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Série “O que não se vê” estreia na Itaú Cultural Play

Composta de quatro filmes, a série documental apresenta o processo criativo de diferentes artistas brasileiros

Publicado em 02/06/2023

Atualizado às 09:45 de 06/06/2023

Estreia hoje na Itaú Cultural Play a série documental O que não se vê, uma produção criada pelo Itaú Cultural (IC) e realizada ao longo de sete anos. Nela são retratadas as belezas e as dificuldades na produção de uma obra de arte, desde sua concepção até sua plenitude, revelando o processo criativo de diferentes artistas brasileiros. A série nos apresenta a trajetória criativa de Regina Silveira, Sandra Cinto, Tunga e Arthur Bispo do Rosario, e tem direção de Andre Fratti Costa.

Conheça mais sobre a vida e a obra desses artistas na Enciclopédia Itaú Cultural de arte e cultura brasileira. Confira também o Espaço do professor, que reúne planos de aula sobre esses e muitos outros temas da arte e da cultura.

Veja mais:
>> Veja conteúdos da sétima edição da Ocupação Itaú Cultural, que homenageou Regina Silveira
>> Faça um passeio virtual pela mostra dedicada à obra da artista Sandra Cinto
>> Confira a publicação sobre a exposição Tunga: conjunções magnéticas
>> Acesse os conteúdos digitais da mostra Bispo do Rosario – eu vim: aparição, impregnação e impacto 

Confira abaixo as produções que integram a série:

Filme paraler (2016)
15 minutos
[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição] 

A obra acompanha os trabalhos de preparação de uma imensa intervenção urbana realizada por uma das mais conhecidas artistas visuais brasileiras, Regina Silveira. Ocupando permanentemente a calçada da Biblioteca Mário de Andrade, no Centro de São Paulo, o projeto transforma a paisagem da capital paulista. O fazer artístico artesanal se mescla com o processo da construção civil no ambiente urbano. O filme se inspira na cacofonia de sons do Centro da cidade e no diálogo com uma logo multilíngue com a palavra biblioteca, numa espécie de Torre de Babel. 

Imagem aérea de uma calçada onde está uma obra de Regina Silveira, feita no chão. Duas pessoas caminham na calçada com guarda-chuvas abertos.
Frame da obra Filme paraler: Regina Silveira (2016) (imagem: divulgação)

Sandra Cinto: tudo está em movimento (2019)
23 minutos
[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição] 

Uma experiência audiovisual e estética baseada na montagem de um painel da artista Sandra Cinto em torno de um edifício projetado pelo arquiteto brasileiro Rino Levi na Avenida Paulista, em São Paulo. Na contramão do concreto e do tom cinza da cidade, o painel da artista é uma grande paisagem de água, plena de movimento e da fluidez do líquido. O filme revela o caminho percorrido pelo pensamento da artista até a construção da obra e sua relação com o espaço. Nesse percurso, os operários que trabalham na montagem da obra se tornam personagens.

Imagem em preto e branco de obra da artista Sandra Cinto. A obra é um mosaico em que linhas curvas pretas se espalham em um fundo branco, lembrando as ondas formadas em um lago com o impacto de uma pedra.
Frame do filme Sandra Cinto: tudo está em movimento (2019) (imagem: divulgação)

Tunga magnético: o que não se vê (2021)
15 minutos
[classificação indicativa: 10 anos, segundo autodefinição] 

A recriação póstuma de uma das peças mais memoráveis do artista Tunga, apresentada na Bienal de São Paulo de 1987, proporciona uma leitura e uma vivência diferenciadas sobre a obra de arte em geral. O filme busca construir uma narrativa cinematográfica a partir desse processo de remontagem, aproximando as partes e os sentidos do trabalho de Tunga. Propõe uma reflexão sobre o que é uma obra artística, quem é seu autor e os espaços que ela ocupa, apresentada com recursos de metalinguagem: uma série de desenhos se metamorfoseia numa escultura que ocupa o vão livre de um espaço, do chão ao teto. Nesse caminho, a peça se torna a protagonista do filme.

Imagem colorida de detalhe de obra do artista Tunga. Na imagem é possível ver uma pedra coberta por um pó metálico que forma estacas através do estímulo magnético.
Frame do filme Tunga magnético: o que não se vê (2021) (imagem: divulgação)

A sua aura é azul (2022)
22 minutos
[classificação indicativa: livre, segundo autodefinição] 

Em 2021, uma série de desenhos de Arthur Bispo do Rosario foi descoberta acidentalmente nas paredes de uma das celas da instituição psiquiátrica Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro. Este filme-ensaio nos leva aos vestígios do tempo e do espaço onde Bispo do Rosario viveu e criou a maior parte de sua obra. Sem diálogos ou entrevistas, o filme mostra o processo de redescoberta de uma extensa obra, enquanto revela o contexto em que a criatividade do artista aflorou. Uma prova contundente de que nem obstáculos físicos ou sociais podem barrar a imaginação, a arte e a liberdade de expressão.

Imagem colorida do interior de uma casa. O cômodo mostrado na imagem está vazio, com as paredes descascando. Uma janela está aberta por onde entra a única iluminação do local.
Frame do filme A sua aura é azul: Arthur Bispo do Rosario (imagem: divulgação)
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