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Em um ano no qual apenas mulheres serão temas do programa Ocupação Itaú Cultural, chegou a vez de Conceição Evaristo. Trigésimo quarto nome nesta galeria de homenageados, a escritora mineira, nascida em 1946 na extinta favela do Pindura Saia, no bairro Cruzeiro, em Belo Horizonte, vem trazendo sua “escrevivência”
– a escrita que nasce das vivências e do cotidiano – marca de toda sua obra.

 

O espaço expositivo convida o público para entrar no mundo de Conceição Evaristo de forma sensorial. Por meio de uma narrativa audiovisual não cronológica, a história será contada tendo como mote o campo afetivo de criação da escritora. “Minha literatura só toca as pessoas porque ela tem o sabor da vida”, diz ela
(em entrevista para a publicação preparada pelo instituto para esta Ocupação).

 

Além de manuscritos de poemas e contos, compõem a cenografia da Ocupação cartas de familiares e amigos, objetos pessoais, obras que foram referência para Conceição. Pequenos fragmentos de um universo feminino, forte, inspirado e imenso.

 

Apesar de escrever há bastante tempo, Conceição só chegou ao reconhecimento literário recentemente. Entre os destaques de sua obra, o romance de estreia Ponciá Vicêncio (2003), cuja personagem-título carrega toda a solidão do mundo,
e Becos da Memória (2006), que narra a vida de moradores de uma favela prestes
a acabar e tem sua trajetória contada na exposição, do primeiro contato com a editora até o lançamento.

 

O projeto Cartas Negras, criado por Conceição e algumas amigas escritoras
nos anos 1990, volta atualizado (na publicação do instituto e nas paredes da exposição), trazendo para essa roda de mulheres jovens escritoras. Em uma troca de correspondências, elas vão além das questões pessoais e discutem temas universais como solidão, machismo e racismo. Uma homenagem a Joana Josefina Evaristo, mãe de Conceição, a qual colecionou cadernos de escritos por muitos anos, também pode ser encontrada como encarte da publicação.

 

 

 

Itaú Cultural

 

SERVIÇO

Ocupação Conceição Evaristo

Coquetel de abertura: 3 de maio (quarta-feira), às 20h

Visitação: 4 de maio (quinta-feira) a 18 de junho (domingo)

Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h

[permanência até as 20h30]

Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h

Piso térreo

 

 

Acesso para pessoas com deficiência

Ar condicionado

 

Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108

Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:

3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.

Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Itaú Cultural

Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô

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