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Morre, aos 62 anos, a artista plástica Brígida Baltar

Brígida Baltar foi referência no conceito de escultura transitória no Brasil

Publicado em 08/10/2022

Atualizado às 08:17 de 14/10/2022

Morreu, na manhã deste sábado (8), a artista plástica Brígida Baltar, aos 62 anos, em decorrência de uma leucemia. A notícia foi confirmada pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage, Rio de Janeiro, onde Brígida foi aluna e docente. 

A artista, que vivia no Rio de Janeiro, iniciou a carreira na década de 1990 em sua casa e ateliê, que acabou se tornando um laboratório de experiências artísticas. A página oficial de Baltar diz que ela “cavou buracos e abriu janelas. Ocupou espaços inesperados, fundindo corpo e casa. Colheu goteiras e lágrimas, descascou paredes, juntou resíduos, colecionou pedaços do lugar”.

Brígida foi considerada pioneira no conceito de escultura transitória no Brasil, trabalhando com elementos da natureza, como orvalho, neblina e maresia. Sua obra já foi apresentada em diversos lugares, como na 25ª Bienal de São Paulo, em 2002, em uma instalação com imagens inspiradas nos insetos, chamada Casa de abelha.  Em 2019, o Espaço Cultural BNDES realizou uma grande mostra de filmes da artista, reunindo 28 vídeos feitos por ela, inclusive alguns inéditos.

Still do vídeo Enterrar é plantar, de Brígida Baltar 

OBRA NO PROJETO RUMOS ITAÚ CULTURAL

Contemplado no edital do Rumos Itaú Cultural 2017-2018, o projeto Brígida lançou o livro com bastidores e detalhes de mais de 30 filmes digitalizados da artista, um levantamento que reuniu toda a sua obra fílmica.

O desejo de Baltar de organizar fitas e filmes com registros dos trabalhos que mantinha guardados em uma mapoteca foi o impulso para a realização do projeto, concebido e desenvolvido em parceria com Jocelino Pessoa. Com sinopse de 38 filmes da artista, a publicação reuniu detalhes dos processos de concepção e execução de cada um deles, detalhando conceitos e técnicas de Brígida Baltar.

Em entrevista concedida ao Itaú Cultural em 2019, a artista comentou sobre o projeto: “Há algum tempo tenho pensado em organizar minha filmografia. Deixar tudo digitalizado, é uma maneira de preservação”, disse, na época.

Veja também:

>> Brígida Baltar na Enciclopédia Itaú Cultural
>> Filmografia de Brígida Baltar será reunida em organização inédita

 

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