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Dia Internacional da Animação: confira destaques na IC Play

Veja seleção de filmes premiados, clássicos do gênero e novas adições ao catálogo da plataforma

Publicado em 28/10/2022

Atualizado às 12:21 de 04/01/2023

Hoje, 28 de outubro, comemora-se o Dia Internacional da Animação, e a IC Play está repleta de obras para você celebrar a data, escolhida pela Associação Internacional do Filme de Animação (Asifa) em homenagem à primeira apresentação do teatro óptico, de Émile Reynauld, considerado o precursor da animação, no Museu Grévin, em Paris.

Teatro óptico é um dispositivo composto de duas lanternas mágicas – equipamento do século XVII que utiliza uma lanterna e uma combinação de lentes para projetar imagens estáticas. Na criação de Reynauld, enquanto uma das lanternas reproduz o fundo da cena, a outra, através de espelhos e tecidos perfurados, projeta uma série de imagens pintadas à mão. O equipamento é sucessor de outra invenção de Reynauld, o praxinoscópio – dispositivo circular que lança imagens desenhadas em uma fita transparente.

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>>>“Terror na tela”: assista a cinco curtas da mostra na IC Play

Para comemorar a data, separamos algumas sugestões de animação presente na IC Play – plataforma de streaming do Itaú Cultural. Há desde clássicos do gênero até novos expoentes da produção brasileira.

acesse a plataforma Itaú Cultural Play

Òrun Àiyé – a criação do mundo, de Jamile Coelho e Cintia Maria (2015)
[classificação indicativa: 12 anos]
duração: 12 minutos

Um avô narra à sua neta a história da criação do mundo e dos seres humanos, segundo a mitologia iorubá. Tal como um velho contador, ele apresenta a jornada dos orixás e os conflitos do episódio de nascimento.

Utilizando diferentes técnicas de animação, e com olhar feminino, as jovens diretoras celebram a importância da cultura afro-brasileira como espaço de preservação da memória, de respeito aos mais velhos e à natureza. Com participação de Carlinhos Brown.

Cena de animação em stop motion. A imagem mostra a personagem Oxalá, vista da cintura para cima.
Òrun Àiyé – a criação do mundo (imagem: divulgação)

Almofada de penas, de Joseph Specker Nys (2018)
[classificação indicativa: 12 anos]
duração: 12 minutos

Uma jovem recém-casada que padece de uma doença inexplicável, um marido sisudo e indiferente, um médico incapaz de descobrir o que acontece com ela. Enquanto isso, os sonhos de noiva se desfazem em alucinações e pesadelos macabros.

Baseado em conto do escritor uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), esta animação foi exibida em diversos festivais, como o Annecy international animation film festival, a mais importante vitrine do cinema de animação do mundo. O filme contou com o apoio do programa Rumos Itaú Cultural.

A imagem é retirada de trecho do filme, em que a personagem Alicia, feita em massa de modelar, está presa por raízes de árvores.
Almofada de Penas (imagem: divulgação)

Mãtãnãg, a Encantada, de Shawara Maxakali e Charles Bicalho (2019)
[classificação indicativa: 10 anos]
duração: 14 minutos

A indígena Mãtãnãg seguiu o espírito do marido, que faleceu por uma picada de cobra, até a aldeia dos mortos. E agora ela precisa voltar. Esta não será a última vez em que vivos e mortos se reencontram.

Nesta história de amor com toques de espiritualidade, o espectador conhece mais da cultura dos Maxakali. A animação é baseada num conto tradicional, é falada no idioma maxakali e foi produzida, do roteiro às ilustrações, com os próprios indígenas durante oficinas realizadas na Aldeia Verde, no município de Ladainha, em Minas Gerais. O filme recebeu apoio do programa Rumos Itaú Cultural.

Mãtãnãg, a Encantada (imagem: divulgação)

Meow!, de Marcos Magalhães (1981)
[livre para todos os públicos]
duração: 8 minutos

Uma paisagem bucólica vai desaparecendo até dar espaço aos arranha-céus de uma metrópole. Enquanto isso, personagens fogem de uma sirene da polícia. Um gato em cima de um muro pede leite ao seu dono. O bichano toma um, dois, quatro pires e mia pedindo mais. Até que Tio Sam lhe serve um refrigerante.

Marcos Magalhães é um dos pioneiros do cinema de animação no Brasil. Por este filme, recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, um dos mais importantes eventos de cinema do mundo. Embalado por uma trilha de rock, o curta é uma divertida crítica sobre a sociedade de consumo dos nossos dias.

O frame da animação traz um gato lambendo uma tigela. O animal está em cima de um muro e, atrás dele, há muitos prédios.
Meow (imagem: Marcos Magalhães)

Boi Aruá, de Chico Liberato (1984)
[livre para todos os públicos]
duração: 60 minutos

No sertão nordestino, um fazendeiro trata seus vaqueiros e sua família de maneira cruel e truculenta. Certo dia, uma poderosa entidade, o popular Boi Aruá, surge da terra seca da caatinga e começa a provocá-lo. Enfurecido, o prepotente fazendeiro tentará capturar por todos os meios o bicho encantado.

Primeiro longa-metragem de animação feito no Nordeste, o filme de Chico Liberato, um dos pioneiros do cinema de animação brasileiro, foi criado a partir de 25 mil desenhos feitos à mão. Baseada no folclore sertanejo, sua história mágica é contada por meio de cores fortes e referências à literatura de cordel. A trilha sonora tem participação do músico e compositor Elomar Figueira Mello, homenageado pelo programa Ocupação Itaú Cultural em 2015.

Boi Aruá (imagem: divulgação)

Piconzé, de Yppê Nakashima (1972)
[classificação indicativa: 10 anos]
duração: 74 minutos

Na Vila do Vale Verde, vivem o menino Piconzé, a menina Maria Esmeralda, seus amigos e familiares. Certo dia, a cidadezinha é invadida pelo bandido Bigodão e seus capangas, que roubam casas e sequestram Maria Esmeralda. Ao lado de seus colegas, Piconzé embarcará numa aventura para resgatar a menina das garras dos ladrões.

Dirigida pelo imigrante japonês Yppê Nakashima, esta produção é considerada o primeiro longa brasileiro de animação colorido. Reunindo em sua equipe artistas da colônia japonesa de São Paulo, a obra foi criada a partir de colagens e com tintas desenvolvidas pelo próprio realizador. O poeta Décio Pignatari assina algumas das letras da trilha sonora.

Imagem colorida de frame da animação Piconzé, de Yppe Nakashima. Na imagem, dois bandidos homens, estão em pé, frente a frente, em frente a uma casa de madeira.
Piconzé (imagem: divulgação)

A lasanha assassina, de Ale McHaddo (2002)
[classificação indicativa: 12 anos]
duração: 8 minutos

Uma história regada a sangue, molho de tomate e humor. A lasanha da tia Nelma foi esquecida numa geladeira com defeito. Depois de muito tempo, ela tem sua estrutura genética modificada e se transforma num monstro faminto, aterrorizante e engraçado.

Premiado como o Melhor Curta na Mostra de cinema de Tiradentes e no festival Cine PE, o filme é narrado por José Mojica Marins, o saudoso Zé do Caixão. De maneira surpreendente, a história reúne as mais diversas referências, de personagens como Pokémon e Garfield ao expressionismo do pintor Edvard Munch.

O desenho traz um menino ruivo, usando blusa, bermuda e tênis azuis. Ele está em pé perto de uma porta e olha para um monstro preto.
A lasanha assassina (imagem: Ale McHaddo)

Caminho dos gigantes, de Alois Di Leo (2016)
[livre para todos os públicos]
duração: 12 minutos

Oquirá é uma menina indígena que vive na floresta com o seu povo. Certo dia, ela se recusa a participar do ritual de passagem de um ancião e foge para a selva. Nela, Oquirá inicia uma jornada de conhecimento do ciclo da vida, entendendo que os seres humanos e a natureza são uma coisa só.

Composta a partir de instrumentos andinos e incas, a trilha sonora do peruano Tito de la Rosa nos transporta para o ambiente mágico dos mitos indígenas. O curta foi lançado no Festival internacional de animação de Annecy, na França, um dos mais prestigiados eventos do gênero no mundo.

Frame do curta-metragem de animação Caminho de Gigantes, que mostra um menino índio, atrás de uma árvore, espiando algo no meio da floresta.
Caminho de Gigantes (imagem: Sinlogo Animation)

O menino que engoliu o sol, de Patrícia Alves Dias (2020)
[livre para todos os públicos]
13 episódios

Encantadora para pais e filhos, esta premiada série narra as aventuras de Manoel, um menino dotado de uma imaginação incrivelmente fértil. No seu quintal maior que o mundo, ele convive com a natureza e com vários amigos fantásticos. Inspirada na obra do poeta Manoel de Barros.

O universo lírico do grande poeta mato-grossense se encontra com a mitologia dos indígenas Guató. A liberdade criativa da série beira o surrealismo e nos coloca diante de um mundo novo e desconcertante. A direção de arte é inspirada nas obras de Martha Barros, filha de Manoel de Barros. Com narração de Ney Matogrosso.

Imagem em preto e branco de frame da animação O menino que engoliu o sol. Na imagem uma senhora, idosa toca violino ao lado da cama onde um menino dorme.
O menino que engoliu o sol (imagem: divulgação)

Peixonauta, de Celia Catunda e Kiko Mistrorigo (2009)
[livre para todos os públicos]
30 episódios

A série narra as aventuras de um simpático peixinho detetive, capaz de respirar fora da água e explorar o mundo em terra firme. Com seus amigos, Marina e Zico, ele enfrenta diferentes desafios e desvenda os mais difíceis mistérios. Feita sob medida para as crianças, Peixonauta já alcançou mais de 90 países.

Educativa e lúdica, a produção apresenta de maneira leve e divertida conceitos básicos sobre fauna e flora. Além disso, toca em questões urgentes como o consumo sustentável e a preservação do meio ambiente. Peixonauta foi a primeira série de animação brasileira a se tornar líder de audiência da TV a cabo no Brasil.

Cena da animação Peixonauta mostra o personagem acompanhado de sua amiga e um macaquinho. Eles estão rindo em uma floresta.
Peixonauta (imagem: divulgação)
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