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Revista Observatório 31 | Benefícios sociais e econômicos do uso da arte e da cultura: reflexões sobre a prática com populações vulnerabilizadas

Benefícios sociais e econômicos do uso da arte e da cultura: reflexões sobre a prática com populações vulnerabilizadas

Publicado em 26/08/2022

Atualizado às 16:06 de 15/08/2022

[acesse o índice da Revista Observatório 31]

por Carmen Lucia Albuquerque Santana

Benefícios sociais e econômicos do uso da arte e da cultura: reflexões sobre a prática com populações vulnerabilizadas.

“ Pintei e desenhei tanto que no fim já nem sabia mais onde estava. Levei um susto ao ver lá embaixo, nos pés, aquelas terríveis botas de guerra” [1]

KLEE(1990)

Resumo

O impacto positivo das artes e da cultura na promoção do bem-estar e da saúde das populações é evidenciado nas produções científicas ao redor do mundo. Neste artigo abordamos em especial o papel da arte no cuidado com as pessoas em situação de vulnerabilidade social, apresentando nossa experiência junto à população em situação de rua na cidade de São Paulo. Refletimos sobre a contribuição das práticas de atividades significativas para a transformação pessoal e empoderamento coletivo desse grupo e destacamos o valor da arte e da cultura no enfrentamento às adversidades, na construção de identidades positivas e na participação comunitária. Finalmente, reforçamos o cenário conceitual que considera a cultura e o contexto social como elementos centrais do cuidado e da compreensão do processo saúde-doença.

Assim escreveu Paul Klee em seus diários, relatando o intenso processo criativo que viveu durante o serviço militar, na Primeira Guerra Mundial. Para o artista, desenhar e pintar nesse período funcionou como uma espécie de “bunker mental”.  A frase de Klee em seu contexto é um convite a refletirmos sobre qual o papel das artes e da cultura em cenários de violência, carência material, sofrimento e extrema vulnerabilidade social.

Tenho trabalhado com a prática de atividades artísticas junto a populações vulnerabilizadas nos últimos 25 anos, especialmente com pessoas em situação de rua, pessoas migrantes ou em situação de refúgio. E não é raro ouvir de gestores públicos comentários do tipo: “não faz sentido trabalhar com arte junto a pessoas que passam fome”, “essas pessoas precisam de um trabalho de verdade, não disso...”, “ não vou investir recursos em ações culturais quando posso comprar vários pratos de comida com esse dinheiro”, e assim por diante.

Em resposta a comentários como estes, compartilho aqui o argumento de uma liderança das pessoas em situação de rua, mulher indígena que por muitos anos viveu em situação de rua com sua família: “Então o senhor pensa que somos como porco? Que a gente só come e caga?”

Arte e Saúde Mental

Desde a Pré-História o desenho e a pintura têm sido utilizados como forma de comunicação, expressão e simbolização do domínio do ser humano sobre a realidade objetiva. Podemos encontrar os primeiros autorretratos nas silhuetas de mão marcadas em negativo por cima das figuras de animais, em lugares protegidos no escuro das cavernas. Imagens remanescentes dos diversos períodos da história da humanidade revelam a concepção de mundo de cada povo, espelham a cultura e a sociedade de cada época, em uma linguagem que transcende a barreira dos idiomas.     

A possibilidade de expressão e comunicação viabilizando o encontro e o diálogo em situações culturais, sociais e de identidade diversas  marca a inclusão das artes nos espaços de cuidado no mundo contemporâneo (Santana, 2004)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu o impacto das artes e da cultura na promoção do bem-estar e da saúde das populações em uma detalhada revisão de mais de 900 pesquisas científicas (OMS,2019).  Mas embora as relações entre arte e saúde mental tenham sido abordadas farta e amplamente pela literatura, pesquisas avaliativas da inserção da prática artística em contextos do cuidado a populações vulnerabilizadas é recente (STEFFEN &TORRES, 2022).  

No campo da saúde, o papel da arte em contextos terapêuticos geralmente é relacionado às práticas de arteterapia.  No entanto a associação das palavras “arte” e “terapia” pode ser aplicada em inúmeros contextos, com significados diversos. A multiplicidade criativa de olhares é própria dessa área, mas pode também gerar      mal-entendidos, conclusões estereotipadas e julgamentos precipitados. A prática de atividades artísticas em si pode ter valor terapêutico (OMS, 2019), o que não é a mesma coisa que arteterapia.

Tanto na arte como nos processos terapêuticos exercitamos a capacidade humana de perceber, representar, dimensionar e redimensionar as relações do sujeito com o mundo e consigo mesmo. A arte promove esses processos pois lidamos com figuras, configurações, espaços e movimentos. Mas na arteterapia a pessoa realiza todos estes aspectos terapêuticos da arte dentro de um contexto clínico, na presença de um especialista arteterapeuta, que escuta, observa e ajuda a compreender conteúdos que emergem no processo.

Para tratarmos dos benefícios da arte e da cultura junto a populações vulnerabilizadas utilizaremos neste artigo o termo “Terapia através da Arte” para descrever práticas de atividades artísticas com uma intencionalidade de promover saúde. Por ser mais abrangente, o termo “Terapia através da arte” também pode ser aplicado quando a arte se insere em um contexto de cuidado desenvolvido por não-especialista. A intencionalidade da saúde na prática artística pode envolver a participação em ateliês de artes plásticas, dança, música, poesia, teatro entre outras formas de manifestações artísticas .

A “terapia através da arte” aborda o benefício de uma produção significativa para o sujeito, assumindo a preocupação estética um segundo plano. Pode ser definida como uma terapia de “ação”, na qual os sujeitos exploram suas questões e revelam suas experiências por meio de um fazer artístico. O foco da comunicação entre os sujeitos é não-verbal, e no desenvolvimento do processo criativo.

Arte e cultura na promoção da saúde mental das pessoas em situação de rua

A presença de pessoas vivendo nas ruas é um drama social nas cidades brasileiras, bastante agravado pela       Pandemia da COVID 19. O censo da população de rua realizado na cidade de São Paulo em 2021 estimou 31.884 pessoas vivendo em situação de rua, sendo 19.209 pessoas sem abrigo (vivendo nas calçadas) e 12.675 pessoas abrigadas  em centros de acolhida da capital. Em 2019 foram contadas 24.344 pessoas em situação de rua, o que significa que em dois anos houve um aumento de 31% desta população. Desde a primeira edição do Censo realizada nos anos 2000 a população em situação de rua tem crescido em São Paulo, tanto em números absolutos quanto em percentuais relacionados ao crescimento da população da cidade em geral. Nos anos 2000, a população da cidade era de 10.434.252 habitantes e a taxa de pessoas em situação de rua equivalia a 83 pessoas em situação de rua para cada 100.000 habitantes. Em 2021 a cidade contava com 10.396.372 habitantes, com 257 pessoas em situação de rua para cada 100 mil habitantes (SMADS,2021).

Em pesquisas anteriores, informações dos próprios entrevistados revelaram que o abuso de substâncias ilícitas é mais grave entre aqueles que dormem nas calçadas, ou seja, que não utilizam os centros de acolhida: 84% das pessoas que vivem nas ruas e 54% das pessoas que vivem nos centros de acolhida declarou fazer uso de álcool e/ou outras drogas. A substância mais utilizada é o álcool nos dois grupos (70% e 45%). Alguns fazem uso somente de drogas ilícitas e outros combinam as diversas substâncias psicoativas. Na rua, entre os adultos com até 30 anos, 77% usam alguma droga ilícita além do álcool. Esta proporção vai diminuindo conforme aumenta a idade, chegando a 24% entre os que têm 50 anos ou mais (FIPE,2015) No censo de 2009 em São Paulo, 74% declarou fazer uso de álcool e/ou drogas. Em oficina realizada em 2010, equipes da saúde atuantes no centro

da capital paulista estimaram que cerca de 90% das pessoas atendidas apresentam algum transtorno mental e/ou dependência química.

O transtorno mental é fator que contribui para que a pessoa viva em situação de rua, por outro lado, as condições de vida nas ruas colaboram para o aparecimento da doença mental. A dificuldade em acessar os serviços de saúde piora ambas as condições. Pessoas com transtorno mental severo em situação de rua sofrem ainda mais com a dificuldade de acesso.

Ao se afirmar que a situação de pessoas vivendo nas ruas de São Paulo é um problema de saúde pública, é fundamental que a saúde seja compreendida de maneira ampliada, a partir da visão dos direitos humanos. Esta perspectiva é caracterizada por dois elementos fundamentais: a intersetorialidade (que abrange a arte e a cultura na produção da saúde) e a participação social (que reforça a importância do envolvimento dos sujeitos nas questões de seu interesse).  

A implementação de ações para aliviar o sofrimento e abrir os horizontes da população em situação de rua é uma prioridade no cenário atual, mas sua efetivação não ocorrerá sem o desenvolvimento de estratégias institucionais que permitam integração e colaboração entre os diversos setores da sociedade. Ações inovadoras são necessárias para compreensão abrangente do tema e enfrentamento dos      problemas. O trabalho intersetorial carece de experiências e estudos quanto à sua implantação no âmbito da organização de serviços: é preciso identificar     a lacuna existente entre as políticas públicas, o conhecimento e a sua aplicação na prática.

Problemas sociais complexos exigem ações intersetoriais, diálogo e participação ativa das pessoas envolvidas. Oferecer cuidado vai além de oferecer abrigo, uma alternativa para a sobrevivência econômica ou comida. Essas pessoas procuram, como quaisquer outras, um sentido para a sua existência, um senso de pertencimento e uma identidade saudável. A integração da arte e da cultura neste contexto fornece um canal privilegiado de comunicação, expressão e transformação social.

Em situações de sofrimento intenso, falar muitas vezes não ajuda. A arte facilita estes processos pois trabalha com metáforas e imagens, capazes de alcançar a experiência humana em situações que a palavra não consegue expressar. 

O trabalho no acolhimento psicossocial das pessoas em situação de rua não é tarefa fácil. Relacionamentos humanos são essenciais nesse processo. Mas, por ter vivido repetidas situações de violência em todos os âmbitos, pessoas em situação de rua têm frequentemente  dificuldade em confiar, e em estabelecer relacionamentos pessoais  livres de ansiedade. Esta condição resulta em comportamentos ambivalentes em relação à ajuda oferecida. O que para os serviços socioassitenciais muitas vezes significa recusa ao atendimento.

Na prática, muitas vezes a situação de opressão é reiterada por diversos serviços, especialmente a segurança pública. Em conseqüência, o comportamento das pessoas em situação de rua observado pelos profissionais responsáveis pelo acolhimento psicossocial é de apatia, desinteresse em obter ajuda, negacionismo de situações de doença, indisponibilidade em colaborar, desvalorização de si mesmo, preguiça, intolerância, frieza ou distanciamento, incapacidade de decidir ou realizar boas escolhas. Tamanha desesperança gera nesses profissionais sentimentos constantes de impotência, de que o trabalho muitas vezes consiste em práticas de “enxugar o gelo”.

Para enfrentar este problema, desde 2010 o       “A Cor da Rua”,       projeto de extensão universitária promovido pela Escola Paulista de Enfermagem (EPE/ Unifesp), dialoga com trabalhadores e pessoas em situação de rua por meio da arte como estratégia de cuidado e promoção de saúde mental[2].

No campo da saúde mental a  “terapia pela arte” tem sido capaz de ampliar a motivação dos usuários para o tratamento de transtornos mentais e dependência química, além de ser  um espaço social de apoio. Também observamos melhora na capacidade de comunicação, expressão e de simbolização dos participantes dos ateliês.  A construção de uma linguagem pessoal é uma importante estratégia de intercâmbio.

Por meio da “terapia através da arte” desenvolvemos ateliês em espaços frequentados por pessoas em situação de rua como, por exemplo, centros de acolhida, praças públicas e viadutos. Os trabalhos vêm      sendo produzidos por pessoas de diferentes idades, nacionalidades, gêneros que participam dos ateliês compondo um acervo de cerca de 1500 obras selecionadas.

Senhora em pé, feita de papel e cartolina, encostada na parede com uma placa ao lado com o nome da exposição: Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar. Atrás da placa uma parede cheia de quadros pintados por moradores de rua.
Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar (imagem: foto: Carmen Santana)

Exposição “Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar”, realizada em dezembro de 2016, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Fotos: Carmen Santana.

Dois bonecos, representando moradores em situação de rua, um deitado no chão e outro encostado na parede. Atrás do que está deitado no chão, tem uma janela de vidro com janelas do chão até o teto e o que está na parede te um mural ao lado.
Exposição “Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar” (imagem: foto: Carmen Santana)

Exposição “Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar” realizada em 2016, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Mural de vidro com uma série de cartazes.
Exposição “Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar” (imagem: foto: Carmen Santana)

Exposição “Em que rua você mora? Rua como único destino... Rua como casa de morar” realizada em 2016, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.Depoimentos dos participantes de atividades de Terapia pela Arte sobre o significado da prática:

“A arte e a cultura me permitem expressar e falar do que eu sinto. Então aliviam o sofrimento. Também fazem com que as pessoas conheçam nossa situação, por tudo que a gente passa. Então é muito importante mesmo...”

“É o único momento que eu posso estar em contato comigo mesma. Então você vai começando a crescer...”

“Eu cresci na minha autoestima. Eu acho que essa atividade dá uma concepção melhor de você própria porque você cria muito. É que quanto mais você fica com coisas positivas, mais positiva a sua cabeça vai ficando. Esse crescimento permite eu me sentir mais eu.”

“Você sabe que vai produzir alguma coisa, você não imaginava que podia fazer tanta coisa. Conforme você faz, vai descobrindo dotes e qualidades que você nem sabia”

“Eu acho que talvez seja um pouco interior, ajuda a esgotar interiormente. Se libertando de alguma coisa você faz o que quiser”

“Eu acho que o ser humano precisa muito se conhecer, se valorizar, pra poder compartilhar no mundo com outras pessoas, pra aceitar seus defeitos e os defeitos de outras pessoas.

A metáfora, a produção de significados e a saúde mental de populações vulnerabilizadas.

O equilíbrio psicológico depende da experiência subjetiva de compreender o que está acontecendo no entorno e do que se pode fazer para interagir (Thomashoff, 2002).

Quando alguém sofre uma violência, o prejuízo em sua saúde mental será maior na medida em que a pessoa não consegue dar um sentido, um significado para a experiência sofrida. 

A metáfora pode ser definida como um modo básico de funcionamento onde se projetam padrões de um domínio de experiências para um outro domínio de um tipo diferente, com a intenção de estruturar este outro domínio (FIUMARA, 1995). É através da capacidade metafórica que se desenvolve um senso de sentido e coerência entre inúmeras experiências. Nesse processo se molda um olhar mais compreensivo em relação ao mundo, o olhar de um sujeito capaz de espelhar-se e estabelecer conexões entre as diversas experiências vividas.  Arte e cultura são aliados na luta contra a falta de sentido e a desesperança experimentados por populações vulnerabilizadas. Constituem ferramentas importantes para o enfrentamento de estigmas e traumas sociais.

A arte nos apresenta alternativas de identidade do ser porque se baseia na capacidade existencial que a imaginação tem de transcender a realidade literal. A sensação de liberdade descrita por muitos participantes pode ser função do desenvolvimento ou da melhora das competências de representação e de atribuição de significados desenvolvidas na prática da arte.

Considerações finais

A literatura internacional aponta que a arte pode oferecer oportunidades para as pessoas em situação de rua se expressarem e comunicarem seus traumas, pode ser ferramenta para  comunicação com a equipe socioassistencial, para desenvolver forças pessoais e desenvolver uma identidade saudável.

No cenário da atenção psicossocial em São paulo, a arte constitui um importante instrumento na construção do vínculo entre a população em situação de rua, profissionais da rede pública e a comunidade. A utilização de técnicas expressivas nos permite um olhar abrangente e integral às potencialidades do sujeito. A experiência de trabalhar com práticas de arte e cultura junto a pessoas em situação de rua  confirma a relevância dessas formas de produção de conhecimento ( incluindo o autoconhecimento) para o enfrentamento das situações vividas      neste contexto. 

Os resultados dessas práticas demonstram como participar de atividades significativas contribui para transformação pessoal e empoderamento deste grupo social.

Destacamos ainda o valor da arte e da cultura no enfrentamento às adversidades, na construção de identidades positivas e na participação comunitária.

Para as pessoas em situação de rua oportunidades de engajamento em atividades socialmente valorizadas e produtivas são limitadas, o que reforça a pobreza e a marginalização. O envolvimento em   atividades artísticas e culturais estruturadas fornece uma ambiente social seguro, de acolhimento e liberdade, não ameaçador e sem julgamentos, onde as pessoas se expressam através de suas produções enquanto  desenvolvem uma atitude positiva em relação a si mesmas ,  e afirmam seus potenciais para a sociedade.

Práticas culturais e artísticas junto a populações vulnerabilizadas nos permitem operacionalizar o cuidado nas dimensões Bio -Psico e   Social. Essas práticas compõem um cenário conceitual que considera a cultura e o contexto social como elementos centrais do cuidado e da compreensão do processo saúde-doença.

Como citar esse artigo:

SANTANA, Carmen Lúcia Albuquerque de. Revista Observatório Itaú Cultural, São Paulo, n. 31, 2022. Disponível em: [url]. Acesso em: [data_atual].

Carmen Santana é Médica psiquiatra e arteterapeuta, formada pela pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, tem mestrado internacional “International Master in Mental Health Policies and Services” pela Universidade Nova de Lisboa / Organização Mundial da Saúde (OMS) e doutorado em Ciências pela Universidade de São Paulo (USP). Na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) foi professora associada visitante do programa de pós graduação, no Departamento de Saúde Coletiva da Escola Paulista de Enfermagem. Há mais de 25 anos desenvolve pesquisa e projetos participativos voltados à saúde mental de grupos vulneráveis, especialmente população em situação de rua, imigrantes e refugiados. Atualmente é coordenadora do projeto A Cor da Rua e das disciplinas teórico-práticas “Arte, Cultura e Saúde Mental: Práticas de Arteterapia” e “Saúde Mental de Grupos Vulneráveis”, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP .

Referências bibliográficas

KLEE, Paul. Diários São Paulo: Martins Fontes, 1990.

FIPE-SMADS.  Pesquisa Censitária da População em Situação de Rua, 2015.

FIUMARA, Gemma.  The Metaphoric Process: Connections Between Language and Life (1st ed.). Londres: Routledge, 1995

SANTANA, Carmen Lucia Albuquerque de. Avaliação de resultados em arteterapia. Tese de doutorado não publicada. Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Departamento de Psiquiatria, 2004.

SANTANA, C; ROSA, A. Saúde mental das pessoas em situação de rua: conceitos e práticas para profissionais da assistência social . SãoPaulo: Epidaurus Medicina e Arte, 2016. disponível em https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/desenvolvimento_urbano/saude_mental_pop_rua.pdf. Acesso: 13.jun. 22.

SECRETARIA MUNICIPAL DA ASSISTENCIA E DESENVOLVIMENTO SOCIAL. Pesquisa Censitária da População em Situação de Rua, 2021.

STEFFEN, Mariana; TORRES, Eduardo.” Arte, cultura e saúde mental: experiências internacionais e projetos inovadores na construção de um novo lugar social para a loucura e a diferença”. Revista Observatório Itaú Cultural, São Paulo, n. 31, 2022Disponível em: https://www.itaucultural.org.br/secoes/observatorio-itau-cultural/revista-observatorio/arte-cultura-saude-mental-experiencias-internacionais Acesso em: 15.maio.22. 

THOMASHOFF,H. “Antistigma-Why and How?” In : Human Art Project, Novartis, Germany, 2002.

WORLD HEALTH ORGANIZATION – WHO. “What is the evidence on the role of the arts in improving health and well-being?” A scoping review. Denmark: World Health Organization, Regional Office for Europe, 2019. Disponível em: https://www.euro.who.int/en/publications/abstracts/what-is-the-evidence-on-the-role-of-the-arts-in-improving-health-and-well-being-a-scoping-review-2019 Acesso em: 14.maio.22.  

 


[1] Anotações dos diários de Paulo Klee durante a Primeira Guerra Mundial.

[2] Para saber mais sobre o projeto A Cor da Rua veja o vídeo “O acolhimento psicossocial das pessoas em situação de rua diante da Pandemia de COVID 19”. Disponível em  https://www.youtube.com/watch?v=-VKN8-HiZng&t=13s&ab_channel=ACordaRua Acesso: 10.jun.22


 

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