ITAÚ CULTURAL 30 ANOS
Itaú Cultural – três décadas de
fomento à arte e à cultura do Brasil
de forma gratuita
Braço institucional do banco Itaú voltado para a pesquisa, mapeamento, incentivo, produção e difusão
da cultura brasileira em todas as suas áreas de expressão, o Itaú Cultural mantém, desde 1987, intensa programação gratuita. As atividades são realizadas tanto em sua sede em São Paulo, quanto em equipamentos culturais parceiros em todo o país e, na atualidade, também por meio de transmissão online das iniciativas.
Desde o início de sua história, o Itaú Cultural promoveu cerca de 6,2 mil atividades focadas nas mais diversas áreas de expressão, inclusive com abrangência internacional. Até o final de 2016, mais de nove milhões de pessoas haviam sido impactadas pelos projetos promovidos pelo instituto ao longo dos 30 anos da sua existência.
O instituto acompanha, ainda, os debates da contemporaneidade, estimulando reflexões sobre os novos temas que permeiam a sociedade brasileira. Questões ligadas à acessibilidade para os públicos cego e surdo foram inseridos nos espaços expositivos, no site do instituto e para os seus colaboradores, por meio do Comitê de Acessibilidade. A instituição tem atuado intensamente, ainda, no tema da diversidade. Criou o Comitê de Questões Raciais, e trabalha a presença e a representatividade do negro no cenário cultural brasileiro contemporâneo. Os trabalhos inscritos no Programa Rumos, na mais recente edição retratam essa busca, apoiando projetos relacionados a questões raciais, indígenas, de gênero e de grupos periféricos.
Um dos maiores editais privados de financiamento de projetos culturais do país, o Rumos, é realizado pelo Itaú Cultural desde 1997. A iniciativa recebeu mais de 52 mil inscrições desde a sua primeira edição – na mais recente (2015-2016), foram inscritos 12 mil projetos e selecionados 117 – e abrirá novo edital em setembro deste ano. O programa já apoiou cerca de 1,4 mil projetos em artes visuais, arte e tecnologia, cinema e vídeo, dança, educação, literatura, jornalismo cultural, música, teatro e pesquisa. Até agora, esse conteúdo já impactou mais de 6 milhões de espectadores em todo o país.
O instituto também é grande produtor de conteúdo sobre a arte e a cultura brasileiras. Em seu portfólio, registra 780 títulos publicados – entre CDs, DVDs, CD-ROMs, vídeos, livros e enciclopédias. Em 30 anos, cerca de 973 mil itens já foram distribuídos gratuitamente a bibliotecas, escolas da rede pública, instituições culturais e emissoras de rádio e televisão públicas e comunitárias, além de pesquisadores, educadores, produtores e gestores culturais em todo o Brasil. A preocupação com a educação também se manifesta em uma intensa programação para escolas públicas e privadas na sede da instituição.
Exposições, mostras de cinema, espetáculos de artes cênicas, atividades literárias e shows de música somados a programas educativos, cursos para professores, pesquisas, debates, digitalização de acervos, entre outras atividades, compõem o legado do Itaú Cultural desenvolvido ao longo desses 30 anos. É um trabalho perene com foco no desenvolvimento da arte e da cultura brasileiras.
Programação, debates e formação na web
O Itaú Cultural produz, ainda, conteúdo para o público não presencial. A maioria das atividades que promove conta com desdobramentos virtuais. Em 2016, o seu site recebeu 15,5 milhões de acessos únicos – mais de 127 milhões desde que foi ao ar em 1997. O instituto também investe cada vez mais nas redes sociais e nas divulgações online de sua programação e na acessibilidade para pessoas com deficiência. Assim como as presenciais, todas as atividades transmitidas virtualmente, por exemplo, contam com interpretação em Libras, a Língua Brasileira dos Sinais. A maioria das ações da instituição conta com desdobramentos virtuais e parte da programação resulta em programas de rádio e TV, que ao longo dos últimos 16 anos, vem sendo distribuídos para uma ampla rede de emissoras públicas e comunitárias, ampliando o alcance das iniciativas.
O site do instituto também é importante ferramenta para aproximar cada vez mais o público de todos os produtos, eventos e reflexões gerados pela instituição. Transmite palestras, debates, shows e apresentações on-line, para que o púbico de outras partes do país possa acompanhar a programação simultaneamente. Nestes 30 anos, já recebeu mais de 127 milhões de acessos únicos. O endereço, que abriga, ainda, a rádio Itaú Cultural na web, também oferece programas musicais,
de literatura e de entrevistas.
Neste site, o Itaú Cultural mantém a plataforma O Mundo de Bartô, destinada ao público infantil. Fonte de diversão e conhecimento para as crianças, é comandado por um ratinho chamado Bartolomeu, que traz entrevistas com personalidades do universo infantil e dicas de filmes, livros e espetáculos, e outras atrações. Há também uma série de revistas eletrônicas com vários tipos de jogos de colorir e recortar, além de textos em linguagem simples sobre temas ligados ao mundo da arte e da cultura. Embora seja voltado especialmente para pequenos de 5 a 12 anos, o site é também um espaço para toda a família.
Enciclopédia online
Entre as iniciativas na web, o instituto disponibiliza a Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileira. Uma das principais plataformas da casa, ela nasceu em 1987, mesmo ano da fundação da instituição e antes mesmo do advento da internet. Disponível na web, no endereço enciclopedia.itaucultural.org.br, desde 2001, e antes voltada para as artes visuais, hoje ganhou caráter inédito ao reunir bases de dados com mais de 200 mil registros de artistas, instituições, grupos, exposições, espetáculos e obras de diversas áreas de expressão. Em fevereiro de 2017, quando o Itaú Cultural completou 30 anos ganhou desdobramentos com acesso pelos celulares, nos sistemas Android e iPhone, novo visual e chaves para quem tem deficiência visual, cegos e surdos.
A Enciclopédia Itaú Cultural, é, hoje, a primeira e mais completa rede de informação cultural brasileira na web. Cada verbete de artista apresenta biografias, análises de obras e informações sobre todo o contexto em que ele produziu a sua obra. Traz, ainda, esclarecimentos sobre termos e conceitos empregados no universo artístico e histórico de grupos e movimentos. O cruzamento destas informações apuradas e validadas pelos pesquisadores e consultores do Itaú Cultural permite ao visitante conhecer as incursões dos artistas em outros ramos das artes, que não o seu original. Por exemplo, o escritor Mário de Andrade ou o diretor de teatro Flávio Rangel, entre outros, cujos trabalhos trafegaram por várias áreas de expressão.
Só para citar alguns dos nomes que constam nesta enciclopédia, entre os músicos encontram-se Dorival Caymmi, Tom Jobim, Chiquinha Gonzaga, Milton Nascimento; Leonilson, Hélio Oiticica, Cândido Portinari, Tarsila do Amaral, nas artes visuais – Regina Silveira em arte cibernética, para citar um exemplo –; os escritores Nelson Rodrigues, Machado de Assis, Monteiro Lobato, Clarice Lispector, Milton Hatoum, Moacir Scliar; os atores Walmor Chagas, Ruth de Souza, José Celso Martinez Corrêa, entre outros do teatro. Ainda, os desenhistas e caricaturistas Henfil, Angeli, Laerte e Glauco. Na dança, o Ballet Stagium, Grupo Corpo, Lia Roberto, Marilena Ansaldi, Maria Duschenes ou, no cinema, Sandra Kogut, Beto Brant, Rogério Sganzerla, Luiz Sergio Person.
A Enciclopédia é hoje uma gigantesca rede de informação cultural e artística que cresce a cada dia e engloba diversas áreas de expressão da cultura brasileira: teatro, literatura, arte e tecnologia, música, cinema e dança. Unificada, a plataforma permite uma navegação e sinergia ainda mais abrangentes dos conteúdos já existentes produzidos pelo Itaú Cultural. Para garantir a uniformidade na coleta desses dados e a coerência entre o material alocado em cada eixo, foram adotadas metodologias comuns para sua execução, como a indexação, o vocabulário controlado, critérios de inclusão e escolha dos verbetes, ordem de apresentação.
Formação e Observatório Cultural
Alimentando a sua vocação natural de ser uma plataforma para a geração de conteúdos e manifestações artístico-culturais vindas de todo o Brasil, o Itaú Cultural também aposta nos seus próprios meios de comunicação. O instituto criou e edita a revista Observatório Itaú Cultural, voltada para as discussões em torno da política pública cultural brasileira. A proposta central é incentivar o diálogo constante com pesquisadores, universidades, instituições governamentais na área de produção de dados estatísticos, organizações supranacionais e centros de pesquisa no campo das políticas públicas de cultura.
O Observatório foi criado em 2006 com foco na gestão, na economia e nas políticas culturais e promove, desde então, estudos e debates desses temas, estimulando a reflexão sobre a cultura em seus vários aspectos e analisando os indicadores nacionais. Amplia a sua atuação e alcance com seminários, encontros e palestras; uma linha editorial de livros e da Revista Observatório, disponíveis gratuitamente na web; a promoção de pesquisas sobre o campo cultural além do curso de especialização em gestão cultural.
No campo da formação acadêmica, o Itaú Cultural é a primeira instituição cultural privada no país a criar uma pós-graduação em gestão cultural. Por meio do Observatório, há quase 10 anos o instituto vem oferecendo o curso de Especialização em Gestão de Políticas Culturais em parceria com a Cátedra Unesco Políticas Culturais e Cooperação da Universidade de Girona, Espanha, cujas aulas são ministradas em fases pela web e outras presenciais. Até agora, o curso recebeu mais de 10,5 mil inscrições dos mais diversos estados do país e atendeu mais de 360 alunos.
Ainda no âmbito da gestão, foi criada a Semana de Gestão e Políticas Culturais, em que o instituto vai até as localidades. Desde a sua criação, em 2008, o curso de quarenta horas beneficiou cerca de três mil profissionais ligados às áreas culturais entre as 25 cidades por onde passou: São Luiz (MA), Porto Velho (RO), Boa Vista (RR), Rio Branco (AC), Salvador (BA), Aracaju (SE), Maceió (AL), João Pessoa (PB), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Porto Alegre (RS), Goiânia (GO), São Paulo (SP), Macapá (AP), Recife (PE), Bauru (SP), Ribeirão Preto (SP), Presidente Prudente (SP), Belo Horizonte (MG), Janaúba (MG), Feira de Santana (BA), Crato (CE) e Canoas (RS).
A proposta desse curso rápido é realizar uma formação de produtores e gestores culturais para que possam lidar melhor com as especificidades da gestão cultural, compreender as diversas demandas de sua região e os desafios da atualidade. Ainda nesta área, em 2017 o instituto começa a compor a primeira turma do curso de especialização em gestão e políticas culturais EAD (Ensino a Distância).
Em 2016, o Itaú Cultural criou a Cátedra Olavo Setubal, primeira na Universidade de São Paulo para discutir questões do universo das ciências, artes e tecnologia. Criada em parceria com o Instituto de Estudos Avançados (IEA/USP), com duração mínima de cinco anos, teve como primeiro titular o cientista político, filósofo, diplomata e primeiro titular da cátedra Sérgio Paulo Rouanet. Neste ano, o titular da cátedra é o arquiteto, designer gráfico e gestor cultural Ricardo Ohtake. Trata-se de reconhecimento da dedicada atenção que o instituto tem dado à gestão e formação de política cultural e integra os 10 anos do Observatório Itaú Cultural, celebrados esse ano.
Arte e a cultura em todo o país
O Itaú Cultural está presente em todo o país, fisicamente, por meio de parcerias com instituições culturais, públicas ou privadas. Esta foi a política estabelecida pelo instituto para atuar em todo o território nacional. Em vez de criar novos equipamentos nos diversos estados, optou-se por se unir e fortalecer as organizações já existentes, legítimas conhecedoras das realidades locais. Assim, a instituição leva exposições de artes visuais, espetáculos de artes cênicas, seminários, encontros com artistas, debates sobre temas culturais, entre outras iniciativas, a todas as regiões do Brasil.
Somente para citar as exposições Itinerantes – do acervo e produzidas pelo instituto – ao longo dos últimos anos, 203 já foram exibidas em diferentes pontos do país de norte a sul, passando pelo centro, e visitadas por mais de 1,7 milhão de pessoas. Em 2016, o instituto realizou 750 atividades em todos os estados e alcançou mais de 540 mil pessoas.
Ainda em 2016, no âmbito das artes visuais, por exemplo, o instituto esteve presente em instituições de parceiros em Belém (PA), Brasília (DF), Curitiba (PR), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Ribeirão Preto (SP), Santos (SP), Porto Alegre (RS), Rio de Janeiro (RJ). O museu curitibano Oscar Niemeyer e o Paço Imperial, no Rio, receberam Moderna para Sempre – Fotografia Modernista Brasileira na Coleção Itaú Cultural. Também no Rio de Janeiro, mas na Biblioteca Parque Estadual foi exibida a Ocupação Aloisio Magalhães. Para Belém e Salvador seguiu a exposição A Arte da Lembrança – A Saudade na Fotografia Brasileira.
A Pinacoteca Benedicto Calixto, em Santos, recebeu Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural. Para o Museu de Arte Contemporânea do Ceará – Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura foi Filmes e Vídeos de Artistas na Coleção Itaú Cultural. Ribeirão Preto exibiu a mostra inédita Narrativas em Processo – Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural. A Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, recebeu Sergio Camargo: Luz e Matéria.
Preservação e resgate da obra de brasileiros
Acreditando que cultura é um patrimônio de cada país que deve ser preservado e difundido, o Itaú Cultural também tem uma forte atuação no resgate da produção, história e processo de criação de importantes artistas da cultura brasileira, tanto em exposições como em realização de documentários. O instituto apoiou e apoia, ainda, a catalogação e a digitalização de acervos como os dos artistas visuais Hélio Oiticica, Waldemar Cordeiro, Lygia Clark, Regina Silveira e Nuno Ramos, do músico Elomar Figueira Mello, da estilista Zuzu Angel, dos arquitetos Sergio Camargo e Oscar Niemeyer, do cenógrafo e também artista visual Flávio Império, da fotógrafa Claudia Andujar e outros brasileiros de todas as origens e segmentos artísticos, em um total de cerca de trinta nomes.
Um dos projetos nesse campo é o Ocupação, uma série de exposições idealizada para fomentar o diálogo da nova geração de artistas com os criadores que os influenciaram e ampliar o conhecimento do público sobre estas personalidades. Desde a sua criação, esta iniciativa já revisitou o trabalho e a história de artistas como Nelson Leirner, Abraham Palatnik, Zé Celso, Paulo Leminski, Chico Science, Rogério Sganzerla, Regina Silveira, Haroldo de Campos, Angeli, Nelson Rodrigues, Antonio Nóbrega, Mário de Andrade, Nelson Pereira dos Santos, Sérgio Britto, Zuzu Angel, Jards Macalé, Laerte, Aloisio Magalhães e grupo Giramundo. O Ocupação também já homenageou nomes como Elomar, Hilda Hilst, Dona Ivone Lara, João das Neves, Vilanova Artigas, Grupo Corpo, Glauco, Cartola e Abdias Nascimento. Em 2017, toda a série é dedicada às mulheres: a primeira foi a atriz Laura Cardoso, seguida da escritora Conceição Evaristo, atualmente em cartaz, da curadora Aracy Amaral, da psiquiatra Nise Silveira e da música Inezita Barroso.
Ainda no campo do resgate, o Itaú Cultural desenvolveu uma série de documentários sobre grandes nomes da cultura brasileira. Batizada Iconoclássicos, ela reúne os títulos Daquele Instante em Diante, sobre o músico Itamar Assumpção, dirigido por Rogério Velloso; EVOÉ! Retrato de um Antropófago, documentário sobre o dramaturgo Zé Celso, dirigido por Tadeu Jungle e Elaine Cesar; Mr. Sganzerla – Os Signos da Luz, um retrato de Rogério Sganzerla sob o olhar de Joel Pizzini; Ex-Isto, livre adaptação de Catatau, de Paulo Leminski, por Cao Guimarães, e Assim É, se Lhe Parece, filme de Carla Gallo sobre Nelson Leirner. A série foi apresentada no Canal Curta! em uma parceria do instituto com esta emissora.
Todos esses filmes já foram exibidos gratuitamente ao público em salas do Espaço Itaú de Cinema em diferentes cidades do país. No mesmo espírito, em 2014 entrou em cartaz e itinerou por diversas cidades brasileiras o filme Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles. O longa-metragem, dirigido por Marcela Lordy, é sobre a busca pelo som da água pelo artista visual que lhe dá nome. O instituto produziu, ainda, A Paixão de JL, documentário sobre Leonilson dirigido por Carlos Nader, que tem percorrido festivais e colhido premiações importantes dentro e fora do Brasil. JARDS, de Eryk Rocha sobre Jards Macalé é outra produção do Itaú Cultural também com carreira bem-sucedida no cenário dos documentários.
Esses artistas já foram protagonistas de grandes exposições no Itaú Cultural, nas quais se consolidou uma investigação profunda sobre seus trabalhos e processos de criação. Todos os filmes já foram apresentados gratuitamente ao público em salas do Espaço Itaú de Cinema em diferentes cidades do país.
Mais recentemente, em 2016 o programa Rumos Itaú Cultural também apoiou o projeto Olhar: Um Ato de Resistência, que faz a digitalização de parte do acervo do diretor Andrea Tonacci (1994-2016). Antes inacessível, por ter sido feito em um suporte hoje obsoleto, o material reúne depoimentos de líderes indígenas de vários locais das Américas, colhidos pelo cineasta entre 1979 e 1980. O material será disponibilizado para pesquisadores na Cinemateca Brasileira.
Biblioteca
O Itaú Cultural mantém uma das mais completas bibliotecas de arte e cultura do país. Instalado em sua sede na Avenida Paulista, este espaço dedicado à pesquisa e à divulgação da produção artística e cultural brasileira é responsável por um acervo especializado em artes visuais, música, teatro, dança, cinema e vídeo, design, arquitetura, crítica literária e política cultural.
Atualmente direciona a sua atuação para o meio artístico e acadêmico, atendendo pesquisadores, artistas e estudantes universitários de graduação e pós-graduação, com agendamento feito com antecedência. Consultas podem ser feitas previamente também no catálogo online: www.itaucultural.org.br/acervobiblioteca, que disponibiliza 10 mil livros, 13,3 mil catálogos de arte, mil títulos de vídeo (DVD + VHS), 460 obras de referência (enciclopédias, dicionários e guias, entre outros), 60 títulos de periódicos sobre arte brasileira e políticas culturais.
Acervo itinerante e permanente
Composta por mais de 15 mil peças, o Itaú conta com uma das maiores coleções corporativas do mundo e a maior da américa Latina. O Acervo de Obras de Arte Itaú Unibanco reúne obras de arte contemporânea e moderna, entre pinturas, gravuras, selos, fotografias, esculturas e instalações, e abriga a Coleção Brasiliana, com imagens da iconografia nacional desde o descobrimento do país, e a Coleção Numismática, que reúne moedas, condecorações e medalhas raras que fizeram parte da história brasileira.
Este acervo é complementado pela coleção Arte Cibernética e Filmes e Vídeos de Artistas formada pelo Itaú Cultural e foi inteiramente constituído com recursos próprios, sem uso de recursos da Lei Rouanet. Em um esforço para garantir o acesso do público a estas obras, o Itaú Cultural realiza continuamente mostras gratuitas em sua sede, em São Paulo, e em itinerâncias pelo país e pelo exterior (leia mais aqui, Acervo).
Somente a Brasiliana Itaú soma 2.902 itens, desdobrados em cerca de seis mil iconografias – de pinturas do Brasil holandês até as primeiras edições dos mais conhecidos álbuns iconográficos produzidos durante o século XIX sobre o país, bem como livros de artistas ilustrados do século XX, obras de arte, objetos, cartografias, documentos manuscritos. Com publicações datadas dos séculos XVI ao XX, muitos trazem relatos de viajantes estrangeiros que se aventuraram pelo Brasil em busca de riquezas e glórias, verdadeiras ou imaginárias.
A coleção de numismática começou com a aquisição da coleção de moedas de Herculano de Almeida Pires, membro do Conselho de Administração do Banco Itaú, em dezembro de 1984. Na época somava 796 moedas de ouro, prata, cobre, níquel, cupro-níquel, alumínio e bronze. Com novas aquisições no Brasil e no exterior, hoje ela soma cerca de sete mil itens, aos quais se juntaram medalhas, condecorações e barras de ouro.
Um recorte da Brasiliana e da coleção de Numismática é abrigado desde 2014 no Espaço Olavo Setubal, em exposição permanente aberta ao público e visitada, até 30 de março de 2017, por mais de 108 mil pessoas. Instalado em dois andares na sede do Itaú Cultural expõe 1,3 mil obras, selecionadas curatorialmente entre os destaques das duas coleções em um recorte dos cerca de dez mil itens reunidos somente nestes dois conjuntos.
Entre as peças exibidas estão o óleo sobre madeira Povoado numa Planície Arborizada, produzido por Frans Post entre 1670 e 1680 – primeira peça adquirida por Olavo Setubal para a coleção – e uma vasta seleção de gravuras de Rugendas, Debret, Chamberlain, Auguste Sisson, Schlappriz, Buvelot e Moreau, Bertichen e Emil Bauch, reproduzindo as primeiras paisagens vistas do país.
Auditório Ibirapuera
Em outra frente, em agosto de 2011 o Itaú Cultural assumiu, por meio de edital público da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo, a gestão e manutenção do Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer, um dos equipamentos culturais mais emblemáticos da cidade de São Paulo. Os recursos destinados pelo Itaú para este projeto não utilizam benefícios fiscais da Lei Rouanet.
Desde o início de sua gestão, o Itaú Cultural ampliou a atuação da casa para áreas além da música, como dança, teatro e cinema, destacando o caráter multicultural do espaço. Assim que passou a responder pela programação e pela gestão do equipamento, o instituto reduziu o valor dos ingressos a preços populares – R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada) –, ampliando o acesso do público aos eventos oferecidos. Entre 2011 e 2016, fez 930 apresentações e recebeu mais de 1,3 milhão de pessoas. Somente em 2016, foram mais de 147 apresentações, das quais 59 foram gratuitas.
Além da programação artística, o equipamento abriga a Escola do Auditório, que oferece cursos livres de música brasileira, com duração de cinco anos, para 170 estudantes (com idade a partir de doze anos) da rede pública de ensino que residam no município de São Paulo. Os alunos recebem, ainda, uma bolsa-auxílio mensal que ajuda a custear o seu transporte e alimentação.
O objetivo da escola é proporcionar uma sólida formação na área da música popular, unindo teoria e prática. Os estudantes aprendem a tocar um instrumento, desenvolvem a percepção musical e conhecem a história da música brasileira, seus estilos, seus instrumentos e seus personagens. Dando coesão e direcionamento ao ensino, o repertório é focado em autores brasileiros, tanto nas aulas quanto nas apresentações realizadas pelos diversos grupos da Escola – como a Orquestra Furiosa do Auditório e a Orquestra Brasileira do Auditório (OBA).
As disciplinas ministradas no curso livre de música se dividem em dois grupos: aulas teóricas – nas quais os alunos aprendem e desenvolvem a leitura de partituras, harmonia e habilidades de percepção rítmica e melódica; no laboratório são apresentados os diversos ritmos brasileiros, passando por suas histórias e seus personagens – e aulas práticas ou aulas de instrumento realizadas individualmente. Os estudantes também participam de grupos e adquirem experiência em orquestras.
Desde o início das atividades, a Escola do Auditório, que conta com direção artístico-pedagógica do músico Nailor Proveta, já formou quatro turmas com 44 alunos – 19 deles, se formaram em 2016 –, proporcionando a esses jovens a oportunidade de iniciar e desenvolver carreira na música, muitas vezes no próprio Auditório, que já conta com ex-alunos atuando como professores e como assistentes de regência.
Além da programação, que entre 2011 e 2016 recebeu mais de 1,3 milhão de espectadores em 930 apresentações – só em 2016 foram 147, das quais 59 gratuitas –, o Auditório abriga uma escola de música, a Escola do Auditório, que atualmente atende cerca de 170 crianças e adolescentes vindos da rede pública de ensino. Aos alunos é oferecido um curso livre de música e uma bolsa mensal que ajuda a custear o seu transporte e alimentação. A EA já formou quatro turmas com 44 alunos – 19 deles, se formaram em 2016.
Com iniciativas desta natureza, o Itaú Cultural reafirma seu estreito compromisso com a cultura brasileira, atuando em um tripé que se calca no incentivo à arte e cultura no país, na democratização e ampliação do acesso às atividades culturais entre os brasileiros e na preservação e difusão do patrimônio cultural e artístico do Brasil de modo a formar um legado perene.
SERVIÇO
Modos de Ver o Brasil: Itaú Cultural 30 Anos
Abertura para convidados: 24 de maio, às 20h
Visitação: 25 de maio a 13 de agosto de 2017
Terças-feiras a domingos, das 9h às 18h
Livre - Entrada Gratuita
Oca
Avenida Pedro Álvares Cabral, Portão 3, Parque Ibirapuera
Mais informações:
Fones: +55 11 2168-1776/1777
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: +55 11 2168-1776/1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Amanda Viana: amanda.viana@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa: larissa.correa@terceiros.itaucultural.com.br
Fone: +55 11 2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos): carina.bordalo@terceiros.itaucultural.com.br
Fone: +55 11 2168-1906