Famílias

Entre o ancestral, o contemporâneo e o fazer

Três famílias, como as curadoras denominam os núcleos, formam a exposição.  Ancestralidades honra saberes antigos. Contemporaneidades apresenta uma teia de questões políticas que interseccionam aspectos como gênero, raça, sexualidade e classe. Em Fazeres Contínuos a criação nunca cessa. Entenda mais, aqui.

ANCESTRALIDADES

Piso 1

Nesta família artística, os saberes antigos são mantidos e honrados, conectando tempos distantes de forma circular, sem a rigidez da linearidade. O fiar do tear, repetido por gerações, não é apenas uma técnica, mas um ritual sagrado, um elo entre o passado e o presente que valoriza cada gesto e cada memória. Aqui, o tempo é tecido como um ciclo contínuo no qual histórias e tradições vibram nas mãos que criam, nas palavras que evocam e nas memórias que permanecem.

É importante destacar que distinguimos “modismo” como um termo que se refere à utilização massiva e efêmera de determinada materialidade da moda. E chamamos de “moda” tudo aquilo que modula a nossa presença no mundo, evocando-a como expressão daquilo que nos afeta e, assim, produzindo e reforçando afetos entre as pessoas, a natureza e todas as formas de vida, visíveis e invisíveis.

Em cada trama, imagem, costura, bordado ou joia exposta neste espaço, é a importância do ser que alicerça o parecer. Ancestralidades nos instiga a sentir a força desse passado vivo, a vestir o que fomos e continuamos a ser, a celebrar a manualidade e a resistência silenciosa contida em cada fio e trama, respeitando o legado dos que vieram antes e nos conduzem no presente.

Convidamos todos a reconhecer suas ancestralidades a partir do trabalho de artistas que evocam história, memória, resistência e laços afetivos por meio da escultura, da fotografia, das vestes e de outras materialidades que tocam naquilo que já conhecemos, mas que nem sempre intitulamos de moda.

CONTEMPORANEIDADES

Piso -1

Neste espaço estão reunidos objetos vestíveis corpóreos que nos provocam a repensar os usos da moda e nos convidam a ser, nós mesmos, o suporte da arte. Por que escolhemos o básico na vida cotidiana? Quanto da colonialidade do poder está impregnado nas regras de elegância indumentária? Este conjunto de obras é uma proposta de extrapolar a imagem refletida no espelho e reimaginar os modos de habitar o mundo, reinventando a nós mesmos e nosso entorno em uma explosão de possibilidades de existência.

Neste piso, os tempos se entrelaçam de forma não linear, criam uma teia de questões políticas que interseccionam aspectos como gênero, raça, sexualidade e classe. Esta família artística compõe uma cena diversa e mescla nomes consagrados da moda brasileira com vozes independentes e alternativas que desafiam o sistema tradicional. Cada obra, à sua maneira, tensiona e questiona os limites do que é visto como norma, expandindo as fronteiras do vestuário e suas representações.

Contemporaneidades provoca, desafia e desconstrói. Permite que as histórias, antes isoladas, se entrelacem em um movimento contínuo no qual o agora se transforma em resistência viva. A moda emerge como um veículo de mudança, cruzando narrativas, reivindicando espaços e traçando novos caminhos. É o reflexo de um presente que não é estanque, mas múltiplo e aberto a novas linhas.

FAZERES CONTÍNUOS

Piso -2

Com um agrupamento de artistas cuja característica central é o investimento da vida e do trabalho na materialização da arte do vestir, intitulamos este piso de Fazeres contínuos, propondo a seguinte reflexão: quanto do fazer constitui o saber da moda?

Este é um espaço onde a criação nunca cessa, onde o ato de desenhar, costurar e imaginar está em constante fluxo. Nesta família artística, o ateliê não é apenas um local de trabalho, mas uma extensão da própria arte, misturando-se com a obra. O espaço transforma-se, assim, em uma peça central na criação da arte.

Que seja um convite para que sintam suas mãos como tentáculos que ampliam o alcance e o exercício de suas mentes. E que, para além do desenho de nossa corporalidade, possamos ativar todas nossas potências para a invenção de um mundo que nos caiba (para além do P, M, G), no qual pessoas como nós possam se projetar – vivas – em um futuro melhor.

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Abertura: 19h30 de 27 de novembro de 2024 (quarta-feira)
Até 23 de fevereiro de 2025
Terça-feira a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feriados das 11h às 19h
Pisos 1, -1 e -2

Concepção e realização: Itaú Cultural  
Curadoria: Carol Barreto e Hanayrá Negreiros
Assistência de curadoria: Adriele Regine
Projeto expográfico: Estúdio Gabriela de Matos de Arquitetura

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 – próximo à estação de metrô Brigadeiro
Visitação: Terça-feira a sábado, das 11h às 20h; domingos e feriados, das 11h às 19h.
Entrada: gratuita

Mais informações:
Telefone: (11) 2168-1777
Whatsapp: (11) 963831663
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br

Acesso para pessoas com deficiência física.
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.


MOSTRA NA ITAÚ CULTURAL PLAY
A partir de 27 de novembro
www.itauculturalplay.com.br
Smart TVs da Samsung, LG e Apple TV
Aplicativos para dispositivos móveis (Android e iOS) e Chromecast.  
Filmes:  
• Favela é moda, de Emílio Domingos
• O ponto firme, de Laura Artigas  
• A costura do invisível, de Jum Nakao  
• Estou me guardando para quando o carnaval chegar, de Marcelo Gomes
• Ôrí, de Raquel Gerber

ENCONTROS IC PLAY
O Figurino vestindo Histórias

Dia 26 de novembro (terça-feira), às 19h
Sala Vermelha (Piso 3)
Capacidade: 60 lugares
Duração: 120 minutos
Classificação indicativa: Livre
Entrada gratuita: reservas de ingressos na quarta-feira da semana anterior à apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural
www.itaucultural.org.br

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