Os títulos ficam disponíveis até dia 8 de dezembro
Publicado em 22/11/2024
Atualizado às 09:45 de 22/11/2024
O 28o Festival do Filme Documentário e Etnográfico de Belo Horizonte – forumdoc.bh, que acontece de 21 de novembro a 1o de dezembro em Belo Horizonte (MG), conta com uma seleção de filmes na plataforma de streaming do Itaú Cultural (IC).
Dez obras ficam disponíveis até 8 de dezembro; os títulos apresentam diversificações de formas expressivas no documentário a partir do olhar de novíssimos autores e autoras, que promovem a inovação e a transformação da linguagem cinematográfica e ampliam o nosso modo de ver e perceber o mundo.
Confira as informações de cada filme:
Bibiru: kaikuxi panema (2023)
direção: Latsu Apalai e André Lopes | 12 anos, segundo autodefinição
O cachorro Bibiru ficou panema (sem sorte na caçada) e seu dono tenta curá-lo. Nesta intensa busca, ensina os mais jovens sobre os valores ancestrais do seu povo. Uma reflexão acerca das relações entre humanos e não humanos e com a alimentação. Captado por jovens Wayana e Aparai, da aldeia Bona, no Pará, que atuaram com a filmagem pela primeira vez.
Nhemboaty kunhangue (2023)
direção: Para Yxapy Patrícia e Geórgia Macedo | 10 anos, segundo autodefinição
Ajaka Rete’i Kuery são as mulheres Mbya-Guarani que têm as belas palavras. Suas falas guiam o modo de ser, a língua e a espiritualidade de seu povo. Captado em oficina de audiovisual do III Encontro Nacional de Mulheres Guarani, realizado em 2023, na Tekoa Koenju, no Rio Grande do Sul.
Carteira assinada (2023)
direção: Pietro Picolomin | 12 anos, segundo autodefinição
Em 2022, no Centro de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, observa-se uma fila enorme de pessoas em busca de emprego. Elas compartilham suas histórias de vida, conquistas, seus rancores, alegrias, decepções e sonhos. Um comovente e empático olhar sobre o desemprego, condições de trabalho e os desafios enfrentados por milhões na América do Sul.
O encantar das folhas (2024)
direção: César Guimarães e Pedro Aspahan | livre, segundo autodefinição
Rituais e cantos de saudação às plantas, árvores, folhas e entidades a elas associadas apresentam as profundas relações entre espiritualidade e natureza em diferentes culturas brasileiras, passando pelo candomblé Jeje, Ketu e Angola, pela umbanda e pela cosmovisão de mestras indígenas do Vale do Jequitinhonha, povo Pankararu, e da Amazônia, povo Tikuna.
A fumaça e o diamante (2023)
direção: Bruno Villela, Fábio Bardella e Juliana Almeida | livre, segundo autodefinição
Numa noite de outubro de 2016, durante a VIII Assembleia da Associação Hutukara, uma família se reencontra após uma densa fumaça tomar conta da Aldeia Catrimani, na Terra Indígena Yanomami.
Os sonhos guiam (2023)
direção: Natália Tupi | 12 anos, segundo autodefinição
Para os Mbya-Guarani, os sonhos são como portais para tudo aquilo que não vivemos no mundo físico. O filme retrata algumas das experiências espirituais e sensoriais do jovem líder indígena Mateus Wera, morador da Terra Indígena Jaraguá, em São Paulo. Os sonhos compartilhados são a conexão entre ele e o irmão, Karaí Poty, e entrelaçam os caminhos da vida do cacique nas lutas atuais do seu povo.
Amadeu (2024)
direção: Felipe Canêdo | livre, segundo autodefinição
Um mergulho profundo na alma da capoeira a partir da trajetória do mestre Amadeu Martins. Sua vida é uma dança entre a luta e a tradição. O filme celebra a cultura afro-brasileira, os rituais e a ancestralidade, mostrando a importância de preservar esse patrimônio imaterial. Um retrato de um homem que luta por reconhecimento, mesmo com as dificuldades, e que continua a inspirar gerações.
A transformação de Canuto (2023)
direção: Ariel Kuaray Ortega e Ernesto de Carvalho | 16 anos, segundo autodefinição
Em uma pequena comunidade Mbya-Guarani entre o Brasil e a Argentina, todos conhecem o nome Canuto: um homem que muitos anos atrás sofreu a temida transformação em onça e depois morreu tragicamente. Agora, um filme está sendo feito para contar a sua história e tentar descobrir o mistério que cerca o seu fim. Mas quem na aldeia deve interpretá-lo?
Tuíre Kayapó – o gesto do facão (2023)
direção: Patkore Kayapó e Simone Giovine (Coletivo Beture) | livre, segundo autodefinição
A liderança e guerreira Kayapó Tuíre, falecida em 2024, relata para o neto Patkore detalhes sobre o lendário gesto do facão na mobilização contra a Eletronorte, em Altamira, no Pará, no ano de 1989.
Mebêngôkre pyka mã ruwyk â ujarej – a chegada dos Mêbengôkre na Terra (2024)
direção: Kokokaroti Txucarramãe, Matsipaya Waura Txucarramãe e Simone Giovine | livre, segundo autodefinição
A história da chegada dos Mebêngôkre na Terra, repassada de geração para geração desde os tempos dos antigos, é contada aos jovens cineastas Kayapó pelo cacique Raoni.