de Violeta, uma ex-aluna. Desse encontro nasce um lento processo de cura, regado a cafés com canela.

O filme valoriza os saberes populares, a cultura afrodescendente e a comida como um ponto sagrado de encontros e afetos. O longa-metragem foi premiado no Festival de Brasília.

Em um quarto escuro e sentada na cama uma mulher segura um cigarro
Café com canela (imagem: Divulgação) 

       3. Deus e o diabo na terra do sol (1964), de Glauber Rocha 

118 min | 14 anos, segundo autodefinição

No sertão nordestino, um vaqueiro miserável mata o patrão. Ele foge com a mulher e é acolhido por um beato negro, de quem se torna um seguidor. Insatisfeita, a elite local contrata um matador para dar cabo do santo e dos seus fiéis. O casal sobrevive e, na Caatinga, se encontra com o bando do cangaceiro Corisco.

O filme trilha caminhos semelhantes aos dos maiores romancistas brasileiros, como Graciliano Ramos e Guimarães Rosa.

Imagem em preto e branco do ator Othon Bastos caracterizado como o cangaceiro Corisco no filme
Deus e o diabo na terra do sol (imagem: divulgação)

       4. Òrum Àiyé – a criação do mundo (2015), de Jamile Coelho e Cintia Maria

12 min | livre, segundo autodefinição

Um avô narra à sua neta a história da criação do mundo e dos seres humanos segundo a mitologia iorubá. Tal como um velho contador, ele apresenta a jornada dos orixás e os conflitos desse episódio de nascimento, no qual homens e mulheres são moldados a partir do barro.

O filme celebra a importância da cultura afro-brasileira como espaço de preservação da memória e de respeito aos mais velhos e à natureza, e conta com a participação do cantor Carlinhos Brown.

animação gráfica
Òrum Àiyé – a criação do mundo (imagem: Divulgação)

       5. Jogo de cena (2007), de Eduardo Coutinho

105 min | livre, segundo autodefinição

Mulheres narram suas histórias pessoais diante de uma câmera num estúdio. Pouco depois, parte delas conta a mesma história no palco do Teatro Glauce Rocha, no Rio de Janeiro. Ao fim do processo, atrizes interpretam as vivências narradas por elas. A partir desse jogo de espelhos, o filme investiga a natureza da representação artística.

O documentário é uma profunda meditação sobre a encenação e a realidade, a condição feminina e a noção da verdade. Conta com a contribuição de várias atrizes, entre elas Andréa Beltrão, Fernanda Torres e Marília Pera.

Cena do documentário Jogo de cena, com a atriz Maria Fernanda Cândido. A atriz está sentada e conversa com o diretor Eduardo Coutinho, que está de costas para a câmera. Ao fundo há cadeiras de teatro vermelhas.
Jogo de cena (imagem: divulgação)

       6. Eles não usam black-tie (1981), de Leon Hirszman

124 min | 14 anos, segundo autodefinição

Tião e o pai, o militante Otávio, são operários e trabalham numa fábrica. Ao saber que sua namorada está grávida, o jovem anuncia o noivado à família. Enquanto isso, operários organizam uma greve, à qual o pai adere, mas o rapaz não. A escolha de Tião gera um conflito familiar.

Adaptação da famosa peça do dramaturgo e ator Gianfrancesco Guarnieri, o filme recebeu dois prêmios no Festival de Veneza e é considerado um clássico do cinema político brasileiro.

Um homem veste uma camiseta azul e segura em um galho de uma árvore e em sua frente uma mulher veste uma blusa preta
Eles não usam black-tie (imagem: Divulgação)

      7. Amor maldito (1984), de Adélia Sampaio 

80 min | 16 anos, segundo autodefinição

Rio de Janeiro, anos 1970. Sueli, modelo que sonha em chegar à televisão, e Fernanda, bem-sucedida funcionária de uma empresa, têm um romance. Sueli quer construir sua carreira e se envolve com um jornalista. Tempos depois, desiludida, ela se suicida. Após a tragédia, Fernanda é acusada de ter matado a companheira.

Um romance proibido entre duas mulheres em plena ditadura militar. Primeira cineasta negra a dirigir um longa-metragem no Brasil, Adélia construiu um libelo contra o conservadorismo e a hipocrisia nacional.

Duas muleheres estão sorrindo
Amor maldito (imagem: Divulgação)

       8. Cabra marcado para morrer (1984), de Eduardo Coutinho

120 min | 12 anos, segundo autodefinição

Um documentário sobre João Pedro Teixeira, líder da Liga Camponesa de Sapé (Paraíba) assassinado em 1962. As filmagens são interrompidas em 1964 com o golpe militar, e parte do material captado é apreendido. Quase 20 anos depois, realiza-se um novo encontro com a história de sua família e da luta camponesa, agora do ponto de vista da viúva do líder, Elizabeth Teixeira, e dos seus filhos.

O documentário é descrito como um clássico do cinema brasileiro, sendo exibido e premiado no mundo até hoje.

Imagem em preto e branco do filme Cabra marcado para morrer. Na imagem quatro pessoas trabalham no campo.
Cabra marcado para morrer  (imagem: divulgação)

       9. Down Quixote (2022), de Leonardo Cortez

104 min | 10 anos, segundo autodefinição

O filme é uma adaptação de uma das maiores obras literárias da humanidade, Dom Quixote, de Miguel de Cervantes (1547-1616). A história se desenrola na imaginação de Diogo, um ator que ensaia o texto de uma peça baseada no clássico. Ele e seus colegas de teatro, todos com síndrome de Down, dão vida às personagens, em meio às paisagens da cidade histórica de Tiradentes, em Minas Gerais.

A obra reúne um elenco de 23 atores com síndrome de Down, do grupo de teatro da Associação para o Desenvolvimento Integral de Down (Adid). A comédia encanta pela performance, pela imaginação e por um olhar que dá novos sentidos ao texto de Cervantes. O longa-metragem também contou com uma programação presencial no Espaço Itaú de Cinema.

Dois atores aparecem na cena, atrás deles pode-se ver o céu azul com nuvens e uma árvore. Um deles está vestido de armadura e segura uma espada. O outro usa um chapéu de abas onduladas e aponta para frente.
Down Quixote (imagem: divulgação)

      10. Kanau’kyba (2021), de Gustavo Caboco e Pedra do Bendegó

11 min | livre, segundo autodefinição

A narrativa da Pedra do Bendegó, como já aponta o título da obra, que significa “caminhos das pedras” na língua uapixana, é o ponto de partida para tratar da história dos povos originários e, em especial, da sobrevivência da sua cultura. 

O curta-metragem foi exibido na 34a Bienal de São Paulo. O contraste entre os tons vermelhos de fundo e os traços brancos contribui para esta narrativa visual, embalada por uma paisagem sonora que se destaca.

desenho animado com fundo vermelho
Kanau’kyba (imagem: Divulgação)

 

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