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Pesquisa “Hábitos culturais” aponta aumento no consumo de cultura

Quarta edição do estudo, parceria da Fundação Itaú e do Datafolha, revela que mais brasileiros participaram de atividades presenciais e on-line

Publicado em 14/12/2023

Atualizado às 16:19 de 07/03/2024

Mais brasileiros realizaram atividades culturais em 2023 no comparativo com o ano anterior – 96% dos entrevistados neste novo ciclo contra 89% em 2022. O crescimento foi puxado pelo consumo de streaming de músicas, filmes e séries, e atividades presenciais como apresentações artísticas, exposições e visitas a museus e centros culturais também registraram aumento. 

Os dados são da quarta edição da pesquisa “Hábitos culturais”, uma parceria do Observatório da Fundação Itaú e do Datafolha, que ouviu 2.405 pessoas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país, entre os dias 1º e 28 de setembro de 2023. 

“Estamos vivendo um ano importante para a retomada da economia da cultura, com a consolidação da volta do público e a reativação dos equipamentos”, diz Jader Rosa, superintendente do Itaú Cultural (IC). “A pesquisa traz luz a este novo momento e reafirma o nosso compromisso de oferecer dados e evidências sobre este segmento tão importante para a economia e o bem-estar dos brasileiros”, completa Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú. 

Hábitos on-line
Consumir música (82% em 2023 e 80% em 2022) e produtos audiovisuais (74% em 2023 e 70% em 2022) em plataformas de streaming é a atividade favorita dos brasileiros. Os podcasts também foram destacados por 48% dos entrevistados – em 2022, o índice era de 42%. Vale apontar que a maior parte dos ouvintes desse produto (64%) se concentra na faixa de 16 a 24 anos. 

A leitura de livros on-line e e-books também cresceu, de 30% no ano passado para 42% em 2023. O acesso é maior entre as mulheres (44%) do que entre os homens (39%). Os jovens são a faixa que puxa o consumo: 63% dos indivíduos têm entre 16 e 24 anos.

Atividades presencias
As apresentações de música, dança e teatro foram prestigiadas por 45% dos entrevistados, 27 pontos percentuais a mais que os 18% verificados em 2022. Outras atividades que apontam o crescimento são: cinema (33% em 2023, ante 26% em 2022), exposições e museus (26% em 2023 e 8% em 2022), centros culturais (19% ante 11%), teatro infantil (24% ante 18%), bibliotecas (14% ante 11%), seminários (17% neste ano, ante 13% em 2022), oficinas de criação para crianças (de 7% em 2022 para 10% em 2023) e saraus de poesia, literários ou musicais (de 6% para 12%).

Classes sociais, escolaridade e outros fatores
O levantamento indica que 100% dos indivíduos que se declararam das classes A/B realizaram alguma atividade cultural nos últimos 12 meses. A classe C registrou 98% de respostas afirmativas, enquanto nas classes D/E o índice cai para 88%.

Pessoas com mais escolaridade também estão propensas a ter mais hábitos culturais. No ensino superior, o índice foi de 100%; no ensino médio, 99%; e, no ensino fundamental, o número cai para 89%.

Os principais motivadores para participar de atividades culturais presencialmente são convivência e interação (28%), espairecer, distração, diversão e lazer (23%), adquirir conhecimento (20%), conhecer novos lugares (12%), estar com a família e os filhos (12%) e novas experiências (11%).

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