Com estreia no dia 29 de março, a seleção valoriza o papel das mulheres no audiovisual brasileiro
Publicado em 28/03/2024
Atualizado às 16:20 de 28/03/2024
Nesta sexta-feira, 29 de março, a Itaú Cultural Play recebe novos títulos dirigidos por mulheres. A mostra Elas que animam apresenta dez curtas-metragens de animação que evidenciam o papel das mulheres no audiovisual brasileiro e abordam a diversidade e a riqueza da cultura brasileira. Entre os temas tratados nos filmes estão envelhecimento, a seca no Nordeste e as tradições afro-brasileiras, tudo sob o olhar feminino.
Acesse a Itaú Cultural Play e aproveite esses e outros conteúdos gratuitamente.
Confira abaixo mais informações sobre as obras.
Òrun Àiyé – a criação do mundo (2015) | 12 min | livre, segundo autodefinição
direção: Cintia Maria e Jamile Coelho
Um avô narra à sua neta a história da criação do mundo e dos seres humanos segundo a mitologia iorubá. Tal como um velho contador, ele apresenta a jornada dos orixás e os conflitos desse episódio de nascimento, no qual homens e mulheres são moldados a partir do barro. O filme celebra a importância da cultura afro-brasileira como espaço de preservação da memória e de respeito aos mais velhos e à natureza, e conta com a participação do cantor Carlinhos Brown.
Ewé de Òsányìn: o segredo das folhas (2023) | 23 min | livre, segundo autodefinição
direção: Pâmela Peregrino
A obra conta a história de um menino dotado de um misterioso poder de cura. Por causa disso, ele é discriminado por colegas da escola e foge para a mata. Perdido na Caatinga, o pequeno se encontra com diferentes divindades, entre elas Esú, senhor dos caminhos, e Òsányìn, pai das folhas, das ciências e das ervas, que vão guiá-lo por uma jornada de conhecimento. O filme mistura mitologias afro-brasileiras, preservação ambiental e saberes tradicionais para falar delicadamente de bullying e empoderamento. Premiado em mais de 15 festivais ao redor do país, o curta também se vale de diversas referências musicais, como o forró e as toadas do cordel.
Uma mão anima a outra (2021) | 9 min | livre, segundo autodefinição
direção: Beatriz Belo, Denise Cunha, Leuí Weinert, Mariana Fogo e Paula Abril Marinho.
Uma paisagem tropical com toques modernistas e um homem engravatado que caminha por uma metrópole. Uma ave que leva um homem para a floresta, onde ele se transforma num pássaro. Neste curta poético e surrealista, um coletivo de jovens diretoras de diferentes regiões do país celebra a obra e a contribuição de diversas mulheres para a história da animação brasileira.
Guida (2014) | 11 min | livre, segundo autodefinição
direção: Rosana Urbes
Uma mulher voa pendurada numa flor. Baila livremente no espaço enquanto toca as teclas de um piano, mas seu sonho é interrompido por um despertador. É hora de trabalhar. Ela se banha, pega o ônibus e vai para o escritório. Sua imaginação fértil e persistente encontra a oportunidade de ser diferente em uma notícia de jornal. O curta foi premiado no Festival de Annecy, na França.
A pequena vendedora de fósforos (2014) | 9 min | 16 anos, segundo autodefinição
direção: Kyoko Yamashita
Andando pelas ruas de uma grande cidade, uma menina rouba um saco de um passante. Dentro dele, para a sua decepção, ela só encontra caixas de fósforo. Desamparada, entra numa lan house, da qual é retirada, e passa a caminhar sem rumo pelas calçadas, sem nenhum acolhimento ou afeto. Nessas circunstâncias, só lhe resta tentar vender os fósforos. Baseado no conto homônimo do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, além de ter sido premiado no Festival de Gramado, o filme percorreu mais de 30 festivais pelo mundo.