os artistas

Constelação de artistas urbanos e diversos estilos, gêneros, gerações e matizes

Entre precursores e os que ingressaram mais recentemente na arte do grafite, são 51 mulheres e homens de idades e origens variadas – quatro vêm do Chile, Espanha, México e Nova York. Cada qual se manifesta com linguagem muito própria, dentro desse estilo da arte urbana. O desejo de retratar a atualidade e como sonham viver os une. Conheça aqui alguns dos perfis.

ACME

Ativista, renomado pelo seu pioneirismo no grafite, é escultor e autodidata, cria da favela do Pavão em Copacabana/RJ; sua inspiração sempre foi o cotidiano, memória comunitária e o panorama social e político.  Já expôs na França, Argentina, Espanha, Equador e no Museu Histórico Nacional (MHN/RJ) e no Museu Brasileiro de Escultura e Ecologia (MuBE/SP).

ANDRÉ GONZAGA DALATA

Nascido e criado em Belo Horizonte, atua no cenário artístico desde 1997. Conhecido tanto no Brasil quanto no exterior, o seu trabalho é um coquetel de abstração e surrealismo em uma mistura de técnicas variadas. Passeando pela pintura, o desenho e a escultura, o artista cria um universo lúdico voltado para o positivismo.

BINHO RIBEIRO

Um dos pioneiros do street art no Brasil e América Latina desde 1984. O artista conquista respeito por onde passa: Santiago, Buenos Aires, Nagoya, Tóquio, Osaka, Paris, Los Angeles, Miami, NYC, Quito, Lima, Turim, Cape Town, Hong Kong, Beijing, Amsterdam, Bruxelas, Berlim, Accra, Gana, Tunísia e quase todos os estados brasileiros já foram palco de seu talento.

Binho Ribeiro desenvolve um apelo singular de expressão, dando vida a todos os elementos de sua criação. Entre suas peculiaridades vibra a paixão pelo skate e o universo empresarial. Por meio de sua grife e loja 3º Mundo, realiza projetos e atividades que o acompanham em uma rotina multidisciplinar. Curador da maior e mais completa Bienal internacional de Graffiti, é referência para diversas gerações. Idealista na disseminação da cultura e arte de rua, é hoje, um dos mentores na luta pela consolidação de sua força motriz.

CELSO GITAHY

Artista plástico, escritor e professor. Paulistano, com mestrado em arte contemporânea e docência no ensino superior, inicia sua carreira envolvido com o universo underground dos anos 80, reconhecido com um dos precursores da street art no Brasil. Participou de mostras em galerias e museus, dentro e fora do país. A icnografia de sua obra é composta por intervenções urbanas, desenhos, pinturas, artes digitais e NFTS. Atualmente vive e trabalha em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo.

COLETIVO SHN

SHN (1998 –São Paulo, Brasil) é um coletivo de arte multidisciplinar. Reúne artistas com atuações diversas como em artes gráficas, arquitetura, vídeo e grandes pinturas. A serigrafia sempre foi um ponto de partida gráfico para a pesquisa de ícones universais, ressignificando o conceito de logotipo e marca em uma abordagem bem-humorada e crítica. Apropriação e transformação de imagens, assim como a transposição para diversas mídias, atravessam a discussão proposta pelo coletivo.

CRANIO

Fabio de Oliveira Parnaiba, o Cranio, é artista visual e adepto ao free-style. Suas inspirações passam pelo surrealismo de Salvador Dalí, referências pop, cartoons e animações. As temáticas de cunho social relativas à política, consumo, poluição ou meio ambiente direcionam as suas criações e geram uma fusão entre fruição estética e reflexão crítica. Uma de suas marcas registradas é o índio azul, personagem que se relaciona diretamente com a imagem do Brasil. Tendo criado um estilo irreverente e particular, que mescla homenagens festivas a denúncias pertinentes e ácidas, seus trabalhos estão expostos ao redor do mundo e já passaram por diversas exposições no Brasil.

CRIPTA DJAN

Djan Ivson ou Cripta Djan, como é conhecido nas ruas e no mundo das artes, além de pichador é artista ativista, documentarista e palestrante sobre temas que envolvem a pichação no mundo das artes e nos espaços urbanos das cidades. Ainda garoto, Djan conquistou legitimidade na pichação após realizar um grande número de pichações em raio de abrangência e dificuldade de realização. Fora das ruas, ele age como um agente externo no campo acadêmico e das artes, participando de palestras, seminários e exposições de arte dentro e fora do país.

DANIEL MELIM

Nasceu em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. Foi em uma pista de skate de sua cidade natal, ainda adolescente, nos anos 1990, que seu interesse pela arte foi despertado. “Não a arte das manobras, mas a arte urbana e suas intervenções”, diz.  Melim traz para sua pintura o stencil, camadas de informações e significados que são depositadas na tela de maneira meticulosa. Ruídos e resíduos, pedaços de textos e texturas em uma composição engenhosa que simula a rua e sua deterioração. Ele não traz apenas as técnicas e referências da rua para seus trabalhos, como também reproduz as suas histórias proporcionando a mesma inquietação. Em 2013 o Mural da Luz, feito por ele na Av. Prestes Maia, foi eleita a obra mais representativa da cidade de São Paulo.

DINO

Oriundo de Osasco, na zona oeste de São Paulo, Dino (apelido dado por si próprio) iniciou suas atividades em meados de 1989, pelas ruas de seu bairro. Durante a década de 1990, alcançou notoriedade, tornando-se referência no movimento do picho. Entre seus principais parceiros de rolê estão Zampa, #DI#, MNB, MCD e outros de todos os lados da cidade. Alcançou o auge em 1996, principalmente pela intervenção em diversos prédios de relevância no universo do picho.  

Ele participou de Pixo, logo existo, primeira exposição que integrou pichação e artes visuais no prédio da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Também teve trabalhos expostos na Bienal de Artes de São Paulo e em exposições de fotos sobre a cidade de São Paulo no MASP. Pichações suas foram cenário de uma das edições da São Paulo Fashion Week, do Pub em Berlim, durante a Bienal de Berlim, e do longa-metragem Supernada, realizado em 2013 por Rossana Foglia e Rubens Rewald, com Marat Descartes e Jair Rodrigues no elenco.  

Ainda, Dino participou de grande parte das filmagens que registram o tema, como São Paulo Show, Pixadores em ação, 100 Comédia, Pixoação, Pixo e para a TV Record sobre pichação. Recebe rotineiramente pesquisadores sobre o tema e visitas ilustres em sua casa como OSGEMEOS (para uma filmagem em 1996) e Martha Cooper (para pesquisa sobre pichação). 

DNINJA BICHOCOISA

Natural de Belo Horizonte. É a primeira grafiteira do estado de Minas Gerais e uma das primeiras do Brasil. Faz 26 anos, vem desenvolvendo um grafite caracterizado pela presença de letras estilizadas entrelaçadas compersonagens do seu imaginário, nomeados por ela como “bichos coisa”. Passeia entre o grafite, escultura e pintura clássica. Sua arte passou por vários países: Peru, Uruguai, Chile, Alemanha, Holanda e França. Graffiti Women, de Nicholas Ganz, (Alemanha, 2007), 400 ml, de Gautier Jordan (França, 2008) e Schwarz-auf-Weiss (Rheinland-Pfalz/Alemanha 2009), estão entre as principais publicações com seu trabalho.

ENERI

Nativa de São Paulo, começou a participar ativamente da arte de rua em 2013. Por meio do picho, a artista tem como objetivo a retomada do espaço público, a quebra das barreiras de gênero e a contestação dos limites da arte. Sua bagagem conta com exposições no Museu da Língua Portuguesa (SP), Museu da República (DF) e diversos outros projetos

FÁBIO DOES1

Natural de Santo André SP, iniciou-se no grafite com a técnica de stencil art em 1988. Hoje desenvolve caligrafia abstrata, wildstyle. Passou por 23 países, entre eles: Dinamarca, Eslovênia, Croácia. Principais trabalhos: três artes para o perfume #urbano, da Natura. Arte para os relógios yankee street e mural para embaixada do Brasil em Seul, Coréia do Sul.

FARID RUEDA

Artista mexicano que já pintou murais em quase 30 países por volta do mundo, trazendo um pouco do México em suas cores. O trabalho do artista é uma busca pela harmonia das cores e novas soluções plásticas para elaborar figuras inspiradas, em sua maioria, na natureza e em suas raízes pré-hispânicas.

FEFE TALAVERA

Filha de mexicanos, nasceu e mora em São Paulo. A artista é formada em artes visuais e sua produção inspira-se no mundo das ideias, passando por dragões e monstros alados, animais de remotas mitologias saídos de sonhos e materializados em uma profusão de formas e cores. Sua primeira exposição foi realizada em 2005, em São Paulo e, desde então, suas artes vem ganhando mais espaço e reconhecimento no mercado nacional e internacional.

GNOS

O artista manauara faz grafite há 15 anos e já passou por diversas vertentes artísticas nesse período. Suas principais referências vêm de suas origens, dos povos indígenas, ribeirinhos, dos animais e da fauna e flora do Brasil. Mesclando as suas raízes com o grafite, o artista leva sua cultura pelas ruas e cidades desse mundo.

KATIA SUZUE

Ela tem 42 anos, é paulista, artista visual e urbana, formada em artes, técnica em Museu, membro acadêmico da Confederação Brasileira de Letras e Artes. Em 2005, se iniciou no grafite com a missão de colorir o mundo. Atualmente está entre as 10 mulheres mais atuantes da Street Art brasileira. Sua ancestralidade vem nutrindo a semântica e o seu estilo oriental de criação e pintura.

KELLY REIS

Mineira, atua no grafite há nove anos. Seu trabalho está ligado ao surrealismo onírico e suas personagens são figuras ancestrais negras e mestiças. Realizou grafites em eventos dentro e fora doestado de São Paulo, como Mulheres Emergentes pelo Estamxs Vivxs, a revitalização do Centro Cultural Penha, além de exposições Reciclos, do Parede Viva, e participou do evento 1ª BIMAV – Bienal Murales Peru.

KUÊIO

Artista visual, ilustrador e grafiteiro de São Paulo. Participa do cenário do hip-hop e arte urbana desde 1999. O artista representa, com seu estilo cartoon, cenas cômicas do grafite e da pichação e seus bastidores, ou instantes urbanos captados pelo olhar do artista. 

LADY BROWN

Ladyane Araujo Tini a.k.a Lady Brown, é escritora de grafite desde 2011. É formada em licenciatura e bacharelado de artes visuais. Participou de eventos nacionais e internacionais de grafite, viajando para o Chile em 2019, pela primeira vez, e para estados do Brasil como o Acre, Tocantins, Rio Grande do Sul. Atua como educadora artística em oficinas e cursos ministrados em instituições culturais como Sesc e Casas de Cultura. As letras são seu principal objeto de estudo e onde se aventurou a misturar cores e formas pelas ruas da cidade.

LARI

Ela tem alma de artista. Arteira por natureza, se encantou pelos universos criativos que a inspiram desde criança até hoje. Seja no grafite, com grande influência do seu pai Binho Ribeiro e da madrinha Waleska Nomura, seja pelos desenhos animados, quadrinhos, músicas e viagens que vivenciou com sua mãe, avós e tias. Seu coração é como uma galáxia de estilos e experiências diversas refletidas nas cores e conceitos de sua arte.

MAZOLA MARCNOU

Artista de 24 anos que usa o realismo distópico para se expressar em suas obras. Na maioria das vezes, retrata figuras humanas mescladas com robótica. 

NENESURREAL

Começou sua trajetória artística como aprendiz de artesã de sua avó. É mulher negra, periférica, mãe, avó, artista plástica, artesã, educadora social, escultora, pintora, artista visual e grafiteira, criadora da grife NeneSurreal. Na intenção de refinar técnicas e estilo próprios, buscou na vida acadêmica respostas para algumas de suas questões. Desde 1996, já fez parcerias e participou em exposições por todo o país e no exterior, como o Centro Cultural Banco do Brasil, Fábricas de Culturas, Estou Refugiado, Sesc 24, Sesc Guarulhos, Sesc Pompéia, Sesc Santos, Pinacoteca de Mauá, Casa da Imagem, Museu do Ipiranga, Projeto MAR, Casa do Hip Hop, Ação Educativa, Casadas Caldeiras, Festival de Arte Negra (BH), Encontro Internacional de Mulheres, Projeto Culturas Negras (Empena Fábrica de Cultura Jardim São Luiz e o lançamento do documentário Arte e Movimento”, em 2023), Cores do Amanhã.  

Ganhou o Prêmio Sabotage, em 2016, e nesse mesmo ano participou do documentário Mulheres Negras: Projetos de Mundo, sob direção de Day Rodrigues e Lucas Ogasawara. Em 2018, no Dia do Graffiti, a Ação Educativa marcou sua 15ª edição em homenagem ao seu trabalho como resposta às injustiças sofridas pela população pobre e preta, sobretudo as mulheres. Participou, também em 2018, de oficinas e rodas de conversas, Graffiti FineArt, entrevistas e documentários. Em 2019, idealizou a residência artística Ocupação das Minas LGBTQIA+, Performances e Workshops em São Paulo BRASIL. Assim como as flores “Atravessa África com suas cores” chega com a sua arte em Viena, para participar de festivais LGBTQI+: Wienwoch, Reflectfestivalvienna, Planet10vienna, Graffiti/Galeria EMA VIENNA. Ainda, ao longo de sua trajetória atuou como organizadora e curadora de eventos com diversidade cultural, destacando e priorizando sempre a mulher negra.

NINA PANDOLFO

Faz parte da geração de artistas brasileiros que cresceu grafitando nos anos de 1990 e levou a arte das ruas para os principais museus e galerias do mundo. Suas obras são marcadas por seu universo lúdico, rico em detalhes, onde tudo é possível. Seu trabalho já foi exposto em países como Inglaterra, Suécia, Japão, Estados Unidos, Azerbaijão, Porto Rico, França, Espanha, Alemanha.

ODÉ FRASÃO

Iniciou-se na pichação em 1997 e no grafite em 1989. Em 1999 começou a assinar feik, com inspiração na manobra de patins e skate chamada fake. Atualmente assina ODÉ, apelido de infância dado pelo seu irmão mais novo. Inicialmente, ele fazia desenhos de extraterrestres, que, na evolução dos seus traços, tornaram-se insetos supercoloridos, uma metáfora do próprio grafite, que se espalha por todo o país. O outro personagem, chamado Pirulitu, tem traços simples, que adquiriram personalidade própria, sempre aparecendo em cenários coloridos, lúdicos e bem-humorados. 

ODRUS

Primeiro grafiteiro surdo da América Latina, usa a arte urbana para conscientizar as pessoas da importância da inclusão por meio de libras. Já viajou para diversos países com apresentações e exposições.

OSGEMEOS

Os irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo (São Paulo, 1974), possuem uma trajetória ímpar no mundo das artes sem nunca ter perdido seu caráter acessível ao grande público. Participaram de projetos com as principais instituições internacionais, como o Hamburger Bahnhof, em Berlim (2019); a Vancouver Biennale, Canadá (2014); o MOCA, em Los Angeles (2011); o MOT, em Tóquio, a Tate Modern em Londres (2008) e a Trienale de Milão (2006).  

Também realizaram exposições em importantes instituições nacionais, como a retrospectiva OSGEMEOS: Segredos na Pinacoteca de SP(2020/2021), no MON em Curitiba e no CCBB/RJ (2022), e no CCBB/BH (2023). Ao longo de sua carreira, criaram para os principais espaços públicos de mais de 60 países, o que consolidou sua presença como um emblema dos espaços urbanos pelo Brasil e pelo mundo.

OZI

Iniciou as suas atividades no grafite em 1985, por incentivo e apoio de dois importantes artistas paulistas: Alex Vallauri (precursor do grafite em São Paulo) e Maurício Villaça. Desde então, Ozi vem ocupando os muros da cidade com seu trabalho, tornando-se parte da primeira geração de artistas envolvidos com o grafite. Ele tem participado ativamente da cena street art de São Paulo e de exposições no Brasil e exterior, em galerias, museus, instituições culturais ou espaços ao ar livre.

PAULA YAMA

Nascida em São Paulo em 1977, foi integrante do grupo de grafite PINCEL ATÔMICO CREW na década de 1990. Pioneira no grafite feminino e primeira mulher a pintar um trem em circulação no Brasil. Hoje vive em Ibiúna, no interior de São Paulo, onde atua como empresária do mercado Streetwear.

RAFAEL HIGHRAFF

Artista visual e muralista de São Paulo. Ele iniciou a carreira no final dos anos 1990 e teve grande participação no desenvolvimento do espaço que hoje se tornou o Beco do Batman. Ao longo de sua trajetória, Highraff desenvolveu um trabalho autoral de estilo inconfundível, caracterizado por composições gráficas abstratas, formadas pela combinação de formas orgânicas, sólidos geométricos e linhas precisas. 

SATURNO

Miguel Ángel Sánchez é o rosto por trás do codinome SATURNO. Nascido em 1979 em um pequeno povoado a uma centena de quilômetros de Barcelona, o seu contato com o mundo do grafite, em um primeiro momento, era limitado à televisão e a fanzines  em DIY, o que lhe permitiu começar a publicara sua arte de forma autodidata. Desde 1995, evoluiu rapidamente,  com um estilo muito próprio., que o alçou a um dos nomes mais visíveis da cena do grafite europeu. Hoje, a sua habilidade com  essas pinturas tornou-se uma marca de estilo que permitem reconhecer rapidamente a autoria de seus trabalhos. Além do grafite, destaca-se a sua técnica em outros campos e superfícies com a ilustração digital e o desenho gráfico. O seu mais recente desafio foi aplicara sua experiência e conhecimento adquiridos na pintura tradicional – uma nova vitória.

SHALAK ATTACK

Artista visual canadense-chilena dedicada à pintura, muralismo, arte urbana com tinta spray e arte em tela. Por mais de uma  década,  ela manifestou sua expressão artística em paredes de todo o mundo e participou de projetos artísticos e exposições no Canadá, Chile, Brasil, Reino Unido, Holanda, Alemanha, Suécia, Senegal, Palestina, Jordânia, Israel, Bélgica, Espanha, Argentina, Venezuela, México, EUA, Paraguai e República Dominicana. É cofundadora e codiretora dos coletivos internacionais de arte Clandestinos, Bruxas e Essencia Art Collective. 

Na prática artística, ela funde o espírito do muralismo sul-americano com a arte de rua contemporânea. O uso exclusivo de suas cores em várias camadas é emblemático de seu estilo único que habita o reino do  realismo mágico psicodélico.  Especializada em sua aclamada série de retratos evocativos de animais e humanos, ela cria narrativas visuais que se esforçam para honrar o poder sagrado da natureza.  

Frequentemente, Shalak justapõe seus Animais Espirituais com habitats ambientalmente devastados para chamar a atenção para os maus tratos aos recursos naturais, a Pachamama. Na maioria das vezes, são animais em extinção, e sua presença ousada é um lembrete de que sua existência está em risco por causa de nosso consumo de vida urbana interminável, viciado no egocentrismo.  

A artista compartilha sua paixão pela liberdade de expressão e realiza oficinas de artes visuais para jovens em situação de risco, mulheres, grupos de empoderamento comunitário e presos em países das Américas, Europa, Oriente Médio e África. Seu trabalho artístico e o alcance da arte comunitária estão enraizados nos valores sociais e culturais que ela recebeu de sua família, que imigrou para o Canadá como parte da diáspora política chilena causada pela ditadura militar do país na década de 1970.

Shalak se formou na Concordia University com bacharelado em Studio Arts e estudou um ano de Belas Artes na Universidad Autónoma Benito Juarez de Oaxaca, México. Ela recebeu um certificado de Business Coaching for Women Artists do Centre d'Entrepreneriat Féminin du Québec, bem como um certificado universitário (AEC) em Community Website Productions do College Ahuntsic, (Montréal, QC). Em 2005-2006 Shalak participou de um programa de estágio com Alternatives (Montréal) e AfroReggae (Rio de Janeiro, Brasil), ONG que usa a arte como ferramenta para engajar os jovens como uma alternativa ao alto risco de violência e tráfico de drogas das favelas. A artista considera que sua educação de maior impacto veio diretamente das diversas comunidades com as quais teve a oportunidade de colaborar em todo o mundo. 

Atualmente, Shalak mora em Toronto, Canadá, com seu marido e colaborador artístico Bruno Smoky, onde segue desenvolvendo os seus projetos artísticos internacionalmente como artista visual.

SOBERANA ZIZA

Regina Elias, conhecida artisticamente como Soberana Ziza, nasceu em São Paulo em  1989. Ela atua desde 2006, expondo os seus trabalhos em intervenções urbanas e galerias, fruto de uma pesquisa estética sobre negritude e feminino com abordagem afro futurista. Em sua pesquisa mais recente se dedica a investigar o apagamento negro na cidade de São Paulo, ocupando e reivindicando essas histórias, tendo a figura da mulher como condutora da nova história.

TINHO

Nasceu em São Paulo em 1973, descendente de japoneses. É formado em artes pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP). Vive e trabalha em São Paulo e participou do início de vários movimentos juvenis nos anos de 1980. Skate, punk, pichação, grafite, hip-hop influenciaram sua vida e sua produção. Fez parte da geração que difundiu o movimento do grafite no Brasil e na América Latina, sendo responsável pelo início dos grafites expressionista e abstrato. Também foi o primeiro a fazer um grapixo (forma aglutinada de grafite e pixação). Pesquisa o grafite e a arte urbana e ajuda na formação de novos artistas com a realização de grupos de estudos em seu ateliê. Passou pelas galerias Choque Cultural e Logo, ambas em São Paulo. Atualmente é representado pela Galeria Movimento, no Rio de Janeiro.

TIO TRAMPO

Nascido Luis Flávio em 1972, é um dos pioneiros na arte do grafite em Porto Alegre. Com seu estilo experimental em constante evolução, foi reconhecido em grandes exposições nacionais e internacionais. Já expôs em espaços consagrados e alternativos da arte contemporânea e participa de encontros de grafite em cidades do Brasil, fortalecendo a rede desse expressivo movimento cultural.

Grafite, muralismo, tattoo, fotografia, skate, cultura hip-hop e arte-educação são as bases que sustentam o trabalho desse artista urbano veterano, que ao longo de 30 anos de estrada, carrega na bagagem a vivência deum eterno pesquisador da cultura popular. Suas influências atuais passam pela geometria sagrada, arte naif, espiritualidade e a natureza.

TOZ

Artista plástico brasileiro, nascido na Bahia, Tomaz Viana ou TOZ  é um dos artistas urbanos e contemporâneos mais atuantes do Rio de Janeiro. O artista dedica-se à pesquisa e à experiência do grafite, arte urbana e arte contemporânea. Pinta telas de média e grande dimensão, esculturas, empenas de prédios, como por exemplo, a do Hotel Marina, em Ipanema, e o painel gigante no prédio da ONU, em Genebra. Toz já participou de várias exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior. Ao longo da sua carreira, criou diversos personagens cujas cores e padronagens se espalham nos muros das cidades e das instituições culturais nacionais e internacionais.

VITCHÉ

Um dos principais precursores da arte do grafite no país, ele nasceu em São Paulo em 1969 e desenvolveu intervenções urbanas pelo Brasil e pelo mundo. Hoje possui um trabalho com influência das culturas ancestrais. Trabalha com pinturas em diversos suportes, esculturas em madeira e outros materiais. Começou no início dos anos de 1980, sempre procurando canalizar um conteúdo de vivências urbanas, ambientais e político-sociais. Vitché resgata madeiras descartadas nas cidades e, com elas, confecciona obras na esperança de que seus espectadores voltem à consciência. Atualmente, vem alcançando lugar de destaque entre os grandes artistas do país. Tem feito exposições no Brasil e no exterior em países como Cuba, Europa e Estados Unidos.

WALESKA NOMURA

Nasceu em São Paulo. Começou a fazer grafite em 1997. Em 2004, deu início ao projeto Espalhando Amor e Energia Positiva ao Mundo, onde espalha essa mensagem por meio de sua arte. Esse projeto a levou a vários países do mundo.

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De 6 de maio, a partir das 11h, a 30 de julho
Terça-feira a sábado, das 11h às 20h
Domingos e feriados das 11h às 19h

Concepção e realização: Itaú Cultural
Curadoria: Binho Ribeiro

Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149 – próximo à estação de metrô Brigadeiro / Piso térreo
Entrada: gratuita
Acesso para pessoas com deficiência física
Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108. Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

Informações: pelo telefone (11) 2168-1777
Whatsapp: (11) 963831663
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br

Shows
DJ Livea convida Tasha e Tracie

Dias 4 e 5 de maio (quinta-feira e sexta-feira, às 20h)
Sala Itaú Cultural
Ingressos: gratuitos
Reservas: com uma semana de antecedência pelo INTI, acesso pelo site www.itaucultural.org.br
Capacidade: 224 lugares

Thaíde
Dias 6 e 7 de maio (sábado, às 20h, e domingo, às 19h)
Sala Itaú Cultural
Ingressos: gratuitos
Reservas: com uma semana de antecedência pelo INTI, acesso pelo site www.itaucultural.org.br
Capacidade: 224 lugares

Protocolos
- É necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após este horário, o ingresso não será mais válido.
- A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar, para retirada de senha que será trocada por eventuais ingressos de pessoas que não compareceram.

- Devolução de ingresso:
Em caso de imprevistos ou impossibilidade de comparecimento à programação para a qual reservou o ingresso, solicite o cancelamento pelo  e-mail ajuda@byinti.com até 2 horas antes do início do evento. Isso garante que o ingresso seja utilizado por outras pessoas que queiram o assistir ao evento.  

- Fila de espera em programações com ingressos esgotados:
Os ingressos reservados valem até 10 minutos antes do início da sessão. Após esse horário, os que não tiverem o check-in feito na entrada do auditório ser­­ão disponibilizados para a fila de espera organizada presencialmente.  

- Programação sujeita a cancelamento:
A programação, virtual ou presencial, poderá ser cancelada em caso de contaminação por Covid-19 de qualquer artista envolvido. Nesse caso, os ingressos adquiridos perdem a validade. O público que reservou o ingresso será notificado por e-mail. Um eventual reagendamento da programação ficará a exclusivo critério do IC, de acordo com a disponibilidade de agenda, sem preferência para quem adquiriu os ingressos anteriormente.

Assessoria de  imprensa:
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Programa Rumos Itaú Cultural:
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