Foto: Agência Ophelia
Produção de conteúdo para distribuição gratuita
O Itaú Cultural também é grande produtor de conteúdo sobre a arte e a cultura brasileiras. Em seu portfólio, a organização registra 869 títulos publicados – entre vídeos, livros e catálogos. Este material é distribuído gratuitamente a escolas públicas, professores, pesquisadores e centros culturais. Entre 2010 e 2020, foram entregues a esses destinatários 211.420 edições dessa produção.
A preocupação com a educação também se manifesta em uma intensa programação para escolas públicas e privadas na sede da instituição. Nessa linha, a organização criou, entre outras atividades, o Espaço do Professor, um canal de divulgação de conteúdos exclusivos para educadores. Com base em verbetes da Enciclopédia, são desenvolvidos e disponibilizados planos de aula sobre arte e cultura brasileira. Eles propõem diálogos e conexões entre expressões artísticas, mapeadas na base de dados da instituição e oferece, de modo orientado e dinâmico, abordagens de temas específicos e a utilização do conteúdo disponível no site, entre textos, vídeos, áudios, imagens e outros.
Recomendados para diferentes etapas de aprendizado, estes planos de aula contemplam desde o ensino infantil até a educação de jovens e adultos (EJA). A conexão com os verbetes torna possível a consulta à Enciclopédia durante o acesso a qualquer plano de aula. Desse modo, o professor pode conferir informações e/ou saber mais sobre os artistas e movimentos indicados. Só para citar alguns deles, Smetak, Arte Naïf, Dorival Caymmi e Roseana Murray.
Em 2020, esta ação derivou em mais um projeto da Enciclopédia, a série Caderno do Professor, com edições digitais criadas com professores como alternativa pedagógica. Eles reúnem conteúdo de arte e cultura brasileiras em roteiros temáticos para educadores e estudantes.
Audiovisual
O Itaú Cultural também investe no audiovisual desde há mais de duas décadas. Em 2020, alguns dos produtos desenvolvidos pela instituição foram Ela Volta na Quinta, de André Novaes; Depois da Primavera – um projeto selecionado pelo edital Rumos Itaú Cultural, também reconhecido como Os Livres do Bairro de Al-Zahraa –, de Isabel Joffily e Pedro Ross; Edna, de Eryk Rocha; Aquilo que Eu Nunca Perdi, de Marina Thomé; Rifle, de David Pretto e as animações Cadê Heleny?, de Esther Vital Garci, Mãtãnãg, a encantada, de Charles Bicalho e Almofada de Penas, curta-metragem de Joseph Specker Nys, adaptado do conto homônimo do escritor uruguaio Horacio Quiroga (1878-1937), também contemplado pelo Rumos.
A relação estreita do Itaú Cultural com o audiovisual tem início nos anos 2000, quando desenvolveu Iconoclássicos, uma série de documentários sobre alguns dos grandes nomes da cultura brasileira: o músico Itamar Assumpção, o dramaturgo Zé Celso Martinez Corrêa, o cineasta Rogério Sganzerla, o poeta Paulo Leminski e o artista visual Nelson Leirner.
No mesmo espírito, em 2014 entrou em cartaz e itinerou por diversas cidades brasileiras o longa-metragem Ouvir o Rio: Uma Escultura Sonora de Cildo Meireles, dirigido por Marcela Lordy; A Paixão de JL documentário sobre Leonilson, dirigido por Carlos Nader; e JARDS, de Eryk Rocha, sobre Jards Macalé. Com temática indígena, o Itaú Cultural produziu, ainda, o filme Krenak, dirigido por Rogério Corrêa. Outra produção do gênero é Patxohã - Língua de Guerreiros.
Por meio de produções da instituição para projetos contemplados no edital Rumos Itaú Cultural, outros filmes foram realizados com o intuito de resgatar a memória brasileira. Pedro Osmar, pra liberdade que se conquista, é um deles. O filme dos diretores Eduardo Consonni e Rodrigo T. Marques, contemplado pele edição 2015-2016 do edital, é sobre o artista paraibano homônimo, pouco conhecido, embora tenha músicas de sua autoria gravadas por grandes nomes da música brasileira. O Samba é meu dom, de Cristiano Abud, selecionado na mesma edição do programa de fomento, acompanha três anos da vida do sambista Wilson das Neves.
Além dessas produções, o Itaú Cultural mantém um canal no Youtube em que é publicado continuamente material audiovisual que reflete e expande a programação da organização, oferecendo materiais sobre arte e cultura brasileiras gratuitos. Perto de 16 milhões de pessoas visualizaram esses vídeos, um aumento de 4,6 milhões em relação à 2019, equivalente a 29%.
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