Entre maio e junho, sempre aos sábados, o piso -2 de Além das Ruas: histórias do graffiti, abriga oficinas ministradas pelo Matéria Rima, cujo tema gira em torno do universo do grafite e do hip-hop. O Núcleo de Formação do Itaú Cultural também preparou programação, entre passeios pela Paulista e a construção de um painel colaborativo a ser composto por criações do público, entre outros.
Ainda, a mostra oferece acessibilidade com 11 obras táteis, assim como o piso, videoguias com interpretação em libras e audio descrição em todos os andares, além de atendimento educativo disponível para todo público.
OFICINAS- GRUPO MATÉRIA RIMA
Em maio, o assunto da primeira oficina da Matéria Rima é a break dance, dança intrinsecamente ligada ao universo do grafite. Nos sábados, dias 13, 20 e 27, das 14h às 15h30, o Matéria Rima propõe um ateliê onde o participante aprende noções básicas deste movimento. As oficinas são precedidas de apresentações de 30 minutos de break dance. Serão de 20 a 25 vagas, oferecidas de forma rotativa – se uma pessoa sair, abre vaga para outra entrar. A oficina do dia 20 terá interpretação em Libras.
A rima é a inspiração das oficinas de junho. No universo do grafite, ela engloba o hip-hop e as batalhas de rima. As oficinas estão marcadas para os dias 10 e 24 de junho, também das 14h às 15h30 e o mesmo número de vagas em esquema rotativo. Nestas, o Matéria Rima propõe uma iniciação à criação de rimas e ao hip-hop, contando com a presença de um DJ e a apresentação de um espetáculo durante a meia hora inicial. Neste mês, ainda, o Núcleo de Formação do Itaú Cultural realiza oficinas nos sábados dias, 3 e 17, acompanhando a temática da rima, com foco slam e a participação especial de Edinho, um dos educadores do Itaú Cultural, que é surdo e se comunica por meio de libras, a língua brasileira dos sinais. A oficina do dia 24 terá interpretação em Libras.
FORMAÇÃO
Nos sábados de junho, dias 3 e 17, o Núcleo de Formação do Itaú Cultural oferece atividades de poesia e Slam/Sarau no piso -2 da exposição.
Em todos os domingos do mesmo mês, sempre às 15h, os educadores da instituição promovem uma intervenção de grafite estêncil – elaborado inicialmente no mesmo piso – na Avenida Paulista, na calçada em frente ao IC.
Às 15h dos sábados de julho são realizados ateliês-livres de arte urbana, dentro do prédio do IC. A proposta é criar um espaço de experimentação de linguagens artísticas relacionadas às artes urbanas, em formato livre.
As manhãs dos domingos, 9 e 23 de julho, a partir das 11h, estão reservadas para passear pela Avenida Paulista, fechada para os carros. A ideia é observar a arte urbana presente naquela via e trocar informações e observações a seu respeito.
Ainda em julho, os educadores do IC também oferecem oficinas sobre as diversas técnicas do grafite, como desenho e texto, estêncil, lambe-lambe.
ACESSIBILIDADE
VIDEOGUIAS
Ao lado da linha do tempo situada no piso 1 da exposição, um videoguia, com interpretação em Libras, o público conhece um breve panorama da história do grafite para ser introduzido à mostra. Ele conta que, para alguns, o grafite tem origem na Idade da Pedra, com a arte rupestre e, para outros, surgiu na cidade de Pompéia, durante o Império Romano, com a prática do graffito palavra do latim que significa escrita feita em carvão, usado para escrever nas paredes mensagens de repúdio ao Império Romano. A partir daí segue a linha da história até os tempos atuais.
No piso -1, o videoguia versa sobre o hiper-realismo no grafite e os suportes variados que o sustentam. Aqui, ele conta que um dos estilos que mais tem chamado a atenção atualmente é grafite hiper-realistas. Ele indica uma das obras em exposição neste andar, que é de Clara Leff, paulistana formada em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes. Ela começou a grafitar em 2015 e seus trabalhos trazem a temática do ser mulher em um cenário predominantemente masculino na arte e no grafite. Outro artista hiper-realista ali presente é Marcelo Valentim Marinho, conhecido como Mazola Marcnou, que expõe O garoto por trás das latas.
Para entender os diferentes suportes a que o grafite pode ser aplicado, ainda neste videoguia é indicada a obra de Kelly Reis, artista plástica, professora e ilustradora, além de grafiteira. Em alguns de seus trabalhos, ela utiliza as próprias latas de spray como “telas” para fazer seus grafites, retratando figuras femininas místicas, mulheres mestiças com arquétipos de matrizes africanas, asiáticas e indígenas.
Um videoguia no piso -2 apresenta a obra presente nesta exposição do artista grafiteiro baiano Odrus, radicado em São Paulo. Ele é surdo e tem uma longa história de privações financeiras e de preconceito por sua surdez, que o acabaram levando para o crime. Aos 16 anos foi detido e enviado para uma unidade socioeducativa, onde seguiu enfrentando o preconceito por sua condição. Foi no desenho que ele encontrou refúgio.
Aos 18 anos, já fora da unidade socioeducativa, um amigo lhe apresentou o grafite por meio de uma revista com fotos de trabalhos de grafiteiros famosos pelo mundo. Nesse momento, ele achou o seu caminho. Hoje, Odrus é um artista reconhecido dentro e fora do Brasil, com um trabalho que une a poética e a sua luta. O seu nome artístico, ele escolheu, pois se trata de um anagrama da palavra “surdo”.
Mais um vídeoguia neste andar trata de um tema constante: a diferença entre grafite e pixação. Ele explica que o primeiro, surgiu do segundo. Na exposição tem dois artistas brasileiros que são referência na pichação. Um é Djan Ivson, o Djan Cripta, artista com mais de 20 anos de carreira, conhecido mundo afora após polêmica intervenção nas paredes da 28º Bienal de Arte em São Paulo, em 2008. Tem, também, Irene Avramelos, a ENERI, mulher grafiteira que, faz 6 anos, atua na cidade de São Paulo. Desde o começo da sua carreira, ela nunca ficou no anonimato, sempre dando as caras para lutar pelo seu espaço e identidade.
Ambos os artistas praticam a chamada “escalada”, uma modalidade de pichação que exige subidas em prédios sem qualquer tipo de equipamento de segurança, arriscando-se para encontrar um lugar perfeito para deixar a sua marca. Djan Cripta, detém o recorde de maior escalada já feita por ter subido um prédio de 30 andares para fazer sua pichação.
OBRAS TÁTEIS
Peixango flutuante, 2023
André Gonzaga Dalata
Bicho Coisa (tatu), 2023
Dninja Bichocoisa
Lata de spray, 2023
Kelly Reis
Boneco de pelúcia, s/d
Tinho
Metabiótica 8, 2003
Alexandre Órion
VERACIDADE 18:45, 2021
Mauro Neri
Mural da Luz, 2011
Daniel Melim
Tag do artista
Cripta
Tag da artista
Eneri
Tag do artista
Dino
Pássaro, 2016
Speto
De 6 de maio, a partir das 11h, a 30 de julho
Terça-feira a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feriados das 11h às 19h
Concepção e realização: Itaú Cultural
Curadoria: Binho Ribeiro
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 – próximo à estação de metrô Brigadeiro / Piso térreo
Entrada: gratuita
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108. Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Informações: pelo telefone (11) 2168-1777
Whatsapp: (11) 963831663
E-mail:
atendimento@itaucultural.org.br
Shows
DJ Livea convida Tasha e Tracie
Dias 4 e 5 de maio (quinta-feira e sexta-feira, às 20h)
Sala Itaú Cultural
Ingressos: gratuitos
Reservas: com uma semana de antecedência pelo INTI, acesso pelo site www.itaucultural.org.br
Capacidade: 224 lugares
Thaíde
Dias 6 e 7 de maio (sábado, às 20h, e domingo, às 19h)
Sala Itaú Cultural
Ingressos: gratuitos
Reservas: com uma semana de antecedência pelo INTI, acesso pelo site www.itaucultural.org.br
Capacidade: 224 lugares
Protocolos
- É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após este horário, o ingresso não será mais válido.
- A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar, para retirada de senha que será trocada por eventuais ingressos de pessoas que não compareceram.
- Devolução de ingresso:
Em caso de imprevistos ou impossibilidade de comparecimento à programação para a qual reservou o ingresso, solicite o cancelamento pelo e-mail ajuda@byinti.com até 2 horas antes do início do evento. Isso garante que o ingresso seja utilizado por outras pessoas que queiram o assistir ao evento.
- Fila de espera em programações com ingressos esgotados:
Os ingressos reservados valem até 10 minutos antes do início da sessão. Após esse horário, os que não tiverem o check-in feito na entrada do auditório serão disponibilizados para a fila de espera organizada presencialmente.
- Programação sujeita a cancelamento:
A programação, virtual ou presencial, poderá ser cancelada em caso de contaminação por Covid-19 de qualquer artista envolvido. Nesse caso, os ingressos adquiridos perdem a validade. O público que reservou o ingresso será notificado por e-mail. Um eventual reagendamento da programação ficará a exclusivo critério do IC, de acordo com a disponibilidade de agenda, sem preferência para quem adquiriu os ingressos anteriormente.
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