Obras

Obras de arte contemporânea contextualizam acervo histórico

Com referências aos colecionismos numismático e filatélico e aos imperialismos e colonialidades, a arte aportou no século XXI com forte teor crítico e em peças cujos resultados formais e valores derivados se sobrepõem, revelando sistemas, métodos e códigos nos quais o dinheiro se configura como arcabouço conceitual regente da modernidade.

As histórias das sociedades se entrelaçam com suas culturas materiais, em um amálgama inseparável. Os períodos da evolução das civilizações elucidam etapas nas quais as estruturas políticas se associam aos ciclos econômicos: a valoração de objetos, desde os sistemas de trocas até a economia como alicerce humano, atravessa espaços e tempos.

Das trocas e dos escambos, os artefatos de valor, sejam eles conchas do mar ou presas de elefantes, foram, à medida que o domínio das ferramentas avançava, atualizando-se, gerando relações tecnológicas e estéticas. A palavra “arte”, advinda do latim ars e originada no radical grego tékhne, se misturou à técnica, ligando historiografias e gerando o que hoje chamamos de obras de arte – objetos cujo valor simbólico emerge também da materialidade.

A arte contemporânea, sob essa perspectiva, expande um arco narrativo que atravessa múltiplos sistemas de valoração, aportando no século XXI por meio de práticas discursivas com forte teor crítico, sobretudo no que concerne aos colecionismos numismático e filatélico, aos imperialismos e às colonialidades, em peças cujos resultados formais e valores derivados se sobrepõem, revelando sistemas, métodos e códigos nos quais o dinheiro se configura como arcabouço conceitual regente da modernidade.

As coleções de arte moderna e contemporânea do Itaú se incorporam nesta exposição com o intuito de contextualizar o acervo histórico sob as lentes do tempo presente, considerando o desenvolvimento sustentável e social e a transformação digital, atualizando a noção de valores humanos da sociedade e buscando modos de apreensão do passado que respeitem princípios éticos de um futuro que construímos continuamente.

Leno Veras

[Leno Veras é comunicólogo, pesquisador e professor, dedicando-se aos campos curatorial e editorial, com foco na abordagem educativa. Desenvolve projetos que articulam teoria dos meios, sistemas de memória e histórias da arte em instituições educacionais, culturais e sócio-ambientais, de caráter governamental, internacional e da sociedade civil. Atualmente, integra o Programa de Pós-graduação da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde desenvolve pesquisa de doutoramento.]
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Abertura: 7 de dezembro de 2023 – permanente
Bilíngue:
português/inglês

Concepção e realização: Itaú Cultural
Curadoria: Vagner Porto
Textos de obras de arte: Leno Veras
Projeto expográfico: Estúdio Risco


Itaú Cultural
Avenida Paulista, 149, 6º andar – próximo à estação de metrô Brigadeiro
Visitação: Terça-feira a sábado, das 11h às 20h; domingos e feriados, das 11h às 19h.
Entrada: gratuita

Mais informações:
Telefone: (11) 2168-1777
Whatsapp: (11) 963831663
E-mail: atendimento@itaucultural.org.br

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Estacionamento: entrada pela Rua Leôncio de Carvalho, 108.
Com manobrista e seguro, gratuito para bicicletas.

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