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Foto: Autoria desconhecida / Acervo Instituto Franz Weissmann
Exposição apresenta uma antologia da obra do artista
Entre os vetores que a exposição explora está a forma como conclama o espectador para a participação, mesmo se tratando de uma escultura que não possui articulações móveis ou relações cinéticas.
Esta não é uma retrospectiva de Franz Weissmann, mas uma antologia. Professor, artista, participante dos mais importantes movimentos da arte brasileira da segunda metade do século XX, ganhador de vários prêmios, incluindo o da 4ª Bienal de São Paulo (1957), e com uma produção de cerca de 60 anos, Weissmann teve presença decisiva na passagem do moderno ao contemporâneo nas artes visuais brasileiras. Em pouco tempo, criou uma nova trajetória para a escultura no país: suprimindo sua base, transmitiu a ela uma qualidade de desenho no espaço, e, com poucos pontos de fixação, conseguiu que uma obra pesando centenas de quilos pousasse sobriamente no solo.
São Paulo não recebia uma exposição com tantas obras de Weissmann há aproximadamente 10 anos. Estão aqui obras icônicas, mas também aquelas nunca vistas, como alguns Amassados e desenhos realizados no início da década de 1960, após sua viagem à Índia e ao Japão. O contato com o zen budismo acentuou a presença dos espaços vazados e tornou aparente a expressividade das linhas e dos campos de cor em meio à sua pesquisa de tendência construtiva.
Entre os vetores que a exposição explora está a forma como conclama o espectador para a participação, mesmo se tratando de uma escultura que não possui articulações móveis ou relações cinéticas. Ao circundar suas esculturas, presenciamos uma renovada construção de formas. Outro vetor é a cor, cuja intenção é transmitir ainda mais força expressiva e dinâmica, “comunicá-la mais, quebrar o silêncio da pureza geométrica”, em suas próprias palavras.
A mostra também denota o seu pioneirismo na pesquisa de uma escultura abstrata em meio a uma tradição ainda figurativa no Brasil e que em alguns casos aproximava-se de questões acerca do que seria uma identidade nacional. A Weissmann, contudo, interessava um rasgo nessa retórica. Sua escultura traz leveza e afetuosidade, potências que estávamos pouco acostumados a ver no Brasil.
Decidi por um formato de exposição não cronológico – embora em alguns momentos essa percepção possa ser adotada pelo público – em que prevaleceu um olhar mais poético, ressaltando a maneira em como o ar e o vazio, ao contrário de “representações” do nada, adquirem o estatuto de material da obra, muitas vezes o mais abundante. Processos que seriam dialéticos (tais como cheio e vazio; leve e pesado; macro e microescala; dureza e flexibilidade) se unem e se confundem em sua obra.
Finalmente, ao lado do Rio de Janeiro, é em São Paulo que se encontra a maior parte das obras públicas de Weissmann. Em sua trajetória, o signo construtivo tem outra vitalidade ao ganhar a escala urbana. Fica o convite para que a exposição, além da visita às galerias, se estenda pelas ruas da cidade.
Felipe Scovino
Curador
Cristina R. Durán:
cristina.duran@conteudonet.com
Mariana Zoboli:
mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari:
roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa:
larissa.correa@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos):
carina.bordalo@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1906
Franz Weissmann: o vazio como forma
Abertura:
27 de novembro (quarta-feira)
Visitação:
28 de novembro de 2019 a 9 de fevereiro de 2020
Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Pisos: 1º andar, -1 e -2
Entrada Gratuita
Classificação: livre
Curadoria:
Felipe Scovino
Projeto Expográfico:
UNA barbara e valentim
Projeto de acessibilidade:
Museus Acessíveis
Desenvolvimento da maquete virtual:
Itaú Cultural e Odair Gaspar
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Realização:
Serviço