Obras foram selecionadas por Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, curadoras da exposição “Artistas do vestir: uma costura dos afetos”, em cartaz no Itaú Cultural
Publicado em 27/11/2024
Atualizado às 14:49 de 27/11/2024
Em sinergia com a exposição Artistas do vestir: uma costura dos afetos – em cartaz no Itaú Cultural (IC) de 27 de novembro de 2024 a 23 de fevereiro de 2025 –, a Itaú Cultural Play traz uma lista especial de filmes selecionados por Carol Barreto e Hanayrá Negreiros, curadoras da mostra.
Veja também:
>> “Artistas do vestir: uma costura dos afetos”: a moda chega ao Itaú Cultural
A costura do invisível (2005), Estou me guardando para quando o Carnaval chegar (2019), Favela é moda (2019), O ponto firme (2022) e Ôrí (1989), obras escolhidas pelas profissionais de moda, já estão disponíveis aqui na plataforma de streaming.
Quer saber mais sobre cada filme? Confira a seguir.
A costura do invisível (2005)
direção: Jum Nakao e Kiko Araujo | livre, segundo autodefinição
Em 2004, o premiado estilista Jum Nakao apresentou no São Paulo fashion week o desfile A costura do invisível. Inovadora e impactante, a performance tornou-se um marco na história da moda brasileira e mundial e foi celebrada pelo Museu de Moda de Paris como um dos maiores desfiles do século. O documentário capta os bastidores do trabalho.
Estou me guardando para quando o Carnaval chegar (2019)
direção: Marcelo Gomes | 10 anos, segundo autodefinição
A cidade de Toritama, no semiárido pernambucano, orgulha-se de ser “a capital do jeans”. Nela são produzidas mais de 20 milhões de peças por ano. Num regime interminável de horas, as oficinas trabalham sem parar, movidas por uma mão de obra incansável. O único momento em que as máquinas param é no Carnaval, quando os trabalhadores vão à praia e vivem uma efêmera experiência de prazer.
Favela é moda (2019)
direção: Emílio Domingos | livre, segundo autodefinição
Morador do Jacarezinho, favela na Zona Norte do Rio de Janeiro, o ex-porteiro Julio César criou uma agência de modelos chamada Jacaré Moda. Disposto a quebrar as barreiras impostas pelo mercado e pelo racismo, ele dá aulas para jovens negros que querem seguir os caminhos da moda. Muito mais do que atender à demanda por novos rostos e corpos, seu método é uma eficiente combinação de estilo, valorização da identidade negra, conscientização estética e política e fortalecimento da autoestima.
O ponto firme (2022)
direção: Laura Artigas | livre, segundo autodefinição
Criado em 2015 pelo estilista recifense Gustavo Silvestre, o projeto Ponto firme nasceu com uma proposta incomum: levar aulas de crochê a uma penitenciária masculina. Na unidade prisional Adriano Marrey, em Guarulhos, na Grande São Paulo, entre fios, pontos, agulhas e roupas, homens condenados pela Justiça se desprendem dos clichês e se aprofundam num aprendizado criativo e acolhedor.
Ôrí (1989)
direção: Raquel Gerber | 10 anos, segundo autodefinição
Um panorama histórico, cultural e político dos movimentos negros no Brasil, entre as décadas de 1970 e 1980, a partir do olhar e da trajetória pessoal da grande intelectual, historiadora, poeta e militante Beatriz Nascimento.