IC e Datafolha lançam pesquisa sobre hábitos culturais no contexto da pandemia
Segundo o estudo, 66% dos entrevistados pretendem retomar atividades presenciais nos próximos meses
Publicado em 26/10/2020
Atualizado às 19:13 de 16/08/2022
Em parceria com o Datafolha, o Itaú Cultural realizou a pesquisa Hábitos Culturais – Expectativa de Reabertura e Comportamento Digital. Focado nos hábitos culturais da população brasileira no contexto da pandemia de covid-19, o trabalho leva em conta tanto o período anterior à propagação do novo coronavírus quanto o momento atual, marcado pela suspensão das atividades presenciais e pelo debate sobre a sua retomada. As 1.521 pessoas entrevistadas têm entre 16 e 65 anos, pertencem a diferentes classes sociais e habitam cidades de todas as regiões do país.
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Cerca de dois terços dos entrevistados (66%) disseram que têm intenção de participar, presencialmente, de alguma atividade cultural nos próximos meses. Ainda assim, 46% dessas pessoas afirmam não se sentir completamente seguras. Tendo em vista um retorno mais tranquilo às programações presenciais, elas destacam espontaneamente que, num cenário de reabertura, os equipamentos culturais devem favorecer o distanciamento entre os visitantes, exigir o uso de máscara e disponibilizar produtos de higienização, sobretudo álcool em gel.
Entre os protocolos de segurança levantados pela pesquisa, os mais valorizados foram a limpeza constante dos ambientes, a remodelação da arquitetura, horários agendados de visita e o treinamento das equipes.
Sessões de cinema e shows de música eram as atividades mais praticadas antes da pandemia e são também aquelas com maior potencial de retorno, seguidas de eventos infantis e visitas a bibliotecas e centros culturais.
Consumo de cultura no ambiente digital
No que diz respeito aos hábitos culturais durante a pandemia, a pesquisa teve como foco a oferta de produtos e programações no meio on-line. O levantamento indicou que há uma predominância do consumo de músicas, filmes e séries entre os conteúdos mais acessados.
Para grande parte dos entrevistados, esses conteúdos têm importante papel na melhoria da saúde mental e na democratização da arte e da cultura. A maioria não pretende abrir mão dos hábitos on-line após a reabertura dos espaços físicos.