A partir das 11h do sábado 6 de maio até 30 de julho, o Itaú Cultural apresenta o trabalho de expoentes da street art e do grafite, de dentro e fora do Brasil. No total, são 51 artistas de diversos gêneros, raças e gerações – dos anos de 1970 até a atualidade – e variados estilos e técnicas. Com suas cores, figuras míticas e mágicas, símbolos e sinais, eles mostram os seus trabalhos nos três andares do espaço expositivo da instituição. No piso 1, o público encontra um recorte histórico desta arte das ruas. No primeiro subsolo (-1), o foco é na street art e no piso -2, o destaque é o hip-hop. A curadoria é de Binho Ribeiro. A idealização e realização da exposição é do Núcleo de Artes Visuais do IC.
Entre 76 obras de colecionadores, empréstimos de artistas e reproduções, encontram-se pinturas feitas in loco por 17 artistas. Quatro deles vieram do exterior para executá-las diretamente. Destaque, no piso -2, dedicado ao hip-hop, é a pintura sobre uma estilização em grande escala de um trem subterrâneo nova iorquino. Assinada por T-Kid, chama-se The Break Dance Car. Ele é uma lenda viva e pilar da cultura do grafite. Atua desde os anos de 1970, quando começou a pintar trens do metrô no Bronx – bairro onde nasceu, filho de pai peruano e mãe porto-riquenha.
No mesmo piso, o público pode ver a obra do espanhol Saturno, que veio para lançar seu spray sobre uma das paredes desse andar, dando forma à obra 1994. Do México, Farid Rueda trouxe as referências culturais de seu país e sua marca registrada na arte das ruas em murais de grande escala, também coloridos com spray. Ainda, encontram-se obras comissionadas de Fábio Does1, com wildstyle; Chivitz, com Pelas Ruas! e hora do racha, de Kuêio e Acme. (Veja abaixo a lista de todos os artistas e suas obras apresentadas piso por piso).
No início de abril, a chilena residente no Canadá Shalak Attack esteve no Brasil para executar Poder Ancestral, no piso -1, dedicado à street art. O trabalho dela, mescla o muralismo sul-americano com arte de rua. Os seus desenhos traduzem o imaginário mágico psicodélico, que evoca animais, humanos e sacraliza a natureza. Um andar abaixo, dedicado ao hip-hop, tem uma obra de seu parceiro Bruno Smoky –Voando Baixo, 2023, em spray sobre tela.
Entre os brasileiros que desenharam os seus trabalhos diretamente nos suportes do espaço street art, estão Odé Frasão, com nóis gosta é de muitas tintas nas paredes e Gnos, com Mãe dos Deuses. Tem também, Território Bicho Coisa de Dninja Bichocoisa, para a qual ela usou técnicas diversas, como óleo, spray e acrílica sobre MDF. Por sua vez, Cranio executou LAR, em uma mescla de madeira, palha, luzes, som e aromas para criar personagens em MDF e spray.
De Kelly Reis, pode se ver esculturas, em média de 30 cm a 1m, modeladas e pintadas em latas de spray: Animus, Energia Psíquica e Para te afastar, além das telas grafitadas Reparação e Janela da Alma – Medusa Coral. De Fefe Talavera, tem Bichotipográfico, de 2005, e Máscaras, de 2012. Em outra ponta, a escultura Vendedor de Alegria, de 1,60 cm x 40 cm, é assinada por Toz, uma instalação-escultura de boneco e 800 bolas coloridas de vinil.
Neste andar tem um minidocumentário sobre o mural Futuro Ancestral, do artista Rafael Highraff, pintado no CEU Cidade Dutra para o Museu de Arte de Rua (MAR), em 2021 – também ali registrado em fotografia de grandes dimensões. Há, ainda obras de Clara Leff, Waleska Nomura, Daniel Melim, Mauro Neri, Minhau, Coletivo SHN e Soberana Ziza.
No piso 1, por onde a mostra começa, o visitante é recebido por uma grande estrutura colorida de André Gonzaga Dalata: Hybrid (2020-2022), de 2,16m X 1,46m. Encontra, ainda, Pássaro – grafite de Speto realizado em 2016, estampado em um grande mural de 1,75m X 3,50m.
É o andar que contém a linha do tempo, a qual traça o trajeto da grafitagem desde os tempos das cavernas, passando pelo Egito Antigo e Roma popular, até chegar à Paris de 68 e Nova York desembocando, depois, no Brasil. Este piso apresenta, ainda, obras de veteranos reconhecidos como o precursor brasileiro da arte do grafite Alex Vallauri (1949-1987), OSGEMEOS, Binho Ribeiro, Kobra, Nina Pandolfo, Kátia Suzue – aos 42 anos, ela é considerada uma das 10 mulheres mais atuantes da street art brasileira – e o californiano John Howard, engenheiro e mestre em literatura inglesa, formado em seu país. Nos anos de 1970, ele decidiu vir para São Paulo e se tornou mais um precursor do grafite brasileiro, influenciando as gerações seguintes.
Um dos destaques neste recorte histórico é um retrato da equatoriana criada em Nova York Lady Pink, feito pela norte-americana Martha Cooper, pioneira na fotografia do grafite e do nascimento do hip-hop naquela cidade. A artista retratada começou a grafitar em 1979 e ficou conhecida como uma das mais importantes mulheres participantes do movimento do grafite. A sua temática é o empoderamento feminino. Ativa até hoje, influenciou várias gerações de grafiteiros no mundo todo.
Outras mulheres, de gerações mais recentes, dividem espaço com Lady Pink. De Nenesurreal, por exemplo, pode se ver a obra Cabeçudas, realizada em 2021 na Escola Estadual Lydes Rachel Gutires, no Jardim Paineiras em Diadema. De Paula Yama tem Na linha, realizada em 1994.
Há neste piso, ainda, uma sala reservada para abrigar uma instalação de Walter Nomura, conhecido como Tinho. Em uma reflexão sobre a transição entre o grafite e a arte contemporânea, ela é composta de grandes bichos de pelúcia que podem ser tocados. Nas paredes, uma pintura feita com spray e colagens reproduz texturas das paredes das ruas. Espelhos replicam essas imagens e criam um efeito caleidoscópico, caótico, como se vive no espaço urbano cheio de pessoas, paredes e informações que se replicam infinitamente.
No entanto, direcionando o olhar na parede, vê-se uma obra de arte contemporânea, com uma parede branca atrás, centralizada, com respiros, protegida e inacessível. Tinho convida o público a doar seus bichos de pelúcia, em bom estado, para que façam parte da obra. Posteriormente, serão enviados para uma instituição ou ONG.
Quem executou as suas obras in loco, neste andar, foram Tio Trampo, que fez Vigília; André Gonzaga Dalata, com Peixango flutuante feito de isopor, resina e outros materiais; Binho Ribeiro, com Fragmentos e Katia Suzue, Florescer.
PISO 1 | Recorte histórico
Tio Trampo
Vigília, 2023
Spray
André Gonzaga Dalata
Hybrid, 2020-2022
Técnica mista sobre mdf
André Gonzaga Dalata
Peixango flutuante, 2023
Isopor, resina e outros materiais
Tinho
Sem Título, 2023
Papéis, impressos, tinta spray, pastéis secos e oleosos, fitas adesivas e tecidos sobre MDF
Binho Ribeiro
Fragmentos, 2023
Imagens impressas em cerâmica
Katia Suzue
Florescer, 2023
Spray
Speto
Pássaro, 2016
Spray sobre tela
OSGEMEOS
OSGEMEOS pintando trem, 2019
Fotografia de Cláudio Ise
OSGEMEOS
Binho, OSGEMEOS, Renata Netto, Vitché, Speto e Tinho
Pintura nas paredes externas do antigo presídio do Carandiru, São Paulo, 1992.
Fotógrafo desconhecido
John Howard
Sem Título, ca. 1985-1992
Látex sobre papelão
John Howard
Sem Título, ca. 1986-2002
Nanquim e tinta acrílica sobre papel
Alex Vallauri
O Guitarrista, déc. 80
Spray sobre PVC Coleção particular
Lady Pink
Lady Pink with her spray cans in her favorite colors, New York City, 1982
Fotografia Martha Cooper
Paula Yama
Na linha, 1994
Estação Rio Grande da Serra (garagem dos trens)
P.A. crew (pincel atômico crew)
Fotografia Alex Hornest
Nenesurreal
Cabeçudas, 2021
Escola Estadual Lydes Rachel Gutires/Jd Paineiras Diadema
Spray
Imagem acervo pessoal
Nina Pandolfo
Mural em New York, 2015
Fotografia Nina Pandolfo
Nina Pandolfo
Mural em Miami, 2018
Fotografia Nina Pandolfo
Nina Pandolfo
Mural em São Paulo, 2021
Fotografia Filipe Berndt
Celso Gitahy
Tomate Carmem, 2015
Técnica mista sobre madeira
TUPINÃODÁ ou Os Tupys
Coletivo de arte urbana criado no início dos anos 80 na Vila Madalena, São Paulo.
Formado atualmente por Zé Carratú, Carlos Delfino e Ciro Cozzolino.
1. 1991. Fotografia Clario Elizabetsky
2. Centro, Sorocaba, São Paulo, 1990.Fotografia Zé Carratú
3, 5 e 8. Local : Evento Samba Carnaval Off, Bairro Estácio de Sá, Rio de Janeiro, RJ, 1994. Fotografia Paula Iglecio
4. Bulevar Braguinha, Centro, Sorocaba, SP, 1990. Fotografia Zé Carratú
6. Antigo Edifício do Paço das Artes na USP, São Paulo, SP , 1988. Fotografia Zé Carratú
7. Beco do Batman, Vila Madalena, São Paulo, SP, 1987. Fotografia Zé Carratú
9. Guararapes, SP, 1989. Fotografia Zé Carratú
Ozi
Construção (registro feito na Av. Cruzeiro do Sul), 2011
Fotografia Bruna Monique
Eduardo Kobra
Etnias Boulevard Olímpico, 2016
Fotografia Bob Fonseca
LIVROS:
From the Platform: Subway Graffiti, 1983-1989 (2011), de Paul Cavalieri, publicado por Schiffer Publishing
Spraycan Art (1987), de Henry Chalfant e James Prigoff, publicado por Thames & Hudson (1ª edição 17 de agosto de 1987)
Graffiti World: Street Art from Five Continents (2004), de Nicholas Ganz, publicado por Harry N. Abrams
Graffiti Planet: The Best Graffiti from Around the World: Volume 1(2007), de Ket, publicado por Michael O'Mara Books
Dondi White: Style Master General: The Life of Graffiti Artist Dondi White (2001), de Andrew Witten e Michael White, publicado por Harper Design (1ª edição 13 de novembro de 2001)
Beaux-Arts Magazine, Hors-série : L’Art du graffiti : 40 ans de pressionnisme - Collections Gallizia (2011), de Alain Dominique Gallizia e Thierry Taittinger, Beaux-Artes Edition; grimaldi forum édition (10 de agosto de 2011)
O Graffiti na cidade de São Paulo e sua vertente no Brasil: estéticas e estilos (2006), de Sérgio Poato e Maria de Lourdes Beldi de Alcântara, com colaboração de Binho Ribeiro, publicado pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo - IP-USP
Tropical Spray: Viagem ao Coração do Grafite Brasileiro (2012), de Julien Seth Malland, publicado por Martines Fontes - selo Martins (1ª edição de 19 de junho de 2012)
Graffiti SP (2ª edição: 2018), de Ricardo Czapski, publicado por COMG Editora
Graffiti Fine Art (2015), Vários Autores, publicado por SESI-SP
Niggaz da Hora: Graffiti, Memória e Juventude (2021), de Mauro Sérgio Neres da Silva, publicado por Pigma
Graffiti Brasil (2005), de Tristan Manco, Caleb Neelon e Lost Art, publicado por Thames & Hudson, Illustrated edição
Graffiti Women: Graffiti and Street Art from Five Continents (2006), de Nicholas Ganz, publicado por Thames & Hudson (1ª edição de 16 de outubro de 2006)
PISO -1 | Street Art
Odé Frasão
nóis gosta é de muita tinta nas paredes, 2023
Spray, látex, madeira
Gnos
Mãe dos Deuses, 2023
Spray e látex
Dninja Bichocoisa
Território Bicho Coisa, 2023
Várias técnicas de pintura: óleo, spray, acrílica. Escultura em MDF, plastilina e resina
Farid Rueda
Sem título, 2023
Spray
Cranio
LAR, 2023
Madeira, palha, luzes, som e aromas. Personagens em MDF e spray
Shalak Attack
Poder Ancestral, 2023
Spray sobre tela
Kelly Reis
Reparação..., 2023
Spray e tinta acrílica sobre tela
Kelly Reis
Janela da Alma - Medusa Coral, 2023
Spray e tinta acrílica sobre tela
Kelly Reis
Animus, 2023
Escultura, modelagem e pintura em lata de spray
Kelly Reis
Energia Psíquica, 2023
Escultura, modelagem e pintura em lata de spray
Kelly Reis
Para te afastar..., 2023
Escultura, modelagem e pintura em lata de spray
Clara Leff
Emergir, 2020
Spray sobre tela
Clara Leff
Transpiração, 2020
Spray sobre tela
Toz
Vendedor de Alegria, 2014
Técnica mista sobre tecido
Waleska Nomura
Registro do trabalho Espalhando Amor, 2023/SP
Fotografia Bob Fonseca
Daniel Melim
Mural da Luz, 2011
Fotografia Daniel Melim
Mauro Neri
VERACIDADE 18:45, 2021
Fotografia Bob Fonseca
Minhau
Minhau no largo, no largo, na chuva, 2021
Fotografia de Henrique Cabral
Coletivo SHN
Tridente, 2018
Fotografia Marcelo Fazola
Soberana Ziza
Leveza, força e ancestralidade,2022
Projeto Empena: Matriarcado
Fotografia Adriano Mendez
Fefe Talavera
Bichotipográfico, 2005
Colagem sobre madeira
Fefe Talavera
Máscaras, 2012
Fotografia Gustavo Amaral
Simone Siss
Dando Muro em Ponta de Spray, 2023
Katia Lombardo
Lari
Avião Banana de Oncinha, 2021
Fotografia Binho Ribeiro
Rafael Highraff
Registro fotográfico do mural Futuro Ancestral, 2021
Trabalho realizado no Centro de Educação Unificado (CEU) Cidade Dutra para o Museu de Arte de Rua (MAR)
Realização Secretaria de Cultura SP
Fotografia Eurecka Filmes, 2023
Rafael Highraff
Mini-documentário sobre o mural Futuro Ancestral
Captação e edição: Tiago Diel/ Eurecka Filmes
Projeção: Studiocurva
Imagens de drone: Bruno Neopmann
PISO -2 | Hip Hop
Fábio Does1
wildstyle, 2023
Spray e látex
Chivitz
Pelas Ruas!, 2023
Spray sobre madeira e parede
T-Kid
The BreakDance Car, 2023
Spray sobre MDF e acrílico
Kuêio e Acme
hora do racha, 2023
Spray e acrílica sobre alvenaria e madeira
Saturno
1994, 2023
Spray sobre parede
Mazola Marcnou
Schock Shary, 2023
Spray e acrílica sobre tela
Lady Brown
Registro da artista Lady Brown em ação em uma noite em São Paulo, 2023
Fotografia Ludmila Cayres
Eneri
Pixo: nascido no Brasil, potência incompreendida. Síndrome do vira-lata?, 2022
Fotografia Vg
Djan Ivson
Cripta Djan em ação nas ruas do centro de São Paulo, 2012
Fotografia Leandro Mantovani
Luiz Teor
Sticky, 2023
Captação Bernardo Bastos
Dino
Dino, 2023
Fotografia Fernando Augusto
Odrus
Letring Collor África do Sul, 2020
Fotografia acervo do artista
Alexandre Órion
Metabiótica 8, 2003
Intervenção pictórica (tendo a cidade como suporte) seguida de registro fotográfico
Acervo Banco Itaú
Bruno Smoky
Voando Baixo, 2023
Spray sobre tela
De 6 de maio, a partir das 11h, a 30 de julho
Terça-feira a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feriados das 11h às 19h
Concepção e realização: Itaú Cultural
Curadoria: Binho Ribeiro
Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 – próximo à estação de metrô Brigadeiro / Piso térreo
Entrada: gratuita
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108. Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.
Informações: pelo telefone (11) 2168-1777
Whatsapp: (11) 963831663
E-mail:
atendimento@itaucultural.org.br
Shows
DJ Livea convida Tasha e Tracie
Dias 4 e 5 de maio (quinta-feira e sexta-feira, às 20h)
Sala Itaú Cultural
Ingressos: gratuitos
Reservas: com uma semana de antecedência pelo INTI, acesso pelo site www.itaucultural.org.br
Capacidade: 224 lugares
Thaíde
Dias 6 e 7 de maio (sábado, às 20h, e domingo, às 19h)
Sala Itaú Cultural
Ingressos: gratuitos
Reservas: com uma semana de antecedência pelo INTI, acesso pelo site www.itaucultural.org.br
Capacidade: 224 lugares
Protocolos
- É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após este horário, o ingresso não será mais válido.
- A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar, para retirada de senha que será trocada por eventuais ingressos de pessoas que não compareceram.
- Devolução de ingresso:
Em caso de imprevistos ou impossibilidade de comparecimento à programação para a qual reservou o ingresso, solicite o cancelamento pelo e-mail ajuda@byinti.com até 2 horas antes do início do evento. Isso garante que o ingresso seja utilizado por outras pessoas que queiram o assistir ao evento.
- Fila de espera em programações com ingressos esgotados:
Os ingressos reservados valem até 10 minutos antes do início da sessão. Após esse horário, os que não tiverem o check-in feito na entrada do auditório serão disponibilizados para a fila de espera organizada presencialmente.
- Programação sujeita a cancelamento:
A programação, virtual ou presencial, poderá ser cancelada em caso de contaminação por Covid-19 de qualquer artista envolvido. Nesse caso, os ingressos adquiridos perdem a validade. O público que reservou o ingresso será notificado por e-mail. Um eventual reagendamento da programação ficará a exclusivo critério do IC, de acordo com a disponibilidade de agenda, sem preferência para quem adquiriu os ingressos anteriormente.
Assessoria de imprensa:
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Programa Rumos Itaú Cultural:
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