Canções e ritmos vindos da tradição africana em reconhecimento à identidade negra
Que Bloco É Esse, composição de Paulinho Camafeu, foi a primeira música do Ilê.
Hoje, gravada e regravada por uma dezena de artistas, que vão de Gilberto Gil a
O Rappa, encabeça uma longa lista de canções. Acompanhe as letras de algumas delas.
Passagem do Ilê Aiyê
(Luiz Bacalhau – música campeã do Festival, categoria Poesia/95)
Larga tudo que está fazendo
Sinhô e Sinhá
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar
Sinhô vai limpar a moenda
Que é pra noutro dia trabalhar
Sinhá tira a panela do fogo
Que é pra não embolar o acaçá
Arruma o torço do cabelo
Sacode esta saia que está de fubá
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar
África, Bahia, Liberdade, Curuzu
Venho do Barro Vermelho
Sou Ilê Aiyê, sou negro tu
Vem pra cá crioula,
Vem correndo me abraçar
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar
Quem ama o Ilê
Bota a cadeira na varanda
Começa a cantar ciranda
Esquece que o dia vai raiar
Ao longo da avenida, o coral anuncia
Como é linda a harmonia
Dos negros bonitos, a cantarolar
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar.
Ilê é Ímpar
(De Aloísio Menezes e Alberto Pita
música campeã do Festival, categoria Tema/95)
Minha nação é Ilê
Minha epiderme é negra
Tenho vinte e um, sou maior de idade
Lindo é subir o Curuzu
Difícil é chegar na cidade.
Sensual feminina com a pele divina
E bem faz ao ditado merecer
Aquela moça da praça, ainda espera pelo Ilê
E continua com graça até o dia amanhecer
3 x 7, de glória, seu nome na história
Resultado ímpar vinte e um
Ímpar é o Ilê, vinte e um fundamento de Ogum.
Nem quero nem saber
Se o fogo do Dragão
Acendeu o cachimbo do Saci
Eu estou pro Ilê, como a costa está para o Marfim
Ilê Vinte e Um
Ilê Fundamento de Ogum
llê Vinte e Um
Ilê, Quilombo é Curuzu.
Negra Tentação
(Carlão e Suka)
Foi em 1974. Se lembra Pretinha?
Nós dois éramos apenas namorados
Apaixonados cheios de prazer
Quando eu vi o llê passar por mim
Cantando assim:
Que Bloco é esse?
Que Bloco é esse?
Que Bloco é esse? Que eu quero saber,
mamãe Nanã
Sem querer apertei a sua mão
E com o peito cheio de emoção, gritei:
Oh! Que mundo lindo. Negro. Negro
Descobri a força e o poder
Comecei a desenvolver
e daí tudo melhorou
Se não fosse Ilê Aiyê
Ah, Ah, Ai, Ai ,Ai
És minha tentação negra
Vem me abraçar com seu tom sutil encantar
Ai, ai, ai, oi, oi, oi. Vem me apaixonar
Suinga, balança esse corpo, seu moço
Não seja inibido, nessa passarela negra
Ilê Aiyê Curuzu
Tem gente que vem na paleta,
Carona, de pé no buzu
Só pra ver esse corpo transado
Menina hum, hum, hum.
Ai, ai, ai, oi, oi, oi, vem me apaixonar
Ai, ai, Pretinha como eu te amo
Ai, ai Preta; Pretinha ai, ai.
Entre Laços da Vida
(Valmir Brito – Rui Poetta – Marcos Alafim)
No compasso da vida
Tem um canto pra se libertar
No Ilê Aiyê estar
Com Ilê Aiyê eu vou
Dá a volta por cima
Isso o tempo não pode negar
No Ilê Aiyê estar
Com Ilê Aiyê eu vou.
Vou lembrar, mas não ficar
No que passou
Dê a volta por cima
Não sangre a ferida
Voltando a se escravizar
Transformar seu passado
Em poesia, diante dessa melodia
O Ilê convoca o seu povo
Liberal pra vencer
Vou no pulsar da consciência
Numa nova resistência
Recordar é viver
Sábado à noite no Ilê
E entre laços e magia
Mais amado o amor dizia
De tanto prazer
Na liberdade Curuzu Aiyê.
Ilê líder dessa região
Livrai-me dessa escravidão mental [Refrão]
Faz do meu canto mundial
Olha aí que legal.
Ilê líder dessa região
Livrai-me dessa escravidão mental
Faz do negro fenomenal.
O Charme da Liberdade
(Adailton e Valter)
Não me pegue não
Me deixe à vontade
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da Liberdade
Quem não curte não sabe
O que está perdendo
É tanta felicidade
Que o Ilê Aiyê vem trazendo
Dezoito anos de glória
Não são dezoito dias
Nesta linda trajetória
No carnaval da Bahia
É tão hipnotizante
O suingue dessa banda
Oh! minha beleza negra
Aqui é você quem manda
Vai exalar seu charme
Para o mundo ver
E provar que você
É Deusa negra do Ilê
É sábado de carnaval
Que tremendo zum, zum, zum
Ele está se preparando
Para subir o Curuzu
Quem não aguenta chora
De tanta emoção
Deus teve o imenso prazer
De criar essa perfeição.
Encanterê
(Guiguio)
Ei não, não, não me deixe aqui
Me leva com você, meninos da Banderê
Ei não não, não
Esse jeito bonito de crescer
Esse toque levado de suingar
Miniatura tu és meu bem querer
Me fascina e me leva a cantar
Ei não não, não
O estudo é a glória pra você
O repique e o surdo é o seu prazer
Amanhã tu serás homem feliz
Pois você é o futuro do Ilê
Ei não não, não
Não se avexe menino eu sou você
Que encanta e recanta o viver
Garotada travessa vim te ver
Oh meus negros bonitos da Banderê.
Negros de Luz
Edson Carvalho (Xuxu)
Eu não tenho a força só porque sou o primeiro
É simplesmente por ser Ilê
O quilombo dos negros de luz
Saudando a força de todos os quilombolas
Que lutaram bravamente para manter viva
A nossa história.
Vamos exaltar a heroína Zeferina
Acotirene guerreira princesa negra
Negra Dandara rainha da beleza
Ganga Zumba outro nosso grande líder
A todo povo que a raça negra fez valer
Esse quilombo que hoje completa 15 anos
Ao líder quilombola Vovô do Ilê Aiyê
A epopeia negra hoje é narrada
E vai cantando o coral negro Ilê Aiyê
Se tiver de ser!
Será assim: nós faremos Palmares de novo
Vamos escrever a nossa verdadeira história
Zumbi não morreu, ele está vivo
em cada um de nós
Será que eles não vêem?
Será que eles não ouvem o nosso
grito de liberdade
Valeu Zumbi!
Rei Zumbi d’Angola Nadjanga rei rei Zumbi
Rei Zumbi d’Angola Nadjanga rei rei Zumbi
Madeira o, o, o.
Madeira o, o, o.
Serviço
Ocupação Ilê Ayê
Abertura: 3 de outubro (quarta-feira), às 20h
Encerramento: 6 de janeiro de 2019
Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Piso térreo
Classificação indicativa: Livre
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência
Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete na recepção do Itaú Cultural:
3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Cristina R. Durán: cristina.duran@conteudonet.com
Karinna Cerullo: cacau.cerullo@conteudonet.com
Mariana Zoboli: mariana.zoboli@conteudonet.com
Roberta Montanari: roberta.montanari@conteudonet.com
No Itaú Cultural:
Larissa Correa:
larissa.correa@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1950
Carina Bordalo (programa Rumos)
carina.bordalo@terceiros.itaucultural.org.br
Fone: 11.2168-1906
Serviço
Ocupação Ilê Ayê
Abertura: 3 de outubro (quarta-feira), às 20h
Encerramento: 6 de janeiro de 2019
Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Piso térreo | Classificação indicativa: Livre
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência | Ar condicionado
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Canções e ritmos vindos da tradição africana em reconhecimento à identidade negra
Que Bloco É Esse, composição de Paulinho Camafeu, foi a primeira música do Ilê. Hoje, gravada e regravada por uma dezena de artistas, que vão de Gilberto Gil
a O Rappa, encabeça uma longa lista de canções. Acompanhe as letras de algumas delas.
Passagem do Ilê Aiyê
(Luiz Bacalhau – música campeã do Festival, categoria Poesia/95)
Larga tudo que está fazendo
Sinhô e Sinhá
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar
Sinhô vai limpar a moenda
Que é pra noutro dia trabalhar
Sinhá tira a panela do fogo
Que é pra não embolar o acaçá
Arruma o torço do cabelo
Sacode esta saia que está de fubá
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar
África, Bahia, Liberdade, Curuzu
Venho do Barro Vermelho
Sou Ilê Aiyê, sou negro tu
Vem pra cá crioula,
Vem correndo me abraçar
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar
Quem ama o Ilê
Bota a cadeira na varanda
Começa a cantar ciranda
Esquece que o dia vai raiar
Ao longo da avenida, o coral anuncia
Como é linda a harmonia
Dos negros bonitos, a cantarolar
Pois já é boca da noite
É hora do Ilê passar.
Ilê é Ímpar
(De Aloísio Menezes e Alberto Pita
música campeã do Festival,
categoria Tema/95)
Minha nação é Ilê
Minha epiderme é negra
Tenho vinte e um, sou maior de idade
Lindo é subir o Curuzu
Difícil é chegar na cidade.
Sensual feminina com a pele divina
E bem faz ao ditado merecer
Aquela moça da praça, ainda espera pelo Ilê
E continua com graça até o dia amanhecer
3 x 7, de glória, seu nome na história
Resultado ímpar vinte e um
Ímpar é o Ilê, vinte e um fundamento de Ogum.
Nem quero nem saber
Se o fogo do Dragão
Acendeu o cachimbo do Saci
Eu estou pro Ilê, como a costa está para o Marfim
Ilê Vinte e Um
Ilê Fundamento de Ogum
llê Vinte e Um
Ilê, Quilombo é Curuzu.
Negra Tentação
(Carlão e Suka)
Foi em 1974. Se lembra Pretinha?
Nós dois éramos apenas namorados
Apaixonados cheios de prazer
Quando eu vi o llê passar por mim
Cantando assim:
Que Bloco é esse?
Que Bloco é esse?
Que Bloco é esse? Que eu quero saber,
mamãe Nanã
Sem querer apertei a sua mão
E com o peito cheio de emoção, gritei:
Oh! Que mundo lindo. Negro. Negro
Descobri a força e o poder
Comecei a desenvolver
e daí tudo melhorou
Se não fosse Ilê Aiyê
Ah, Ah, Ai, Ai ,Ai
És minha tentação negra
Vem me abraçar com seu tom sutil encantar
Ai, ai, ai, oi, oi, oi. Vem me apaixonar
Suinga, balança esse corpo, seu moço
Não seja inibido, nessa passarela negra
Ilê Aiyê Curuzu
Tem gente que vem na paleta,
Carona, de pé no buzu
Só pra ver esse corpo transado
Menina hum, hum, hum.
Ai, ai, ai, oi, oi, oi, vem me apaixonar
Ai, ai, Pretinha como eu te amo
Ai, ai Preta; Pretinha ai, ai.
Entre Laços da Vida
(Valmir Brito – Rui Poetta – Marcos Alafim)
No compasso da vida
Tem um canto pra se libertar
No Ilê Aiyê estar
Com Ilê Aiyê eu vou
Dá a volta por cima
Isso o tempo não pode negar
No Ilê Aiyê estar
Com Ilê Aiyê eu vou.
Vou lembrar, mas não ficar
No que passou
Dê a volta por cima
Não sangre a ferida
Voltando a se escravizar
Transformar seu passado
Em poesia, diante dessa melodia
O Ilê convoca o seu povo
Liberal pra vencer
Vou no pulsar da consciência
Numa nova resistência
Recordar é viver
Sábado à noite no Ilê
E entre laços e magia
Mais amado o amor dizia
De tanto prazer
Na liberdade Curuzu Aiyê.
Ilê líder dessa região
Livrai-me dessa escravidão mental [Refrão]
Faz do meu canto mundial
Olha aí que legal.
Ilê líder dessa região
Livrai-me dessa escravidão mental
Faz do negro fenomenal.
O Charme da Liberdade
(Adailton e Valter)
Não me pegue não
Me deixe à vontade
Deixe eu curtir o Ilê
O charme da Liberdade
Quem não curte não sabe
O que está perdendo
É tanta felicidade
Que o Ilê Aiyê vem trazendo
Dezoito anos de glória
Não são dezoito dias
Nesta linda trajetória
No carnaval da Bahia
É tão hipnotizante
O suingue dessa banda
Oh! minha beleza negra
Aqui é você quem manda
Vai exalar seu charme
Para o mundo ver
E provar que você
É Deusa negra do Ilê
É sábado de carnaval
Que tremendo zum, zum, zum
Ele está se preparando
Para subir o Curuzu
Quem não aguenta chora
De tanta emoção
Deus teve o imenso prazer
De criar essa perfeição.
Encanterê
(Guiguio)
Ei não, não, não me deixe aqui
Me leva com você, meninos da Banderê
Ei não não, não
Esse jeito bonito de crescer
Esse toque levado de suingar
Miniatura tu és meu bem querer
Me fascina e me leva a cantar
Ei não não, não
O estudo é a glória pra você
O repique e o surdo é o seu prazer
Amanhã tu serás homem feliz
Pois você é o futuro do Ilê
Ei não não, não
Não se avexe menino eu sou você
Que encanta e recanta o viver
Garotada travessa vim te ver
Oh meus negros bonitos da Banderê.
Negros de Luz
Edson Carvalho (Xuxu)
Eu não tenho a força só porque sou o primeiro
É simplesmente por ser Ilê
O quilombo dos negros de luz
Saudando a força de todos os quilombolas
Que lutaram bravamente para manter viva
A nossa história.
Vamos exaltar a heroína Zeferina
Acotirene guerreira princesa negra
Negra Dandara rainha da beleza
Ganga Zumba outro nosso grande líder
A todo povo que a raça negra fez valer
Esse quilombo que hoje completa 15 anos
Ao líder quilombola Vovô do Ilê Aiyê
A epopeia negra hoje é narrada
E vai cantando o coral negro Ilê Aiyê
Se tiver de ser!
Será assim: nós faremos Palmares de novo
Vamos escrever a nossa verdadeira história
Zumbi não morreu, ele está vivo
em cada um de nós
Será que eles não vêem?
Será que eles não ouvem o nosso
grito de liberdade
Valeu Zumbi!
Rei Zumbi d’Angola Nadjanga rei rei Zumbi
Rei Zumbi d’Angola Nadjanga rei rei Zumbi
Madeira o, o, o.
Madeira o, o, o.
Serviço
Ocupação Ilê Ayê
Abertura: 3 de outubro (quarta-feira), às 20h
Encerramento: 6 de janeiro de 2019
Terças-feiras a sextas-feiras, das 9h às 20h
(permanência até as 20h30)
Sábados, domingos e feriados, das 11h às 20h
Piso térreo | Classificação indicativa: Livre
Avenida Paulista, 149, Estação Brigadeiro do Metrô
Fones: 11. 2168-1777
Acesso para pessoas com deficiência | Ar condicionado
Estacionamento: Entrada pela
Rua Leôncio de Carvalho, 108
Se o visitante carimbar o tíquete
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3 horas: R$ 7; 4 horas: R$ 9; 5 a 12 horas: R$ 10.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
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