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Atividades educativas e recursos de acessibilidade permeiam a exposição

Em sinergia com a abertura da mostra Além das ruas: histórias do graffiti a Sala Itaú Cultural apresenta shows de Dj Livea, com participação de Tasha e Tracie, nos dias 4 e 5, quinta-feira e sexta-feira, e Thaíde, no sábado e domingo, 6 e 7 de abril. Todas as apresentações começam às 20h, com exceção da última, no domingo, que tem início às 19h. Os ingressos são gratuitos e devem ser reservados com antecedência via INTI. 

DJ Livea, nascida e criada no Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo. Circulando entre bailes da periferia e sound system, teve contato com diferentes cenas e estilos, mas foi no movimento hip-hop onde começou a carreira musical. Ela busca trazer diferentes possibilidades para as pistas, sem perder o principal traço de sua musicalidade: a periferia de São Paulo.

Livea se une, no palco da Sala Itaú Cultural, às irmãs gêmeas e rappers paulistanas Tasha e Tracie, que usam a influência do funk paulista e de músicas brasileiras em suas composições e produções. As duas começaram a carreira na moda com o blog Expensive Shit, em 2014, com o objetivo de valorizar a autoestima e autonomia dos jovens negros periféricos. Com mais de cinco milhões de visualizações em seu canal do YouTube e mais de 430 mil ouvintes mensais no Spotify, a dupla já fez colaborações com a cantora Gloria Groove, no álbum Lady Leste. Em 2019, em parceria com a rapper Ashira, lançaram o EP Rouff e, em 2021, o aclamado álbum Diretoria. 

No ano em que o hip-hop completa 40 anos de existência no Brasil, Thaíde, um de seus precursores, comemora igualmente quatro décadas de carreira em duas apresentações que percorrem a sua trajetória. A primeira, no sábado, dia 6, tem participação especial de Mc Jack, e se foca no início da carreira, com Centro da cidade, Corpo fechado, Homens da lei, Preste atenção, A Noite, Nada pode me parar, Afro Brasileiro, Ninguém sabe, Por um triz, Claudio eu tive um sonho, Brava gente, Preste atenção, Mó treta, A escada, Você sabe quem eu sou, Então toma, Profissão Mc, Expresso da favela, Apresento meu amigo, Siga seu caminho em paz, Sr. Tempo bom e Pra cima.  

A segunda apresentação, no domingo, 7, tem participação de Filiph Neo e Ana Preta. Mais direcionada para a atualidade, o set list é composto de Corpo fechado, Homens da lei, Preste atenção, Afro Brasileiro, Nada pode me parar, Claudio eu tive um sonho, Ninguém sabe, Malandragem dá um tempo, Apresento meu amigo, A Noite, Mó treta, A escada, Expresso da favela, Então toma, Vamo que Vamo, Hip Hop Puro, Na manhã, Din real cash, Sr. Tempo bom e Pra cima. 

Nos shows, Thaíde representa no palco da Sala Itaú Cultural os quatro elementos do hip-hop: o rap, os Dj's e Mc's, o grafite, expresso nos figurinos, e a street dance, representada pela Infocus Dance, que se apresenta com ele nos dois dias. O artista estará acompanhado também por Dj Maxnosbeatz, as backing-vocais Leda Hills e Deborah Crespo, além de Arnaldo Tifu e Malokero Anônimo nas dobras.

Thaíde iniciou sua carreira dançando breaking na estação do metrô São Bento, ao lado de lendários personagens que protagonizaram o hip-hop, movimento cultural que chegou no Brasil uma década após seu surgimento nos Estados Unidos. Em 1981 ele já fazia bailes como DJ nas periferias da cidade. Em 1983, montou sua primeira gangue de dança, a Panteras negras, que logo depois passou a se chamar Dragon break e deu origem, um ano depois, a uma das mais famosas crew de dança do Brasil, a Back Spin. Versátil, ele já apresentou programas de televisão, participou de filmes e séries e foi anfitrião de grandes eventos e festivais, figurando como um dos mais importantes nomes da cultura no país.