institucional
Um imigrante coloca a arquitetura brasileira na modernidade
A arquitetura sempre desempenhou papel importante na história da arte – como forma de incorporar à paisagem urbana a face dos novos tempos. Com o modernismo não foi diferente. Em um momento no qual São Paulo era dominada pelo ecletismo – completo de ornamentos e um tanto imponente –, desembarcou na capital paulista o arquiteto Gregori Warchavchik (1896-1972). O imigrante ucraniano chegou ao Brasil, em 1923, carregado dos debates que já aconteciam na Europa acerca da arquitetura – e dois anos depois, em 1925, levou aos jornais essas questões e um novo pensamento arquitetônico com o manifesto Acerca da arquitetura moderna.
Seus ideais se manifestam nos seus dois primeiros projetos, a casa da Rua Santa Cruz (de 1928) e a da Rua Itápolis (1930). Os trabalhos implicaram, desde esse momento, uma ruptura, uma nova linguagem. Apontaram, por outro lado, todos os limites da época em que se constituíram. Warchavchik teve não só de driblar impedimentos legais (que impunham o estilo construtivo citado), como também de se adequar às dificuldades tanto de infraestrutura (em um Brasil que a solavancos se modernizava) quanto dos entendimentos do público e do mercado sobre o que deveria ser a cidade e o que deveria ser a arquitetura.
Acompanhar o percurso de Warchavchik é, assim, perceber as contradições que saturam o caminho da inovação. A Ocupação Gregori Warchavchik se aprofunda na história do arquiteto, apresentando as rupturas e os entraves de seus mais relevantes projetos. A mostra acontece também no Museu Lasar Segall, projetado pelo arquiteto em 1932 para ser residência do pintor e de sua esposa, a escritora Jenny Klabin Segall, cunhados de Warchavchik. Esta 44ª Ocupação integra a série de exposições do Itaú Cultural sobre figuras decisivas da nossa arquitetura, com as mostras de Paulo Mendes da Rocha, Vilanova Artigas, Flávio Império, Oscar Niemeyer e Sergio Rodrigues. Há, ainda, uma publicação impressa, com textos que abordam a trajetória do homenageado e as peculiaridades de seu olhar estrangeiro. Em itaucultural.org.br/ocupacao parte do material da exposição é disponibilizada com um conteúdo exclusivo, como entrevistas.
O programa Ocupação Itaú Cultural reaviva a memória e o acervo de artistas essenciais à percepção da cultura brasileira. Conheça mais: www.itaucultural.org.br.
Itaú Cultural
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Ocupação Gregori Warchavchik
De 27 de abril a 23 de junho
No Itaú Cultural
Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Piso térreo
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
No Museu Lasar Segall
Quartas-feiras a segundas-feiras, 11h às 19h
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita
Rua Berta, 111
Fone: 11. 2168-1777
Café | Wi-Fi | Fraldário | Bicicletário
Ar condicionado
Realização:
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Mariana Zoboli: mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa:
larissa.correa@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos)
carina.bordalo@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1906