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mesas

Especialistas, pesquisadores e ativistas debatem questões de gênero

 

Além de apresentar a efervescente produção teatral e de cinema com temática específica de gênero, mesas para debater as igualdades, diferenças, pesquisas, e outros temas como o feminismo e a transexualidade fazem parte da programação de Todos os Gêneros

 

No dia 25 (sábado), às 15h, o Circuito [SSEX BBOX], a programação da mostra Todos os Gêneros promove a mesa Roda de partilha: feminismo interseccional [atividade vivencial]. Um dia depois, no mesmo horário, é reeditada a mesa realizada na 1ª Conferencia Internacional [SSEX BBOX]& Mix Brasil Pingos nos is: A inclusão radical e a comunicação não violenta. Na terça-feira, dia 28, às 15h o tema é Copi: transgressão e teatralidade, em mesa organizada pelo Núcleo de Cênicas do Itaú Cultural.

 

Em Roda de partilha, a pesquisadora na área de filosofia política e feminista Djamila Ribeiro, a Jornalista, cineasta e pesquisadora Inês Castilho, a psicóloga do Núcleo Interdisciplinar de Ações para a Cidadania da Universidade Federal do Rio de Janeiro Jaqueline de Jesus, e a mestranda em cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) Viviane V., com mediação da  criadora do canal Voz Trans* no Youtube Magô Tonhon, falam sobre o conceito de interseccionalidade no feminismo, o qual determinou que se considerasse a coexistência de diferenças da ordem de raça, classe e sexualidade entre as mulheres.

 

Pingos nos is trata da comunicação não-violenta e proporciona um encontro de escuta profunda da comunidade sexo-diversa e suas problemáticas específicas. Esta mesa reúne a DJ, MC, produtora musical e atriz Luana Hansen, a integrante do Partido Pirata de São Paulo Michele Bittencourt, o militante independente Fernando Ribeiro, homem trans, e a travesti, doutoranda em teoria literária pela Unicamp Amara Moira. A mediação é da psicóloga e membro da Associação Paulista da Abordagem Centrada na Pessoa Sandra Caselato e o mestre em relações internacionais com concentração em estudos de paz e resolução de conflitos pela International Components for Unicode Yuri Haasz.

 

A mesa Copi: transgressão e teatralidade, com o ator Marcos Rosenzvaig e o diretor de teatro, ator e dramaturgo, do Teatro de Extremos, Fabiano de Freitas, tem mediação da bacharel em letras, com mestrado e doutorado em teoria Literária pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Renata Pimentel. Ela trata da importância artística de Copi, pseudônimo do desenhista de comics, dramaturgo e escritor argentino Raúl Damonte Botana (1939-1987), radicado pelo exílio em Paris. Ator-travesti, homossexual e uma das primeiras vítimas da aids, a sua ampla produção, é reconhecida em países como França, na Itália e na Espanha.

 

Esta mesa pretende apresentar ao público a diversa, vasta, mas profundamente coerente obra de Copi a partir de dados de sua biografia, de depoimentos seus e de algumas pessoas importantes em sua vida e produção, além de destacar fragmentos de suas obras e da sua produção de tirinhas cômicas.

 

Veja a seguir a sinopse das mesas, biografias dos participantes e horários de cada uma delas:

 

Dia 25 (sábado) às 15h

Circuito [SSEX BBOX] no Todos os Gêneros

MESA - Roda de partilha: feminismo interseccional [atividade vivencial]

Com Djamila Ribeiro, Inês Castilho, Jaqueline de Jesus, Viviane V.

Mediação: Magô Tonhon

Sala Multiuso

Duração: 180 minutos

Capacidade: 120 lugares

Os ingressos são distribuídos duas horas antes do evento para o público preferencial e uma hora antes para o não preferencial.

Classificação Indicativa: 14 anos

Interpretação em Libras

Sinopse

O(s) feminismo(s), historicamente vem sendo palco de disputas discursivas acerca das igualdades e diferenças entre os gêneros. Incluindo o próprio conceito de sexo e gênero que vem, desde pelo menos a metade do século passado, sendo pensado, posto em questão e repensado por teorias variadas.  Em termos genéricos, inicialmente o conceito de gênero ainda era bastante entendido enquanto dependente do sexo biológico. Foi por meio das diferenças entre o binário homem-mulher que se tornou possível pautar demandas nas diferentes localidades em que o feminismo se organizou socialmente.

 

O conceito de interseccionalidade no feminismo surgiu a partir da necessidade de diferenciação para além das questões de gênero, exigindo, assim, que se considerasse a coexistência de diferenças da ordem de raça, classe e sexualidade entre as mulheres. Foi por meio do reconhecimento da diferença entre as mulheres que se tornou possível aprofundar o conceito de interseção compreendendo a complexidade que as vivências do gênero poderiam assumir diante de outros marcadores sociais.  O surgimento do feminismo enquanto interseccional tem como algumas de suas principais figuras as estudiosas Kimberlé Crenshaw, Audre Lorde e Bell Hooks. No Brasil, é importante destacar a figura de Lélia Gonzales.

 

Sobre as debatoras

Magô Tonhon

Mulher trans, bisexual, é arquiteta mestranda da USP em estudos culturais, criadora do canal Voz Trans* no Youtube, por meio do qual pretende amadurecer sua recente militância LGBT e vocalizar as suas e outras vivências.


Djamila Ribeiro

Pesquisadora na área de filosofia política e feminista. Mestranda em filosofia política na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e feminista negra. Escreve para a Carta Capital.

 

Inês Castilho

Jornalista, cineasta e pesquisadora, com longa trajetória no feminismo. Foi editora do jornal Mulherio, realizadora dos filmes de curta-metragem Mulheres da Boca e Histerias e cofundadora do Nós Mulheres, primeiro jornal feminista de São Paulo. Passou por vários órgãos da imprensa tradicional e hoje integra a equipe da mídia livre Outras Palavras.

 

Jaqueline de Jesus

Psicóloga do Núcleo Interdisciplinar de Ações para a Cidadania da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutora em psicologia social e do trabalho pela Universidade de Brasília, com pós-doutorado pela Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas (Rio de Janeiro). Pesquisa, publica e leciona nas áreas de gestão da diversidade e em movimentos sociais, com ênfase em identidade, gênero, orientação sexual e raça/etnia. É também investigadora da Rede de Antropologia Dos e Desde os Corpos.

 

Viviane v.

Mestranda em cultura e sociedade pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e integrante do grupo de pesquisa cultura e sexualidade (CuS), com interesses principais em questões relacionadas a identidades de gênero – em particular, questões trans* e transfeminismos interseccionais –, estudos decoloniais e queer.

 

Dia 26 (domingo), às 15h

MESA - Pingos nos is: A inclusão radical e a comunicação não violenta

(Reedição da mesa realizada na 1ª Conferencia Internacional [SSEX BBOX]& Mix Brasil)

Com Luana Hansen, Michele Bittencourt, Fernando Ribeiro, Amara Moira,

Mediação: Sandra Caselato e Yuri Haasz

Sala Multiuso

Duração: 180 minutos

Capacidade: 120 lugares

Os ingressos são distribuídos duas horas antes do evento para o público preferencial e uma hora antes para o não preferencial.

Classificação Indicativa: Livre

Interpretação em Libras

Sinopse

Propiciar um encontro de escuta profunda da comunidade sexo-diversa e suas problemáticas específicas, ressaltando a importância da união dos movimentos a partir do que têm em comum, além de esclarecer como a comunicação não-violenta (CNV) pode contribuir com este processo.

Sobre os debatedores

Sandra Caselato

Psicóloga e membro da Associação Paulista da Abordagem Centrada na Pessoa (APACP). Em 2010, prestou consultoria para a Agência das Nações Unidas UNRWA em Israel/Palestina, com treinamento em melhores práticas para funcionários na área de saúde psicológica.

 

Yuri Haasz

Trabalha e pesquisa sobre o tema Israel/Palestina há uma década. Mestre em relações internacionais com concentração em estudos de paz e resolução de conflitos pela International Components for Unicode (ICU/Japão), concluiu curso em assistência humanitária e direitos humanos junto à ONU, pela Duke University (Genebra) e trabalhou com a Human Rights Watch, divisão do Norte da África e Oriente Médio, situada em Jerusalém.

 

Luana Hansen

DJ, MC, produtora musical e atriz, integrou grupos como A­TAL e A-Força (RZO). Participou da produção Antônia: o filme (2006), de Tatá Amaral, e teve sua vida contada no documentário 4 Minas, de Elisa Gargiulo.  Seu disco Marginal Imperatriz é um dos primeiros de rap a se levantar contra o machismo e a lesbofobia.


Michele Bittencourt

Nasceu em condição de intersex, lésbica, feminista, ativista pela igualdade de gênero e liberdades individuais. É integrante do Partido Pirata de São Paulo.

 

Fernando Ribeiro

Homem trans, negro, e militante independente.

Amara Moira

Travesti, doutoranda em teoria literária pela Unicamp, feminista e militante dos direitos de LGBTs e de profissionais do sexo.

 

Sobre a equipe [SSEX BBOX]

Lino Reis

Ator e produtor, trabalhou boa parte da carreira artística com teatro alternativo. Entre os trabalhos realizados estão Philosophy in the Boudoir, vencedor do prêmio Best Of Fringe - Los Angeles, e Lou&Leo, com direção de Nelson Baskerville, que despertou ainda mais o interesse pelas questões de gênero. Também produziu festivais de verão, festivais de teatro e eventos corporativos.

 

Júlia Rosemberg

Formada em psicologia pela PUC/SP, há 15 anos atua em favor da valorização da diversidade e da sustentabilidade. De 2002 a 2008 integrou a equipe do Centro de Estudo das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) e lá foi co-coordenadora do projeto Valorização da Diversidade, fez consultoria à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e coordenou o programa de educação e do Prêmio Educar para a Igualdade Racial. Em 2008 redigiu o artigo Ações dos Empregadores Brasileiros na Promoção da Igualdade de Gênero e Raça no Trabalho.  De 2008 a 2013 foi gerente de projetos da consultoria i.Social, onde auxiliou empresas na tarefa da inclusão responsável de profissionais com deficiência, por meio da conscientização dialógica e de ações de responsabilidade social. Também trabalha como consultora de sustentabilidade do Instituto Akatu.

 

Priscilla Bertucci

Artista social, identifica-se como gender queer. Fundador e administrador do [SSEX BBOX], projeto de justiça social que atua em San Francisco, São Paulo, Berlim e Barcelona. Usa suas habilidades criativas de arte multimídia, abordagem somática e comunicação não-violenta (CNV) para trabalhar com pessoas e organizações em suas comunidades, trazer novas maneiras de pensar e ser, e de propor desafios sociais ao mundo. Trabalha também em parceria com o Center for Sex and Culture, que possui um dos maiores acervos de obras nas áreas de gênero e sexualidade dos Estados Unidos.

 

Magô Tonhon

Mulher trans, bisexual, é arquiteta mestranda da USP em estudos culturais, criadora do canal Voz Trans* no Youtube, por meio do qual pretende amadurecer sua recente militancia LGBT e vocalizar as suas e outras vivências trans.

 

Dia 28 (terça-feira), às 15h

MESA - Copi: transgressão e teatralidade

Com Marcos Rosenzvaig e Fabiano de Freitas. Mediação de Renata Pimentel

Sala Multiuso

Duração: 120 minutos

Capacidade: 120 lugares

Os ingressos são distribuídos duas horas antes do evento para o público preferencial e uma hora antes para o não preferencial.

Classificação Indicativa: Livre

Interpretação em Libras

Sinopse

Copi é o pseudônimo do desenhista de comics, dramaturgo e escritor argentino Raúl Damonte Botana (1939-1987), radicado pelo exílio em Paris. Teve vasta produção e chegou a alcançar reconhecimento no continente europeu, sobretudo na França, na Itália e na Espanha. Nascido em uma família ligada às artes, à política e ao jornalismo, Copi escreveu a maior parte de sua obra em francês, além de alguns textos em seu idioma natal (espanhol). Era também ator-travesti, homossexual e, por “excesso de vanguardismo”, segundo ironizou ele próprio, foi uma das primeiras vítimas da aids.

 

Em suas criações, explora as possibilidades de perturbação, transgressão e subversão das identidades existentes e desestabiliza-as, ao denunciar seu caráter arbitrariamente construído, impositivo, e sua artificialidade. Fez da teatralidade sua arma em todos os gêneros em que produziu ou atuou e ainda resta praticamente desconhecido, apesar da força, da contundência, da importância de sua obra para a reflexão crítica sobre nossos tempos, principalmente no que diz respeito às liberdades individuais. Nesta mesa, três pesquisadores que se debruçaram pioneiramente sobre a obra de Copi, estudando seu teatro, o conjunto de sua obra e o levando à cena, se encontram pela primeira vez para apresentar este artista seminal e único e discutir a relevância de sua obra.

 

Apresentar ao público a diversa, vasta, mas profundamente coerente obra de Copi a partir de dados de sua biografia, de depoimentos seus e de algumas pessoas importantes em sua vida e produção, além de destacar fragmentos de suas obras e da sua produção de tirinhas cômicas. Pretende-se acentuar a força crítica, o humor e a ironia deste artista que refletiu sobre, entre outros, temas como a liberdade, o exílio, a sexualidade, a política – e as dissidências e imposturas que cercam tais assuntos – propondo uma estética muito particular e inscrevendo seu nome como um seminal multiartista sempre atual. As ideias da transgressão e da teatralidade guiam a análise da obra de Copi e de seu discurso artístico.

 

Sobre os debatedores

Renata Pimentel

Bacharel em letras, com mestrado e doutorado em teoria Literária pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Desde 2010 é professora adjunta de literatura e estudos literários na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Docente há mais de 20 anos, atua nas áreas de crítica literária, literatura brasileira contemporânea, latino-americana, estudos culturais (teoria dos gêneros, teoria queer e estudos trans), literatura comparada, dramaturgia. Publicou Uma lavoura de insuspeitos frutos (ed. Annablumme, São Paulo, 2002); Copi: transgressão e escrita transformista (ed. Confraria do Vento, 2011); Da arte de untar besouros (poesia, ed. Confraria do Vento, 2012) e Denso e leve como o voo das árvores (poesia, ed. Confraria do Vento, 2015). Tem formação também em dança e atua nas áreas criativas da dramaturgia em dança contemporânea e teatro e em curadoria. Desenvolve pesquisas sobre o período de transição entre os séculos XIX e XX; a obra adulta e infantil de Monteiro Lobato; sobre literatura dramática e artes da cena. Integra o Coletivo Expográfica – grupo de estudos e trabalhos nas áreas de expografia em artes visuais e cênicas e crítica de arte. Curadorias recentes: No Reino de Gilvan Samico (2014 – Caixa Cultural Brasília, Recife e São Paulo; Sesc Paraty e São José dos Campos) e Fernando Pessoa: uma coleção (2015 – Museu do Estado de Pernambuco).

 

Marcos Rosenzvaig (Tucumán, 1954)

Iniciou-se como ator com diferentes mestres em Buenos Aires. Em 1978 foi bolsista na Universidade de Teatro de Bucareste, Romênia. Voltando ao seu país cursou letras na Universidade de Tucumán e fez doutorado cum laude em filologia hispânica na Universidade de Málaga, com uma tese sobre a obra de Copi, de onde resultaram dois livros de ensaios:  Copi: sexo y teatralidad e Copi, simulacro de espejos, editados na Espanha. Entre outros de seus ensaios estão El teatro de la enfermedad, Breviario de estéticas teatrales, Técnicas teatrales contemporáneas I y II, Las artes que atraviesan el teatro e Tadeusz Kantor o los espejos de la muerte, que escreveu na Cracovia, Polônia, onde trabalhou durante seis meses junto ao grupo CRICOT de Tadeusz Kantor.

 

Publicou, ainda, os romances Madres Fuck You, Qué difícil es decir te quiero e Perder la cabeza, entre outros, e também textos de teatro como El veneno de la vida, Tragedias familiares, El pecado del éxito, Niyinsky e Regreso a casa.  Como diretor formou o grupo Circus Renacentista montando diversos espetáculos teatrais como El arte del buen morir, Estarás conmigo en el paraíso, Indemam, dónde fue a parar la valija, El sacrificio.

 

Fabiano de Freitas

Diretor de teatro, ator e dramaturgo, à frente de Teatro de Extremos, companhia que completa 10 anos em 2016 e que há pelo menos cinco mergulha em intensa pesquisa sobre a questão de identidade e gênero na contemporaneidade. Desde 2013 vem pesquisando a dramaturgia de Copi, tendo montado O homossexual ou a dificuldade de se expressar, espetáculo que recebeu 13 indicações aos Prêmios Shell, Cesgranrio, Association for Prevention Teacheng and Reasearch (APTR), pelo figurino, e o Questão de Crítica, pelo figurino, cenário e ator. A partir desta pesquisa desenvolveu as oficinas: Copi: dramaturgia em desmesura e O ator-travesti: experimentos sobre a obra de Copi, realizadas em diversos estados do Brasil. Também com Teatro de Extremos dirigiu os espetáculos Feriado de mim mesmo (2011), As engrenagens (2010), Queda (2009) e a performance, O destino da humanidade, sobre o último roteiro inacabado de Glauber Rocha, entre outros experimentos.

 

Dirigiu também os espetáculos Pequenas Tragédias, de Aleksandr Pushkin (2013) e co-dirigiu A vida de dr. Antonio contada por elle mesmo, de João do Rio (2016). Dirigiu Favela Rouge (2009) e realizou duas turnês internacionais, com artistas selecionados e que estiveram sob projeto de formação na Vila Cruzeiro, comunidade do subúrbio do Rio. Ainda no âmbito internacional, realizou residências artísticas na África do Sul e na Holanda, e com este último país manteve intenso intercâmbio em vários projetos, dentre eles o BR_NL Drama que traduziu dramaturgos inéditos nos dois países (2012).  É colaborador do Núcleo de Dramaturgia do SESI no Rio e do projeto SESC Dramaturgias, do Departamento Nacional do SESC. É editor de conteúdo do Tempo Contínuo, plataforma virtual do Tempo_Festival - Festival Internacional de Artes Cênicas do Rio de Janeiro.

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