Mekukradjá é uma palavra de origem caiapó – etnia que ocupa o Mato Grosso e o Pará – e significa “sabedoria”, “transmissão de conhecimentos”. Com esse ideal em perspectiva, o evento Mekukradjá – círculo de saberes se firmou como um dos principais espaços de reflexão e troca a respeito dos múltiplos saberes dos povos originários.
Desde 2016, ciclos de conversas, com diálogos traçados nos diversos campos das artes – como a literatura, o cinema e as artes visuais – e nas áreas dos direitos, do território e das questões sociais e econômicas, tematizaram a preservação da tradição, a demanda por políticas públicas e culturais, o papel da memória, identidade e linguagem, questões de gênero e política cultural, entre outros assuntos. Língua, terra, território.
Constituindo-se como ciclo, portanto, vivo, o Mekukradjá permitiu transmutações a cada edição. Com curadoria de Daniel Munduruku, Cristino Wapichana, Cristina Flória, Junia Torres e Andrea Tonacci em sua histórica e primeira edição, o evento seguiu sob condução primorosa de Daniel Munduruku e Junia Torres nos anos seguintes – em 2022 contou também com Naine Terena. Mesas de debate, oficinas, feiras de livros e artesanato e mostras de filmes compuseram cada uma das edições do evento na sede do Itaú Cultural (IC), em São Paulo, e, nos últimos anos, em itaucultural.org.br.
Este mapeamento, memória do Mekukradjá, foi feito em parceria com o portal Povos Indígenas do Brasil, do Instituto Socioambiental (ISA), e reflete a abrangência e o alcance possível dessas conversas. No mundo, são 5 mil povos indígenas, o que abrange 370 milhões de habitantes. No Brasil – que em 1500 contava com uma população autóctone estimada em 3 milhões –, são listados 254 povos, com 896.917 pessoas e mais de 150 dialetos.
Itaú Cultural
O Mapeamento Mekukradjá apresenta duas relações com as unidades federativas do Brasil:
• A autodeclaração das informações dos convidados. Assim, a etnia e o estado com o qual cada pessoa se identifica são apontados de acordo com a resposta de cada participante mapeado.
•Cada etnia é relacionada, cartograficamente, com o estado que possui sua maior população.
O Mapeamento Mekukradjá apresenta duas relações com as unidades federativas do Brasil:
• A autodeclaração das informações dos convidados. Assim, a etnia e o estado com o qual cada pessoa se identifica são apontados de acordo com a resposta de cada participante mapeado.
•Cada etnia é relacionada, cartograficamente, com o estado que possui sua maior população.
A sétima edição partiu da Semana de arte moderna de 1922 para discutir a presença dos indígenas na cultura brasileira e a invisibilização desses povos na história do país.
Mais informaçõesSeis mesas e uma apresentação musical abordaram assuntos relacionados à tradição, à renovação, à cultura dos povos originários e à resistência dos indígenas no Brasil contemporâneo.
Mais informaçõesO evento teve como foco a construção de pontes de saberes entre culturas indígenas e quilombolas. Totalmente on-line, apresentou temas como cura, meio ambiente e resiliência.
Mais informaçõesIdentidade, linguagem, questões de gênero e política cultural permearam a programação da quarta edição do Mekukradá, que contou com seis círculos de conversas, oficina, feira de livros e artesanato e exibição de filmes.
Mais informaçõesA programação contou com mesas de debate, oficina sobre midiativismo e realização audiovisual indígena, feira de livros e artesanato e exibição de filmes on-line.
Mais informaçõesDuas oficinas, uma mostra com a apresentação de 11 filmes e diversos debates trataram da preservação da tradição e da demanda por políticas públicas.
Mais informaçõesEm sua primeira edição, o evento reuniu artistas de 11 etnias para um diálogo sobre, entre outros assuntos, o feminino na literatura e no cinema indígenas e as diversas faces da oralidade.
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