Foto: Agência Ophelia
Programação online, redes, site e Observatório Cultural
O Itaú Cultural sempre se preocupou em garantir oferta consistente de conteúdo para consumo em plataformas digitais. Esse processo foi acelerado e ampliado desde o início da suspensão social, a partir de março de 2020, quando a instituição passou a oferecer imediatamente toda a sua programação 100% online.
O site do Itaú Cultural é importante ferramenta de aproximação com o público a todos os produtos, eventos e reflexões gerados pela instituição. Dede que foi ao ar, em 1997, a plataforma vinha transmitindo suas palestras, debates e apresentações online, para que o púbico de outras partes do país pudesse acompanhar a programação simultaneamente.
Do mesmo modo, a organização sempre investiu nas redes sociais, nas divulgações online de sua programação e na acessibilidade na web para pessoas com deficiência. Assim como as presenciais, todas as atividades transmitidas virtualmente contam com interpretação em Libras, a Língua Brasileira dos Sinais.
Essas ações se tornaram mais prementes em razão da pandemia do Covid-19, que isolou todos os brasileiros dentro de suas casas. O Itaú Cultural entrou em suspensão social no dia 16 de março e na mesma semana já oferecia a sua programação inteiramente pela internet. Uma de suas primeiras medidas foi lançar Arte como respiro: múltiplos editais de emergência, para apoiar artistas impactados pela suspensão social de áreas de expressão diversas com as artes cênicas, audiovisual, artes visuais, poesia surda e música.
Além disso, procurou criar produtos e ações de entretenimento para adultos e crianças – o Palco Virtual, que traz apresentações de música e artes cênicas, e a programação IC para Crianças, nos finais de semana. Ainda em 2020, o Itaú Cultural ampliou o conteúdo da série de podcast sobre literatura, questões indígenas e música e criou mais duas séries: Paiol Literário e Rumos Possíveis. Somado aos três lançados em 2019 - Toca Brasil, Mekukradjá e Escritores-Leitores –, que seguiram ganhando novos episódios, o canal do Itaú Cultural no Spotify contou com 6.153 seguidores, um aumento de mais de cinco mil seguidores em relação a 2019.
O Paiol Literário é realizado em parceria com o jornal de literatura Rascunho, com entrevistas a autores e críticos, e vai ao ar às quartas e sextas-feiras, no site do IC. O episódio de estreia foi com Ana Maria Machado, escritora que, desde os anos 1970, se volta sobretudo ao público infantojuvenil – atuação que lhe rendeu, entre outros, um Prêmio Hans Christian Andersen, espécie de Nobel da área. Só para citar mais alguns, também fizeram parte do rol de entrevistas Afonso Romano Santana, Marina Colasanti, Bernardo Carvalho, Luci Collin, João Paulo Cuenca, Cristóvão Tezza, Luiz Ruffato e Letícia Werzchowski.
Rumos Possíveis é um podcast de conversas com integrantes da comissão de seleção da edição 2019-2020 do programa Rumos Itaú Cultural – que apoia iniciativas de artistas, pesquisadores e outros agentes culturais de todo o Brasil. Publicados semanalmente, os bate-papos contam com mediação da jornalista Aninha de Fátima, gerente do Núcleo de Comunicação e Relacionamento do Itaú Cultural.
Escritores-leitores, apresenta autores de livros no papel de leitor, falando sobre seus personagens preferidos e contando como criam os de sua literatura. Entre eles, figuram Conceição Evaristo, Milton Hatoum, Evandro Affonso Ferreira, Luiz Ruffato, Adriana Lunardi e Bernardo Carvalho.
Mekukardjá, tem como apresentador Daniel Munduruku, escritor e professor brasileiro da etnia indígena Munduruku, e enfoca as vivências e as preocupações sociais, culturais, políticas e artísticas dos vários povos indígenas do Brasil. Toca Brasil é apresentado por Edson Natale, gerente do Núcleo de Música do Itaú Cultural, e joga luz na riqueza da música brasileira em bate-papos com pessoas de destaque nesta área de expressão artística, como a pesquisadora de história da música e do rádio Biancamaria Binazzi, o produtor musical Wilson Souto, a cantora e compositora Juçara Marçal e o cantor Leandro Lehart.
Dados e formação
A organização também lançou o Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural (veja mais abaixo), passando a fornecer informações sobre o comportamento da economia criativa. Também trabalhou com o Instituto Pró Livro e divulgou os resultados da quinta edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. Em parceria com o DataFolha, forneceu importantes dados sobre o comportamento e as expectativas do público online nesses tempos de pandemia e isolamento. Em dezembro, iniciou, com a PUC-Rio e consultoria da JC Castilho, O Brasil que Lê, levantamento para mapear projetos promotores da leitura no Brasil.
Seguindo a sua vocação no setor da formação desde 1987, quando o Itaú Cultural nasceu, neste ano pandêmico a organização intensificou os cursos de ensino à distância (EAD), lançou a Escola Itaú Cultural, fez parcerias com o meio acadêmico como a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para o Mestrado Profissional em Economia e Política da Cultura e Indústrias Criativas; o Insper e Arq.Futuro, com a Pós-graduação em Urbanismo Social – Gestão Urbana, Políticas Públicas e Sociedade, e uma especialização em Gestão Cultural Contemporânea: da Ampliação do Repertório Poético à Construção de Equipes Colaborativas, em conjunto com o Instituto Singularidades. Com esta instituição também um curso de extensão Culturas Surdas na Contemporaneidade: Criações e Vivências Artísticas.
Público
Desde que foi ao ar, em 1997, o site da instituição recebeu mais de 230 milhões de acessos únicos. Somente em 2020, entre o site e a Enciclopédia Itaú Cultural de Artes e Cultura Brasileiras este número alcançou 46,5 milhões – 22,37% a mais do que em 2019, quando os acessos foram 38 milhões. A instituição também tem forte presença nas plataformas de mídias sociais.
Em 2020, a organização registrou mais 1,25 milhão de fãs em sua página no Facebook, somando mais de 23 mil novos frequentadores. Chegou a mais de 224,5 mil seguidores no Instagram, um incremento de 29% em relação ao ano anterior. Ganhou outros três mil no Twitter, reunindo cerca de 130 mil usuários que acompanham a instituição por esta rede.
Perto de 16 milhões de pessoas visualizaram os vídeos do Itaú Cultural no Youtube, um aumento de 4,6 milhões em relação a 2019, equivalente a 42%. Além destes, a instituição também exibiu filmes em seu site, que receberam, no conjunto, mais de 36,5 mil visualizações entre 361 apresentações do Festival Arte como Respiro, que levou ao público trabalhos selecionados nos editais de emergência, e do Palco Virtual. Neste mesmo ano, a instituição ampliou a sua grade de cinema online, exibindo 125 filmes, em 23 mostras, chegando à marca de 156.464 visualizações.
No total, durante esse período, o Itaú Cultural realizou 523 atividades, entre a as mencionadas e outras ações produzidas pelos núcleos da instituição para as diferentes áreas de expressão.
Observatório
Alimentando a sua vocação de ser uma plataforma que gera conteúdos e manifestações artístico-culturais de todo o Brasil, o Itaú Cultural também aposta nos seus meios de comunicação. A instituição criou e edita a revista Observatório Itaú Cultural, voltada para a política pública cultural brasileira, que dissemina discussões, análises e propostas relacionadas à gestão cultural. A proposta é incentivar o diálogo com pesquisadores, universidades, instituições governamentais na área de produção de dados estatísticos, organizações supranacionais e centros de pesquisa no campo das políticas públicas de cultura.
Tal proposta se consolidou em 2020 com o lançamento do Painel de Dados do Observatório Itaú Cultural, primeira plataforma digital do país inteiramente dedicada à análise de dados da cultura e da economia criativa. Lançada em abril, a plataforma é dividida em três eixos e conta com 17 indicadores de Economia da Cultura e Criativa. Até dezembro de 2020, foram 16.412 acessos únicos ao site.
Em paralelo, em 2020, o Observatório realizou quatro cursos EAD: Panorama Econômico e um Webinar de Análise Setoriais, com três parceiros institucionais de Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco; Cultura e Desenvolvimento; Lei Aldir Blanc e Entreolhares: Arte e Algorítimo. No total, foram recebidas 1.843 inscrições para 976 vagas.
A plataforma traz, também, análises qualitativas das discussões sobre Economia Criativa e da Cultura, por meio de textos produzidos por pesquisadores das áreas. Até o momento, produziu publicações como 10 Anos de Economia da Cultura e Impacto da Covid-19. O objetivo desse estudo foi refletir sobre a relevância histórica da Economia da Cultura no país e avaliar o impacto da crise desencadeada pela situação de pandemia. O relatório apresenta este panorama tendo como partida o ano de 2010. Com isso, espera contribuir com agentes da cultura e do setor criativo no enfrentamento da crise e no desenvolvimento do setor.
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