Seminário

Em sinergia com a mostra, Observatório Itaú Cultural realiza seminário sobre arte e saúde mental

De 24 a 26 de maio (terça-feira a quinta-feira), sempre a partir das 10h e até 11h30, o Seminário cultura, saúde mental e bem-estar reúne psiquiatras, curadores e personalidades ligadas à gestão cultural e ao estudo da saúde mental. Com realização do Observatório Itaú Cultural, a ação é composta de uma mesa por dia, com convidados e um mediador, que pode ser acompanhada online, na página do YouTube, com tradução inglês/português no dia 25 e interpretação em Libras durante todo o seminário.
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Além de atuar em sinergia com a mostra Bispo do Rosário – Eu vim: aparição, impregnação e impacto, em cartaz nos três andares do espaço expositivo da instituição, o evento é um desdobramento das reflexões publicadas na Revista do Observatório 31. Esta edição está integralmente voltada à saúde mental e à sua relação com a arte e cultura. A publicação aborda desde impactos econômicos gerados pelo aumento das doenças mentais a iniciativas realizadas nos cinco continentes tendo a arte como terapia e, igualmente, produto de valor artístico gerado por quem a produz. Recém lançada, a revista está disponível no site do Observatório Itaú Cultural.

O primeiro debate, na terça-feira, 24, leva o nome do próprio seminário, Cultura, Saúde Mental e Bem Estar. O tema é a cultura e as artes na promoção de saúde e de cuidado e na produção de novas subjetividades, de desconstrução de estigmas e afirmação da diversidade como potência. Com mediação de Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural, ela reúne Ana Paula Guljor, psiquiatra, pesquisadora da Fiocruz e editora da Revista do Observatório 31 e Ricardo Resende, curador do Museu Bispo do Rosario Arte Contemporânea.
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A mesa seguinte, na quarta-feira, 25, se chama Arte, saúde mental e neurociência. Ela trata das possíveis contribuições das artes para a prevenção ou reabilitação de quadros neurológicos e de como a criação artística e a fruição artística fazem bem ao cérebro. Aqui, Ana Paula Guljor faz a mediação, entre Alfred Sholl-Franco, professor associado do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF) e Tasha Golden, diretora de Pesquisa do International Arts + Mind Lab da Johns Hopkins University.

Por fim, no último dia do seminário, quinta-feira, 26, a mesa se chama Benefícios sociais e econômicos do uso das artes e cultura. O debate é sobre programas e instituições pelo mundo que promovem laboratórios, pesquisas e políticas públicas expandindo as fronteiras entre as artes, a cultura e a saúde mental. Conta com Carmen Lúcia Albuquerque de Santana, professora na residência de enfermagem psiquiátrica e saúde mental do Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.  A mediação é de Mariana Steffen, mestre em Políticas Públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pesquisadora da People’s Palace Projects.

Alfred Sholl-Franco é professor associado do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ) e coordenador do Núcleo de Divulgação Científica e Esino de Neurociências (NuDCEN/UFRJ), vice coordenador da Redeneuro e pesquisador associado ao Laboratório de Neurogênese. Líder do Neuroeduc/CNPq e do Grupo de Pesquisa em Neuroimunologia (Neuroimuno)/CNPq e fundador da Organização Ciências e Cognição, no Rio de Janeiro. É biólogo, neurocientista, mestre e doutor em ciências biológicas, na modalidade biofísica. É membro permanente da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), da Society for Neuroscience (SfN), da Mind, Brain and Education Society (MBES) e da Brasa.
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Ana Paula Guljor é psiquiatra, mestre e doutora em saúde pública pela Fiocruz. Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/Fiocruz-RJ; vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Mental (Abrasme); membro da Comissão Permanente dos Direitos da População em Privação de Liberdade do Conselho Nacional dos Direitos Humanos.    

Carmen Lúcia Albuquerque de Santana é professora na residência de enfermagem psiquiátrica e saúde mental do Departamento e Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas.  

‍Mariana Steffen é mestre em políticas públicas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pesquisadora da People’s Palace Projects na Queen Mary University of London.  

‍Ricardo Resende, curador de exposições e museus de arte, é mestre em história da arte pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), com carreira centrada na área museológica. Trabalha desde 1988 em instituições como o Museu de Arte Contemporânea (MAC/USP), o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), o Museu de Arte Contemporânea do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, a Fundação Nacional de Artes (Funarte), no Rio de Janeiro, e o Centro Cultural São Paulo (CCSP), tendo desempenhado as funções de arte-educador, produtor de exposições, museógrafo, curador-assistente, diretor-geral e curador. Foi curador do Projeto Leonilson, de 1996 a 2017. É conselheiro curatorial do Instituto de Arte Contemporânea (IAC), em São Paulo, e conselheiro do ICOM-BR. É curador do Museu Bispo do Rosário Arte Contemporânea, no Rio de Janeiro, desde 2014.  

‍Tasha Golden, diretora de pesquisas no International Arts+Mind Lab da Johns Hopkins University School of Medicine. Palestrante internacional e líder de pensamento em Artes + Saúde Pública, ela também é cantora, compositora e fundadora do Project Uncaged: um programa baseado em artes para meninas envolvidas na justiça. Prestou consultoria em iniciativas nacionais de saúde, atualmente é consultora internacional e professora adjunta do Centro de Artes em Medicina da Universidade da Flórida.