Todo mês, um artista ou pensador comenta em vídeo ou texto sobre o centenário aqui no site
Publicado em 13/02/2022
Atualizado às 15:59 de 05/06/2024
Há 100 anos, no dia 13 de fevereiro de 1922, começava a Semana de arte moderna, em São Paulo (SP). De acordo com a Enciclopédia Itaú Cultural, ela foi “a primeira manifestação coletiva pública na história cultural brasileira a favor de um espírito novo e moderno em oposição à cultura e à arte de teor conservador, predominantes no país desde o século XIX”.
A fim de refletir sobre esse centenário, chamamos artistas e pensadores para falar sobre o que seria essa semana de oposição ao conservadorismo na arte hoje em dia – 22 em 2022: mais plural, menos centralizado, mais inclusivo? Quem estaria na “turma” dessas pessoas se a Semana de arte moderna acontecesse hoje?
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A série Centenário da Semana de 22 estreia em 23 de fevereiro de 2022, dia em que o Itaú Cultural (IC) celebra 35 anos de existência. Ela será mensal, com conteúdo novo na última quarta-feira de cada mês, entre fevereiro e novembro.
No final do ano, o IC encerra a comemoração da efeméride com uma grande exposição presencial sobre o movimento modernista, ocupando os três andares do espaço expositivo da organização. Dividem a curadoria da exposição a pesquisadora e crítica de arte Julia Rebouças; a educadora e pesquisadora Luciara Ribeiro; e Naine Terena, ativista, educadora, artista e pesquisadora indígena do povo Terena. Acompanhe mais detalhes sobre essa programação aqui no site e em nossas redes sociais.
A estreia
O primeiro depoimento da série Centenário da Semana de 22 é da poeta e atriz Luz Ribeiro, para quem o slam é uma das facetas do modernismo. “É um lugar do agora, onde se reúnem corpos com narrativas urgentes, que precisam ser ouvidas, para que a gente consiga projetar novos futuros, tantas outras coisas e possibilidades”, diz. Segundo ela, é modernista o jeito como o slam está posto, os locais nos quais se inauguram essas ágoras – na sua grande maioria, em bares e saídas de metrôs, onde não se imagina que pode haver um polo cultural.
Já estão confirmadas na série a escritora e travesti Amara Moira, no mês de março, e a artista visual Heloisa Hariadne, em abril. “Algo que me parece muito crucial é pensar as dissidências, as questões de gênero, raça, orientação sexual”, afirma. “Quando a gente reflete sobre o modernismo de 22, é São Paulo olhando para o Brasil, a branquitude olhando para a negritude, o homem se maravilhando com mulheres estonteantes”, diz Amara em seu depoimento.
Acesse a série completa:
Fevereiro: Luz Ribeiro
Março: Heloisa Hariadne
Abril: Amara Moira
Maio: Ruy Castro
Junho: Vânia Leal
Julho: Indi Gouveia
Agosto: Miguela Moura
Setembro: Manuela Navas
Outubro: Luiza Adas
Novembro: Luciara Ribeiro